sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Casa Branca confirma que informações sobre morte de Bin Laden foram incompletas, mas não esclarece contradições


Renata Giraldi*

Repórter da Agência Brasil


Brasília – O porta-voz da Casa Branca, Jay Carner, confirmou que as informações divulgadas pelo governo dos Estados Unidos sobre circunstâncias que levaram à morte de Osama Bin Laden, em maio de 2007, foram incompletas. No entanto, ele evitou detalhar as contradições que vieram à tona, nos últimos dias, com a revelação de um oficial que participou da operação no Paquistão.

“Trabalhamos para conseguir informação o mais rapidamente possível e a informação inicial acabou por ser incompleta”, disse o porta-voz.

Líder e fundador da rede Al Qaeda, organização à qual são atribuídos vários atentados contra alvos civis e militares dos Estados Unidos e seus aliados, inclusive os ataques de 11 de setembro de 2001, Bin Laden foi morto durante uma operação militar norte-americana, em Abbottabad, no Paquistão. De acordo com as autoridades dos Estados Unidos, o corpo dele foi lançado ao mar.

No livro Easy Day: The Firsthand Account Of The Mission That Killed Osama Bin Laden (cuja tradução livre é um dia nada fácil: o primeiro relato da missão que matou Osama Bin Laden), o autor sob o pseudônimo de Mark Owen diz que Bin Laden foi morto com um tiro na cabeça, no quarto onde estava. O livro será lançado na quarta-feira (4).

Para as autoridades norte-americanas, o autor do livro que é um ex-oficial violou o compromisso de confidencialidade a que estava sujeito e que incluía a revisão de qualquer testemunho pessoal antes da sua publicação. O Pentágono, Departamento de Defesa dos Estados Unidos, ameaçou recorrer “a todos os meios legais disponíveis contra [o ex-militar] e todos os que com ele cooperaram”.

Antes da versão do livro, o governo norte-americano informou que Bin Laden foi morto ao tentar reagir. “Não li o livro, não creio que alguém aqui [Casa Branca] tenha lido e não posso fazer uma avaliação”, disse Carney.

*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa.

Edição: Talita Cavalcante

AGÊNCIA BRASIL

Genoma de jovem denisovan revela misturas humanas ancestrais


Quando saíram da África há cerca de 60 mil anos, os homens modernos (Homo sapiens) encontraram pelo caminho outras tribos de humanos arcaicos que já tinham migrado bem antes para a Europa e a Ásia. Até recentemente, os cientistas acreditavam que estes grupos pertenciam a uma espécie única, os neandertais, mas em 2010 análises de fragmentos de ossos e dentes revelaram a existência de pelo menos mais um outro grupo, os denisovans, referência ao nome da caverna nas Montanhas Altai, no Sul da Sibéria, onde eles foram encontrados. Agora, pesquisadores conseguiram sequenciar o genoma completo do indivíduo a quem os restos pertenciam, uma mulher jovem, lançando nova luz sobre a história do relacionamento entre nossos ancestrais e estas tribos arcaicas e a herança que elas deixaram no DNA de populações espalhadas pelo planeta.

Segundo os cientistas, o genoma denisovan mostra que o grupo tem mais similaridade com os neandertais do que com os homens modernos, reforçando a hipótese de que ambas espécies se diferenciaram depois de um ancestral comum ter deixado a África entre 170 mil e 700 mil anos atrás, período em que descendentes deste mesmo ancestral que teriam continuado no continente acabaram evoluindo para o Homo sapiens. O sequenciamento confirmou que genes exclusivos dos denisovans estão presentes em algumas populações humanas atuais, particularmente nas ilhas da Oceania e do Pacífico, chegando a contribuir com algo entre 3% e 5% do DNA dos aborígenes de Austrália, Papua-Nova Guiné, Filipinas e Melanésia, numa prova de que integrantes do grupo conviveram e tiveram filhos com os humanos modernos que atravessaram a Ásia a caminho da região.

Mistério ao sul do Saara

Estudos anteriores já tinham demonstrado que este tipo de miscigenação ocorreu entre os homens modernos e os neandertais, deixando marcas no nosso DNA, algo como 2,5% dos genes de humanos de quase todos os continentes. A exceção são os povos atuais da África Subsaariana, que teriam 2% de seu genoma vindos de uma população arcaica ainda desconhecida. Mas graças ao parentesco mais próximo entre os neandertais e os denisovans, o sequenciamento do genoma da garota da caverna siberiana permitiu uma compreensão maior desta contribuição. Segundo os pesquisadores, os habitantes originais do Leste da Ásia e das Américas teriam um pouco mais de genes de neandertais do que os europeus.

— Como sequenciamos o genoma denisovan com uma qualidade equivalente ao sequenciamento que fazemos de pessoas vivas, pudemos aprender muito mais sobre a história de nossa origem do que poderíamos de outra forma — afirmou David Reich, do Departamento de Genética da Escola de Medicina de Harvard e um dos autores do artigo sobre a descoberta, publicado na revista “Science”. 

— A primeira coisa que conseguimos foi confirmar o fluxo de genes entre humanos arcaicos e modernos. Está claro que o material genético denisovan compreende de 3% a 5% dos genomas dos povos aborígenes da Austrália, Nova Guiné, Filipinas e ilhas próximas, mas com este genoma também observamos melhor as contribuições dos neandertais para os humanos modernos.

O detalhamento do genoma denisovan pode ajudar os cientistas a entender melhor por que os Homo sapiens sobrepujaram seus parentes, dominando o planeta. Segundo os pesquisadores, a comparação entre os dados genéticos de humanos modernos, neandertais, denisovans e chimpanzés, os primatas mais próximos de nós, revelou mais de 100 mil mutações de nucleotídeos (as letras do alfabeto do DNA) exclusivas dos Homo sapiens e ocorridas nos últimos 100 mil anos. Destas, oito afetam diretamente genes que se sabe estarem ligados ao desenvolvimento do sistema nervoso e do cérebro.

