quarta-feira, 31 de outubro de 2012

EDITORIAL: O 'Jornal da Tarde' sai de cena


O Jornal da Tarde (JT) sai de cena hoje para entrar para a história do jornalismo brasileiro na muito rarefeita categoria das utopias realizadas.
Foi fruto de uma conjunção de fatores tão improvável quanto a emergência da primeira onda planetária de contestação, a mobilizar toda uma geração semiconectada e que se materializava justamente na revolução da linguagem das comunicações, de um raro hiato na sucessão costumeira de crises que criaram um ambiente econômico excepcionalmente favorável ao Brasil e à indústria do jornalismo impresso, então no seu apogeu histórico, e do feliz casamento entre a vontade de inovar de uma empresa solidamente consciente do valor da função institucional, sem a qual o jornalismo não faz sentido, e a capacidade de uma geração que fez história no jornalismo brasileiro de executar esse desafio com o mais alto grau de talento e qualidade.
Foi este o pano de fundo contra o qual intenção, acaso e necessidade, nas suas imprevisíveis tramóias dialéticas, acabaram por proporcionar se não a suspensão, ao menos um inédito afrouxamento da contradição essencial entre o meio e a mensagem; entre o ritmo do pensamento e os imperativos da indústria e da logística que delimitavam as fronteiras da qualidade possível no jornalismo impresso.
O mais importante insumo da revolução estética, de comunicação e jornalística que foi o Jornal da Tarde foi o tempo de processamento, luxo que pouquíssimos jornalistas da presente geração alguma vez puderam desfrutar no exercício da profissão.
Desenhado para chegar às bancas no início da tarde, o JT pôde, na primeira metade de sua vida, dar-se ao luxo de funcionar na velocidade das ideias e concentrar-se com o necessário vagar no tratamento dos fatos, na avaliação do seu significado e na sua apresentação em imagens e palavras nunca antes tão cuidadosa e competentemente trabalhadas na história da imprensa brasileira.
E o efeito foi brilhante. Enquanto reformava o passado, o JT pôs também um pé no futuro ao reinterpretar a essência do jornalismo, que é a função de captar os pleitos difusos da sociedade, interpretá-los, dar-lhes forma legível e, assim, precipitar reformas, ao saltar da fronteira então estabelecida da mera crítica e da sugestão para o território ainda virgem da mobilização direta do público e da interferência física sobre o aparelho de decisão política nas suas memoráveis campanhas.
No momento em que não só o jornalismo, ferramenta essencial da democracia, mas o pensamento escrito como um todo se debatem novamente numa crise que é, essencialmente, uma crise universal de desajuste de velocidades, vale a pena nos determos mais uma vez nesse aspecto que, para o bem e para o mal (quando a vantagem do tempo de processamento lhe foi suprimida), definiu a história e a trajetória do Jornal da Tarde.
A inteligência humana e a civilização só puderam se desenvolver quando o sucessor do macaco se organizou o bastante para não ter mais de dedicar 100% do seu tempo a correr atrás de comida ou fugir dos predadores. Era este o mundo que lhe tinha sido dado.
Passados 200 mil anos de luta, vamos, de certa forma, recriando, agora voluntariamente, aquela mesma situação. E as modernas ferramentas de comunicação estão no centro desse estranho processo de regressão.
A submissão acrítica ao fascínio da velocidade sem rumo devolve a humanidade a uma crescente incapacidade de pensar e vai reduzindo a vida a uma sucessão de reações automatizadas de sobrevivência onde somos nós que, em bando, servimos às máquinas e não elas que nos acrescentam à individualidade, à segurança e ao conforto material ou espiritual.
Superar a barbárie e dar a cada homem as rédeas do seu próprio destino é o objetivo da democracia. O jornalismo está a serviço dela e esta, há 137 anos, tem sido a casa do jornalismo.
É nossa a responsabilidade, agora discutindo o papel central que nós próprios temos tido na construção dessa nova Babel, de contribuir para deter essa voragem e devolver aos homens o grau possível de controle sobre suas vidas.
O JT fez parte desta obra ao abrir novos caminhos. Cabe-nos continuar a percorrê-los.
ESTADÃO

Três moradores de rua são assassinados em São Paulo


SÃO PAULO - Três moradores de rua foram mortos entre 23h de terça-feira e 1h desta quarta no centro e na zona leste da capital paulista, um deles enquanto dormia.

De acordo com a polícia, o primeiro caso ocorreu na Avenida do Estado, perto do Mercado Municipal, em circunstâncias não informadas. Também na região central, um morador de rua foi morto a tiros enquanto dormia por volta da 1h desta madrugada, na Rua Carlos de Souza Nazaré, região da 25 de Março. Segundo testemunhas, o crime foi cometido por um homem que chegou em uma bicicleta e disparou 11 vezes contra a vítima.

Na Rua Marques de Oliveira, sob o Viaduto Bresser, a menos de 3 quilômetros, outro morador teria sido assassinado a pauladas por volta da meia-noite, segundo a polícia. Não se sabe quantos foram os agressores. Os casos foram registrados no 8º Distrito Policial, do Brás/Belém.

ESTADÃO

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Guindaste ameaça cair de arranha-céu de Nova York, diz brasileira


Um guindaste ameaça cair de um arranha-céu em construção na ilha de Manhattan devido aos fortes ventos causados pela aproximação do furacão Sandy. O projeto promete ser um dos prédios residenciais mais altos de Nova York.

Testemunhas afirmam que entulho, vidro e pedras começaram a cair do local da obra, na rua 57, para a rua de trás, a 56. "O guindaste tombou, dobrou e tem partes dele caindo no meio da rua", conta a engenheira potiguar Ana Rinckevicius, 46, que está hospedada naquela mesma rua, por telefone.

Ela conta que a polícia pediu a retirada dos moradores do quarteirão entre a Quinta e a Sexta Avenidas diante do risco de que o guindaste caia. "A polícia está tirando as pessoas de todos os prédios. Se isso aconteceu agora, imagina quando chegar mesmo o furacão".
Até o momento não há informações de feridos no acidente.

O arranha-céu, conhecido como One57, terá 80 andares. Os apartamentos do empreendimento, que são dúplex, podem custar até US$ 90 milhões (R$ 182 milhões).

FURACÃO

Segundo informe do Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos, Sandy estava, por volta das 15h locais (17h em Brasília) a cerca de 415 quilômetros da cidade de Nova York, com ventos máximos sustentados a 150 km/h.

De acordo com os estudos do órgão, Sandy atingirá "a costa de Nova Jersey, a grande região de Nova York, Long Island e o sul da Nova Inglaterra", detalhou Kimberlaind.

O furacão está a cerca de 330 quilômetros ao sudeste de Atlantic City (Nova Jersey) e traz com ele uma ressaca com ventos de força de furacão. A previsão é que o centro de Sandy chegue a Nova Jersey por volta das 18h (20h em Brasília).

A cidade de Nova York está totalmente paralisada hoje, com o fechamento de transporte público, escolas, universidades, tribunais, teatros, grandes empresas, da Bolsa de Valores, dos monumentos, dos museus e até da sede das Nações Unidas.

O trânsito está muito menos intenso do que o habitual e há poucas pessoas na rua. Em Delaware e Nova Jersey várias cidades enfrentavam inundações, e milhares buscaram refúgio em abrigos públicos.

O presidente Barack Obama foi à TV hoje para advertir que a situação só deve voltar ao normal dentro de "vários dias" e que neste período, várias áreas do país devem ficar sem energia elétrica.

Horas mais tarde, a rede CNN