— Estas mutações aconteceram muito recentemente na história humana e estão em todas pessoas vivas hoje, mostrando o capital acumulado por nós nos últimos passos da evolução do homem — comentou Svante Pääbo, do Instituto Max Planck de Antropologia Evolucionária em Leipzig, na Alemanha e líder do estudo. — Embora, no momento, infelizmente, saibamos muito pouco sobre o genoma para dizer com certeza o que elas significam, sem dúvida estas alterações escondem verdadeiras mudanças que foram essenciais para possibilitar a história humana moderna, com o rápido desenvolvimento tecnológico e cultural que permitiu à nossa espécie se tornar tão numerosa, espalhar-se pelo mundo e dominar grande parte da biosfera. Assim, creio que uma das coisas mais fascinantes desta pesquisa será nos dizer no futuro o que nos fez tão especiais em comparação com os denisovans e os neandertais.

Além disso, o sequenciamento do genoma denisovan forneceu as primeiras pistas sobre como deveria ser a aparência dos integrantes deste grupo. Os poucos fragmentos de ossos e dentes da caverna siberiana são os únicos registros fósseis conhecidos destes humanos arcaicos e, na falta de um esqueleto, ou mesmo de um crânio, completo, os pesquisadores puderam apenas verificar que a garota traz marcas genéticas hoje associadas com uma pele mais escura, com olhos e cabelos castanhos.

O GLOBO

Tensão em Israel leva Embaixada do Brasil a se preparar para emergência


A tensão crescente em Israel, em decorrência das declarações do governo sobre um eventual ataque às instalações nucleares do Irã, levou a Embaixada do Brasil em Tel Aviv a tomar medidas de precaução e a estudar planos sobre a assistência à comunidade brasileira caso haja uma guerra na região.
O conselheiro Roberto Parente, que é cônsul do Brasil em Tel Aviv e está à frente dos planos de emergência, disse à BBC Brasil que "obviamente há uma preocupação crescente".
"Estamos observando o clima aqui em Israel e a todo momento há novas manchetes sobre um eventual ataque ao Irã, que por sua vez poderia ter consequências graves", afirmou.
"Nossa missão é, dentro do possível, atender a comunidade brasileira quaisquer sejam as circunstâncias. Devemos nos preparar para a possibilidade de que haja uma crise e tenhamos que deslocar brasileiros de áreas de risco e até fornecer alojamentos temporários e alimentação para essas pessoas", afirmou Parente.
De acordo com a representação em Tel Aviv, atualmente há cerca de 10 mil cidadãos brasileiros que vivem em Israel, além dos cidadãos em trânsito, em visitas de turismo ou de negócios.
"Temos a obrigação de dar atendimento a todos os cidadãos brasileiros aqui, tanto aos permanentes como aqueles que estão em trânsito", disse o diplomata.
Grande parte dos cidadãos brasileiros que se encontram em Israel têm dupla cidadania – brasileira e israelense.
"A maioria deles vive aqui há muitos anos e já criou sua vida aqui. Esses não teriam interesse de deixar o país mas poderiam necessitar de deslocamentos internos", disse o diplomata.

Saída emergencial

Para os brasileiros em trânsito, os planos mais relevantes caso haja uma situação de risco dizem respeito a uma saída emergencial do país.
"Temos que levar em consideração que, em uma situação de guerra o espaço aéreo do país poderá ser fechado, nesse caso o melhor caminho seria ajudar os brasileiros a saírem por vias terrestres, principalmente através da Jordânia", disse.
Outro tema que preocupa o cônsul é a localização da embaixada brasileira em Tel Aviv.
"Caso haja um ataque de mísseis contra Tel Aviv, os escritórios da nossa embaixada deverão ser transferidos imediatamente para a residência".
Os escritórios ficam em um prédio alto no centro de Tel Aviv, que, segundo Parente, "poderá ser uma área de alto risco", já a residência da embaixada fica em um bairro mais afastado, em uma casa mais segura.
Segundo Parente, "o problema principal é a incerteza".
"Não podemos saber ao certo quais serão as áreas de risco e inclusive não podemos saber se haverá algum risco, mas temos que estar preparados para as várias possibilidades", afirmou.

Blefe

Entre os analistas há divergências sobre a probabilidade de um ataque israelense ao Irã antes das eleições americanas. Alguns afirmam que o ataque é "iminente", outros dizem que o ataque é "impossível" e há vários que dizem que "não se pode descartar ambos os cenários".
Para vários analistas, as declarações do governo do primeiro ministro Binyamin Netanyahu "não passam de um blefe para pressionar os Estados Unidos a agirem de maneira enérgica contra o programa nuclear iraniano".
Outros dizem que "o blefe já está indo longe demais".
"Temos, já montada, uma rede de comunicações com a comunidade brasileira, que se multiplica por intermédio de nosso Conselho de Cidadãos", disse Parente, "se houver uma situação de risco essa rede será acionada".

Palestina

Nos territórios palestinos o clima é, nesse sentido, bem mais tranquilo.
A BBC Brasil também conversou com o ministro conselheiro João Marcelo Soares, encarregado de assuntos consulares no Escritório de Representação do Brasil em Ramallah, na Cisjordânia.
O escritório brasileiro em Ramallah tem um plano para reagir a qualquer situação de emergência, desde diversos cenários de conflagração de violência até desastres naturais.
"Em uma situação de crise deveremos acionar nossa rede de contatos com a comunidade brasileira na Palestina, por intermédio do Conselho dos Cidadãos que integra lideranças da comunidade", disse Soares.
"Temos um sistema de comunicação com a comunidade, para qualquer tipo de crise, e esse sistema será aplicado conforme o cenário que se configurar", afirmou.
De acordo com o diplomata brasileiro em Ramallah, cerca de 3,5 mil cidadãos brasileiros vivem nos territórios palestinos, quase todos na Cisjordânia e apenas algumas famílias na Faixa de Gaza.
Pressupõe-se que, se houver uma guerra entre Israel e Irã, mesmo com o envolvimento da milicia xiita libanesa Hezbollah, os riscos nos territórios palestinos seriam bem menores do que nas grandes cidades israelenses.

BBC BRASIL

O Caso Assange, na visão de Frei Betto


Frei Betto
Em 2010 o mundo foi surpreendido pela divulgação de uma série de documentos comprobatórios de que muitos governos e autoridades dizem uma coisa e fazem outra. A máscara caiu. Todos viram que o rei estava nu.
O site WikiLeaks, monitorado pelo australiano Julian Assange, publicou documentos secretos que deixaram governos e autoridades envergonhados, sem argumentos para justificar tantos abusos e imoralidades.
Maquiavel já havia afirmado, no século XVI, que a política tem pelo menos duas caras. A que se expõe aos olhos do público e a que transita nos bastidores do poder.
Bush e Obama admitiam torturas no Iraque, no Afeganistão e na base naval de Guantánamo, enquanto acusavam Cuba, na Comissão de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, de maltratar prisioneiros…
O WikiLeaks nada inventou. Apenas se valeu de fontes fidedignas para coletar informações confidenciais, em geral constrangedoras para governos e autoridades, e divulgá-las. Assim, o site desempenhou importante papel pedagógico. Hoje, as autoridades devem pensar duas vezes antes de dizer ou fazer o que as envergonhariam, caso caísse em domínio público.
Apesar da saia justa, o cinismo dos governos parece não ter cura. Em vez de admitirem seus erros e tramoias de bastidores, preferem bancar a raposa da fábula de Esopo, divulgada por La Fontaine. Já que as uvas não podem ser alcançadas, melhor alegar que estão verdes…
Acusam Julian Assange, não de mentir ou divulgar documentos falsos, mas de haver praticado estupro de prostitutas, na Suécia.
Ora, com todo respeito à mais antiga profissão do mundo, sabemos todos que prostitutas se entregam a quem lhes paga. E por dinheiro – ou ameaça de extradição quando são estrangeiras -, algumas delas podem ser induzidas a fazer declarações inverídicas, como a esdrúxula acusação de estupro.
Muito estranho, considerando que relações com prostitutas muitas vezes parecem um estupro consentido. O cliente paga pelo direito de usar e abusar de um corpo desprovido de reciprocidade – sem afeto e libido. Daí a sensação de fraude que o acomete quando deixa o prostíbulo. Perdeu o sêmen, o dinheiro… e não encontrou o que procurava – amor.
De fato, governos e autoridades denunciados pelo WikiLeaks é que estupraram a ética, a decência, a soberania alheia, acordos e leis internacionais. Assange e seu site foram apenas o veículo capaz de tornar mundialmente transparentes documentos contendo informações mantidas sob rigoroso sigilo.
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QUEM DEVE SER PUNIDO

Punidos deveriam ser aqueles que, à sombra do poder, conspiram contra os direitos humanos e a legislação internacional. No mínimo, deveriam fazer autocrítica pública, admitir que abusaram do poder e violaram princípios áureos, como foi o caso de ministros brasileiros que se deixaram manipular pelo embaixador dos EUA, em Brasília.
Assange se encontra refugiado na embaixada do Equador, em Londres. O governo de Rafael Correa já lhe concedeu o direito de asilo no país latino-americano. Porém, o governo britânico, do alto de sua majestática prepotência, ameaça prendê-lo caso ele saia da embaixada a caminho do aeroporto, onde embarcaria para Quito.
Nem a ditadura brasileira na Operação Condor chegou a tanto em relação a centenas de perseguidos refugiados em embaixadas de países do Cone Sul. Por isso, a OEA, indignada, convocou uma reunião de seus associados para tratar do caso Assange. Este teme ser preso ao deixar a embaixada e entregue ao governo sueco que, em seguida, o poria em mãos dos EUA, que o acusam de espionagem – crime punido, pelas leis estadunidenses, inclusive com a pena de morte.
Assange não se nega a comparecer perante a Justiça sueca e responder pela acusação de estupro. Teme apenas ser vítima de uma cilada diplomática e acabar em mãos do governo mais desmoralizado pelo WikiLeaks – o que ocupa a Casa Branca.
O caso Assange já prestou inestimável serviço à moralidade global: demonstrou que, debaixo do sol, não há segredos invioláveis. Como diz o evangelho de Lucas (12, 2 e 3), “nada há encoberto que se não venha a descobrir; nem oculto, que se não venha a saber. Por isso o que dissestes nas trevas, à luz será ouvido; o que falastes ao ouvido no interior da casa, será proclamado dos telhados”.
TRIBUNA DA INTERNET

O que pode e o que não pode


A acachapante maioria de votos no Supremo Tribunal Federal (STF) pela condenação do ex-presidente da Câmara dos Deputados, o petista João Paulo Cunha, por corrupção passiva e peculato - numa decisão sem precedentes - não fala por si. A demolição das alegações do réu para se inocentar do delito penal do recebimento, por meio de sua mulher, de R$ 50 mil providos pelo publicitário Marcos Valério - à época em que sua empresa conseguiu um polpudo contrato de prestação de serviços àquela Casa legislativa - poderia se esgotar na arena dos fatos. Seria a desmoralização, por inverossímil, da versão do acusado de que Valério lhe repassou a quantia a pedido do tesoureiro do PT Delúbio Soares, a quem, por sua vez, o outro teria recorrido para custear pesquisas políticas no seu reduto de Osasco, na Grande São Paulo, o que configuraria o crime apenas eleitoral do caixa 2.
É certo que o amplo acolhimento do parecer do relator do processo, ministro Joaquim Barbosa, ao qual apenas dois ministros se opuseram - o revisor Ricardo Lewandowski e o ex-colaborador do então ministro José Dirceu na Casa Civil do governo Lula, José Antonio Dias Toffoli -, sepultou de uma vez por todas a contrafação que o ex-presidente tentou impingir ao País, dissolvendo o delito continuado do mensalão, com o uso à larga de dinheiro público, numa prática feita no Brasil, como disse, "sistematicamente": o pecado venial da manipulação de dinheiro obtido por baixo dos panos em tempos de campanha eleitoral. Mas - e isso é impossível subestimar - os fundamentos apresentados pelos ministros, desde a mais nova, Rosa Weber, ao decano Celso de Mello, passando por Cezar Peluso, às vésperas da aposentadoria, para condenar João Paulo demonstram que a Corte Suprema firmou convicção também sobre o imperativo de extirpar qualquer resquício de tolerância à corrupção e de resignação à impunidade.
Eles e seus pares trouxeram para o julgamento, mais do que a indignidade moral e política de um esquema concebido para perpetuar um partido no poder, a questão dos padrões de moralidade na conduta dos agentes públicos - funcionários, autoridades, detentores de cargos eletivos. Nas suas manifestações, foi como se os ministros a eles se dirigissem, com uma mensagem ao mesmo tempo poderosa e singela: não há e não deve haver zonas cinzentas entre o lícito e o ilícito no âmbito do Estado. É um indicador do retardo ético, que insiste em sobreviver na esfera pública, terem os membros do tribunal brasileiro de última instância de afirmar o que deveria ser intuitivo para o mais humilde dos cidadãos: tem coisa que pode, tem coisa que não pode. Ninguém foi mais incisivo do que o ministro Celso de Mello ao dizer o que são, afinal, os que violam essa barreira - uma prática que alcançou níveis extravagantes nos anos Lula.
Afirmou o decano do STF: "Agentes públicos que se deixam corromper, qualquer que seja a sua posição na hierarquia do poder, e particulares que corrompem os servidores do Estado (...) são corruptos e corruptores - os profanadores da República, os subversivos da ordem constitucional. São delinquentes, marginais". Para condená-los, entendem os ministros, não é preciso cavoucar os seus malfeitos em busca do "ato de ofício" que demonstraria cabalmente que se deixaram corromper e abusaram do cargo para servir aos corruptores. Sendo alentados os indícios de conduta delituosa, como no caso de João Paulo com Marcos Valério, basta o suspeito estar em condições de adotá-la. "Ninguém precisa fazer prova em juízo de que Brasília é a capital do Brasil", comparou o ministro Peluso, no que foi, até agora, a mais clara e vigorosa sustentação de voto no julgamento. Tampouco importa o que o corrompido diz ter feito com a recompensa recebida. Ainda que provasse que a destinou a uma associação de caridade, o crime permanece.
E não importa, por fim, o passado do transgressor. "A vida é como uma estrada. Não adianta você dizer que foi na reta certinho, por mil quilômetros, se depois entra na contramão e pega alguém", ensinou Rosa Weber. "Você tem que ser reto pela sua vida inteira". Vale para João Paulo Cunha, vale para o PT. Vale para todos.
ESTADÃO

José Serra sobre adversários: ‘ficam dizendo que vou sair de novo’


SÃO PAULO - Na quarta campanha para prefeito de São Paulo, uma vitoriosa, o ex-governador José Serra (PSDB) minimiza a rejeição ao seu nome e a queda apontada pelas pesquisas. Atribui a rejeição aos adversários que ficam dizendo que irá deixar novamente a prefeitura, como fez em 2006. Aos 70 anos, diz que, se eleito, ficará no cargo e não será candidato em 2014. A entrevista foi concedida na terça-feira, antes da última pesquisa Datafolha, que apontou nova queda e aumento da rejeição. Nesta quinta-feira, Serra reafirmou: “Vamos para o segundo turno e vamos ganhar essa eleição”.



O senhor já foi prefeito de São Paulo e deixou o cargo para se candidatar a governador. Por que deseja ser prefeito novamente?

Porque é uma questão de vida pública. A prefeitura de São Paulo me motiva bastante. É uma cidade que é um verdadeiro país, com muitos desafios. Minha vida pública tem sido marcada pela vontade de fazer coisas boas acontecerem, e há muita coisa boa para fazer acontecer em São Paulo. E também coisas boas que devemos manter e que precisam aparecer, como inovações.

O senhor diz que há pontos a avançar na cidade. Em que pontos a gestão Kassab deixa a desejar?

Essa gestão não fez tudo. Fez coisas boas e positivas quase na totalidade, mas há ainda muito a avançar. Por exemplo, no caso da saúde. É preciso melhorar condições de agendamento de consultas, exames e cirurgias. Há capacidade instalada, foi um avanço enorme, mas tem de se avançar na área. Em medicamentos, chegamos a um ponto bastante satisfatório. É possível ampliar a distribuição de remédios em casa.

Pesquisas mostram polarização entre sua candidatura e a de Celso Russomanno (PRB). Mas sua campanha tem focado o debate com o PT. A candidatura de Russomanno não se sustentará?

Não escolhemos nenhuma polarização. Nós rebatemos críticas (feitas pelo PT), o que é diferente. Não é escolher um alvo e dizer que vamos atirar aqui. É rebatendo críticas.

O episódio em que seu programa de rádio chamou uma proposta de Fernando Haddad (PT) de “bilhete mensaleiro” não foi revide.

Isso é uma questão menor. O bilhete único mensal (promessa do PT) é um equívoco. Ele vai encarecer o transporte e vai fazer com que quem ande de ônibus pague mais, mesmo que não esteja andando.

Qual é a sua expectativa sobre o julgamento do mensalão?

Acompanho, não tenho tempo de assistir aos vídeos, mas está sendo um processo importante e inusitado na História brasileira. Diria que vai trazer uma contribuição muito importante para a vida pública brasileira.

E para as eleições? É um tema pertinente?

Essa é uma questão que está na mídia, na cabeça das pessoas, e é possível que esteja no voto. Outra coisa é transformar o mensalão em um objeto de debate de campanha. A campanha tem de ser travada em torno das questões da cidade, o que é muito difícil.

O senhor considerou acertado o uso do mensalão na sua campanha?
O mensalão está na imprensa todos os dias, não há quem fale mais de mensalão que os jornalistas. O PT tem uma habilidade extraordinária de patrulhar. Quando eles têm algum ponto vulnerável, eles patrulham. A própria imprensa, às vezes, veste a camisa do PT nesse patrulhamento. É um exagero, não imaginava que eles fossem ficar tão inseguros por conta disso.

A que atribui o fato de ter o mais alto índice de rejeição da eleição?

Fui candidato a presidente em 2010, numa disputa grande. É natural que o eleitorado do PT tenha posição mais definida a meu respeito. Segundo, quando aparecem indicações sobre o motivo da rejeição, não há praticamente nada do ponto de vista moral, ético ou de realizações. Os próprios adversários não têm muito o que falar a esse respeito. Isso está sendo explorado pelos adversários. Como eles não têm muito a dizer a meu respeito, ficam batendo na questão da saída da prefeitura, dizendo que vou sair de novo, para ser candidato a presidente ou governador.

Ter deixado a prefeitura é a principal razão para isso?

Não. Eu saí naquele momento e tive o apoio da população de São Paulo. Tive mais votos para governador do que tive para prefeito no primeiro turno. Naquele momento, era algo que se impunha. Nas eleições de 2006, o governador Geraldo Alckmin não podia concorrer à reeleição, então, concorri com apoio muito grande da opinião pública.

Em 2004, aliados da sua campanha diziam que Marta Suplicy (PT) não venceria a eleição porque tinha rejeição muita alta (32%). O PSDB passa por situação parecida. Preocupa?

Você deveria convidar um pesquisador para vir analisar. Eu sou candidato. Eu vou ganhar a eleição. Tem muito chão pela frente. Serão dias intensos.

A prefeitura do Rio, apesar de ter um orçamento menor, recebeu mais investimentos do governo federal do que São Paulo. O sr. fala muito da importância da parceria com o governo estadual. E com o governo federal?

É falso que a administração municipal recorreu pouco ao governo federal. É uma coisa que o PT tem dito, e as pessoas têm repetido sem verificar. Não é verdade. O parceiro prioritário é o governo estadual. Em qualquer estado brasileiro, a parceria fundamental é entre a capital e o governo do estado.

Sendo candidato do PSDB, que é oposição no plano federal, o sr. se considera com condições de manter boa relação com o governo federal?

Perfeitamente. Como mantive com o Lula quando fui prefeito e governador. O que está tendo agora é uma questão eleitoral de dizer “se vier algum prefeito ligado ao PT, vamos inundar de dinheiro a cidade”. Isso é fantasia. Fizemos parceria até no Expresso Tiradentes, na época. Agora, não houve leniência da prefeitura. A UPA do Rio, feita dois anos depois, foi baseada nas AMAs (unidades de Atendimento Médico Ambulatorial) de São Paulo. As UPAs foram financiadas pelo governo federal, e aqui a prefeitura vivia pedindo que financiasse as AMAS. Não foi falta de pedido. O programa de creches federal não existiu na prática. Eles ficam falando mas não existiu. Isso é tudo coisa eleitoral.

Esperava a entrada do ex-presidente Lula com tanta força em SP?
Sim. A especialidade do Lula nunca foi governar, mas fazer campanha. Imagina se ele vai perder uma campanha!

O senhor pediu ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para aparecer na sua campanha?

O presidente Fernando Henrique está aí, é uma reserva moral para o país. O presidente fará o que achar melhor. Ele é um grande amigo nosso.

Para 2014, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) é um nome natural?

Não vou falar sobre 2014. Deixa passar 2012. Só faltava discutir agora quem será o candidato do PSDB em 2014. Eu não vou.

O senhor fica na prefeitura até o fim do mandato?

Claro.

Os planos de disputar a nova eleição presidencial ficam para 2018?

Fico até envaidecido de se preocuparem com o que vou fazer em 2018. Significa que estou em grande forma.
O Maluf está apoiando Haddad, mas o PSDB tentou a aliança com ele para a sua campanha. O senhor gostaria de ter o apoio do Maluf?
Não. Hoje não.

E no segundo turno?

Não faz diferença.

A que atribui o crescimento de Russomanno?

Eu não me sinto confortável de ficar analisando o porquê da subida dos adversários. Não ganho meio voto nem perco meio voto. É inútil.

O trânsito é um dos piores problemas da cidade. Qual sua proposta?

É dos piores problemas, e me pergunto o que teria acontecido caso não tivéssemos investido tanto na cidade. Como governador fiz um dos maiores investimentos da História no metrô. O número de passageiros duplicou em relação a meados da década. Passou de 3,5 milhões para 7 milhões. O Rodoanel tirou de dentro da cidade caminhões que iam para o Porto de Santos. A Nova Marginal, não que seja um paraíso, melhorou muito. Qual o problema? É que entram 500 a 700 carros (novos) por dia em São Paulo. De 2005 para cá, os veículos aumentaram 35%. Tem que investir na área de trilhos, o metrô, o monotrilho e o trem.

Foi equívoco do governo federal dar isenção fiscal para a compra de automóveis para enfrentar a crise?

Seria demasia dizer que foi equívoco. Naquele momento, ajudou a manter o emprego. Foi opção do governo Lula. Em vez de aumentar investimentos e abaixar juros na crise de 2008 e 2009, preferiram aumentar salário do funcionalismo e turbinar o consumo. Foi uma estratégia. Eu teria feito a outra. O governo da Dilma está tentando fazer o que estou dizendo que seria correto. É uma autocrítica em relação à gestão anterior. O governo federal nunca se voltou para o metrô. Tem o projeto do trem-bala entre São Paulo e Rio que não tem pé nem cabeça. Vai gastar R$ 70 bilhões para uma demanda escassa, sem resolver os problemas.

Como pretende, se eleito, conseguir recursos e tirar do papel promessas para a área de transporte?

A prefeitura tem dinheiro em caixa. Mas tem que ter capacidade para fazer operações de crédito (empréstimos), o que, modéstia à parte, é especialidade minha. Fiz muito isso quando ministro do Planejamento. São Paulo tem outras possibilidades de receita. Uma delas são as operações urbanas. Outras são as parcerias com a iniciativa privada. Vocês podem ver que falo com muito mais agrado das coisas que quero fazer.

A que horas tem ido dormir?

Varia muito agora. Por mim faria tudo de madrugada, o grosso, quero dizer. Não sou eu que marco os horários. Digo aos candidatos novatos a vereador e deputados que tem que ser paranoico. Candidato que está muito seguro não é uma boa.

O senhor está mais para paranoico ou seguro?

Nem um nem outro. Como já fiz muito análise, mais ou menos tenho domínio do quadro psicológico.

O GLOBO

Zona do euro registra novo recorde de desemprego


Em julho último, mais de 18 milhões de pessoas dos 17 países da moeda comum não tinham trabalho. Taxa de desemprego foi de 11,3%. Duramente atingida pela crise, na Espanha, 52,9% dos jovens não têm emprego.
O mercado de trabalho na zona do euro atingiu, em julho, um recorde negativo. De acordo com os dados divulgados pelo departamento de estatísticas da União Europeia (Eurostat), os 17 países que compõem o bloco da moeda comum registraram 18.002.000 desempregados – ou seja, uma taxa de 11,3%.
Em julho foram feitos novos 88 mil registros de pessoas desempregadas em relação a junho, mas o índice permaneceu praticamente estável. Já em comparação com julho do ano passado, a lista de desemprego tem a mais dois milhões de pessoas. Em toda a União Europeia, os índices de junho e julho permaneceram o mesmo, 11,4%
Há mais de um ano o número de desempregados vem aumentando na zona do euro. Especialistas alertam que, sem trabalho, a população passa a contar com menos recursos e, consequentemente, consome menos, o que afeta a conjuntura econômica dos países.
Grécia e Espanha
Os dois países que registraram as piores taxas de desemprego na zona do euro foram Grécia e Espanha, ambos duramente atingidos pela crise da dívida. Em julho, 25,1% dos espanhóis não tinham um posto de trabalho – ou seja, uma em cada quatro pessoas – percentual maior do que os 24,8% registrados no mês anterior. Os últimos registros divulgados da Grécia, ainda em maio, mostravam um desemprego na casa dos 23,1%.
Também afetada pela crise, a Itália apresentou 10,7% de desemprego em julho. Já os melhores índices foram observados na Áustria (4,5%), na Holanda (5,3%), na Alemanha e na Bélgica (ambas com 5,5%).
A situação permanece preocupante quando se considera toda a UE. Quase 25,3 milhões de pessoas não têm um posto de trabalho no bloco, um aumento de 43 mil desempregados em apenas um mês. O número corresponde a uma taxa de 10,4%.
Ainda segundo o levantamento, os mais afetados são os jovens. Cerca de 22,6% da população da zona do euro com menos de 25 anos está desempregada, ou seja, quase 3,4 milhões de pessoas. Neste ponto também a Espanha apresenta os piores índices. Mais da metade dos jovens espanhóis (52,9%) encontram-se sem ocupação. Na Alemanha, onde foi registrado o menor desemprego entre jovens, o índice é de apenas 8,0%.
DEUTSCHE WELLE

Reajuste de militares é quase o dobro de outros servidores


Os militares das três Forças Armadas terão um reajuste de 30% nos salários até 2015. O índice representa quase o dobro do percentual concedido aos servidores do Executivo civil, Judiciário, Legislativo e Ministério Público da União (15,8%). Ao todo, 706.586 pessoas, entre militares ativos, da reserva e pensionistas serão beneficiados pelo aumento. Na quinta-feira, o Ministério do Planejamento deixou claro que o limite do aumento aos servidores será o mesmo aplicado aos demais poderes e ao MPU. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
"O governo priorizou algumas áreas além da proposta de 15,8%: (...) as universidades, a área de meio ambiente e os militares", disse ontem a ministra Miriam Belchior. Professores de universidades e institutos tecnológicos federais receberam reajustes entre 25% e 40%. No início das negociações, o Planalto já havia sinalizado que o aumento de professores e militares seria diferenciado. No caso da Defesa, o reajuste foi encomendado pela própria presidente Dilma, como gesto de reconhecimento após a instalação da Comissão da Verdade. O governo ainda não conseguiu negociar com 21 setores, que rejeitaram as propostas.
JORNAL DO BRASIL

Obama responde ao discurso de Clint Eastwood

Em uma resposta bem-humorada a um dos discursos mais inusitados já realizados numa convenção republicana, com o ator e diretor Clint Eastwood dialogando com um Barack Obama imaginário representado por uma cadeira, o presidente democrata postou uma foto em sua conta no Twitter com a inscrição: "Este lugar está ocupado". Veja a imagem:


A repercussão do discurso de Eastwood, repleto de  críticas ao presidente, resultou na criação de uma conta no Twitter com o nome "Invisible Obama", que foi suspensa nesta manhã. Desde ontem, ela já havia arregimentado mais de 39 mil seguidores. Os comentários cômicos incluíam mensagens como "Compartilhe uma foto minha quando chegar ao trabalho. Estou na sua cadeira". E usando uma brincadeira com o bordão mais usado na convenção republicana (We built it, algo como "nós é que construímos"), a página alerta: "The GOP built me" ou o Partido Republicano me construiu. 


A brincadeira não acaba aí. Internautas passaram a usar a hashtag Eastwooding para postar fotos em que discutem com diversos tipos de cadeiras, como na imagem abaixo. Os humoristas do Comedy Central publicaram um resumo do discurso em referência ao tom  e aos temas diversos: "Estava falando com Barack Obama no outro dia... Batata.Tênis. Peixe. Pizza. Álgebra. Corrida de carro".
No Twitter, Larry Sabato, diretor do Centro de Política da Universidade da Virgínia, desabafou: "Eu me sentiria melhor se soubesse que Clint não vê ninguém naquela cadeira". Um assessor da campanha de Romney disse à CNN que julgar um ícone americano como Clint Eastwood pela lente da política simplesmente não funciona.


No pronunciamento mais comentado da convenção republicana, Eastwood criticou Obama por não cumprir promessas como o fechamento de Guantánamo e pela demora para trazer os soldados americanos que estão no Afeganistão de volta. Sempre conversando com a cadeira, inventou respostas para seu Obama imaginário. Ao entrar no palco, a tela no fundo projetava uma imagem de caubói como o que ele personificou no cinema. E ao final, convidou a plateia a repetir a frase de um de seus filmes mais famosos, "Dirty Harry": "Vocês querem me fazer ganhar o dia?"e o público: "Faça o meu dia". 

Questionado sobre a resposta democrata ao tema, o secretário de imprensa da campanha de Obama, Ben LaBolt, disse por e-mail ao site Politico.com que "todas as perguntas devem ser enviadas para Salvador Dalí".Alguns integrantes da campanha democrata aproveitaram para fazer piada. David Axelrod escreveu no Twitter após a saída do senador Marco Rubio, da Flórida, que apresentou Mitt Romney: "Este grito que você ouve nos bastidores é o pobre Clint, quando disseram a ele que Mitt quer manter os EUA no Afeganistão indefinidamente".
O GLOBO

Crescimento da economia é prenúncio de resultados melhores no segundo semestre, diz Mantega


Flávia Albuquerque

Repórter da Agência Brasil


São Paulo - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse hoje (31), na capital paulista, que os números apresentados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que apontam crescimento de 0,4% na economia brasileira são bons e, apesar de não serem extraordinários, mostram tendência de crescimento para o restante do ano.
"Esse número que estamos vendo hoje é um número que estamos olhando pelo retrovisor. Está ficando para trás esse resultado. De qualquer forma é bom, comparado ao primeiro trimestre. Não é excepcional, mas é o prenúncio de resultados melhores que virão no segundo semestre".
Mantega disse ainda que os dados indicam que a economia está acelerando gradualmente e a expectativa é que o país continue nessa trajetória de aceleração no terceiro e quarto trimestres. "O terceiro e quarto trimestres serão ainda melhores que o segundo, que foi fortemente influenciado pela crise internacional que não melhorou e afetou o desempenho dos países emergentes".  
Edição: Graça Adjuto
AGÊNCIA BRASIL

Tiroteio deixa três mortos em supermercado de New Jersey


WASHINGTON - Pelo menos três pessoas morreram nesta sexta-feira, 31, em um tiroteio em supermercado de Old Bridge, em New Jersey. O suposto autor dos disparos está entre as vítimas.


Segundo o prefeito Owen Henry, o incidente aconteceu por volta de 4 horas da madrugada (horário local) no supermercado Pathmark. O estabelecimento foi fechado no momento do ataque e foi reaberto duas horas mais tarde.
Fontes policiais afirmaram que uma das vítimas foi uma mulher de 18 anos e que o suspeito era um homem de 23. Até o momento não se sabe o que motivou o ataque e se atirador se suicidou ou foi morto pelos policiais. Old Bridge está localizada a cerca de 40 km de Nova York.
Outros casos

Os Estados Unidos já tiveram três casos de ataques em massa no verão. No dia 24 de agosto, há uma semana, uma pessoa foi morta por um atirador em frente ao Empire State Building. O suspeito foi morto logo após o ataque.

No dia 20 de julho, James Holmes, 24, matou 12 pessoas durante a estreia do filme "Batman - o cavaleiro das trevas ressurge", em Aurora. Os promotores apresentaram 142 acusações contra ele: 24 de assassinato, 116 tentativas de assassinato, além de uma acusação de posse de artefato explosivo e outra de cometer crime com violência.
No dia 23 do mesmo mês, a polícia do Maine, nos Estados Unidos, prendeu um homem fortemente armado que transitava por uma rodovia levando recortes sobre o massacre de Aurora e que disse ter visto o novo filme do "Batman" com uma pistola carregada. No carro dele, os policiais acharam um rifle AK-47, quatro pistolas e várias caixas de munição, segundo autoridades do Estado.
Em 5 de agosto,um homem armado matou seis pessoas e feriu gravemente três em um templo religioso de Wisconsin.
ESTADÃO

Brasil tem 193.946.886 habitantes, aponta estimativa do IBGE


Estimativa feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicada nesta sexta-feira (31) no Diário Oficial da União aponta que o Brasil tem uma população de 193.946.886 de habitantes. Os dados foram calculados para o dia 1º de julho de 2012.
O estado mais populoso, segundo o IBGE, é São Paulo, com 41.901.219 habitantes. Em seguida está Minas Gerais, com 19.855.332. Rio de Janeiro aparece em terceiro lugar, com 16.231.365 habitantes, e a Bahia vem em quarto, com 14.175.341 moradores.
Já o estado menos populoso é Roraima, com 469.524 habitantes.


Segundo o IBGE, o país possui atualmente 3.191.087 habitantes a mais do que em 2010, quando a população chegou a 190.755.799. 

A estimativa foi feita com base na que foi elaborada em 2011 e também no Censo Demográfico de 2010. Como os dados do Censo 2010 ainda não foram totalmente trabalhados, não foi possível atualizar o Sistema de Projeções da População do Brasil, que atualmente tem dados de 2008. Ele será atualizado no próximo ano, com dados de referência para 2013.


Para 2013, o sistema de projeções do IBGE deverá incorporar novas informações referentes à dinâmica demográfica de cada município e incluir outras variáveis, como fatores econômicos e sociais locais. A projeção é feita anualmente a pedido do Tribunal de Contas da União (TCU) e serve de base para o repasse de recursos do orçamento aos municípios.

Dentre as cidades mais populosas, a capital paulista lidera o ranking, com 11.376.685 habitantes. Já entre as com menor população, Borá (SP) e Serra da Saudade (MG) encabeçam a lista: ambas com 807 habitantes. Curitiba (PR) é a cidade com maior número de habitantes na região Sul do país, com 1.776.761.


Confira abaixo a estimativa da população para todos os estados em 2012 e o ranking das 15 cidades com maior e menor número de habitantes.
ESTADO                                                                             POPULAÇÃO                                                                  
Região Sudeste                                                                        
São Paulo                                                                         41.901.219  
Minas Gerais19.855.332
Rio de Janeiro16.231.365
Espírito Santo3.578.067
Região Nordeste
Bahia14.175.341
Pernambuco8.931.028
Ceará8.606.005
Maranhão6.714.314
Paraíba3.815.171
Rio Grande do Norte3.228.198
Alagoas3.165.472
Piauí3.160.748
Sergipe2.110.867
Região Sul
Rio Grande do Sul10.770.603
Paraná10.577.755
Santa Catarina6.383.286
Região Norte
Pará7.792.561
Amazonas3.590.985
Rondônia1.590.011
Tocantins1.417.694
Acre758.786
Amapá698.602
Roraima469.524
Região Centro-Oeste
Goiás6.154.996
Mato Grosso3.115.336
Distrito Federal2.648.532
Mato Grosso do Sul2.505.088


15 maiores cidades - Censo 201015 maiores cidades- estimativa 2012
São Paulo (SP)                         11.253.503                  São Paulo (SP)                         11.376.685                    
Rio de Janeiro (RJ)6.320.446Rio de Janeiro (RJ)6.390.290
Salvador (BA)2.675.656Salvador (BA)2.710.968
Brasília (DF)2.570.160Brasília (DF)2.648.532
Fortaleza (CE)2.452.185Fortaleza (CE)2.500.194
Belo Horizonte (MG)2.375.151Belo Horizonte (MG)2.395.785
Manaus (AM)1.802.014Manaus (AM)1.861.838
Curitiba (PR)1.751.907Curitiba (PR)1.776.761
Recife (PE)1.537.704Recife (PE)1.555.039
Porto Alegre (RS)1.409.351Porto Alegre (RS)1.416.714
Belém (PA)1.393.399Belém (PA)1.410.430
Goiânia (GO)1.302.001Goiânia (GO)1.333.767
Guarulhos (SP)1.221.979Guarulhos (SP)1.244.518
Campinas (SP)1.080.113Campinas (SP)1.098.630
São Luís (MA)1.014.837São Luís (MA)1.039.610

15 menores cidades- Censo 201015 menores cidades - estimativa 2012
Borá (SP)                                                    805                   Borá (SP)                                  807                   
Serra da Saudade (MG)815         Serra da Saudade (MG)                   807              
Anhanguera (PR)1.020Anhanguera (PR)1.039
Oliveira de Fátima (TO)1.037Oliveira de Fátima (TO)1.049
Araguainha (MT)1.096Araguainha (MT)1.058
Nova Castilho (SP)1.125Nova Castilho (SP)1.146
Cedro do Abaeté (MG)1.210Cedro do Abaeté (MG)1.199
André da Rocha (RS)1.216Uru (SP)1.228
Uru (SP)1.251André da Rocha (RS)1.232
Miguel Leão (PI)1.253Miguel Leão (PI)1.236
Lagoa Santa (GO)1.254Lagoa Santa (GO)1.305
Parari (PB)1.256Chapada de Areia (TO)1.345
Chapada de Areia (TO)1.335Grupiara (MG)1.373
Serra Nova Dourada (MT)1.365Jardim Olinda (PR)1.392
Grupiara (MG)1.373Cachoeira de Goiás (GO)1.405

G1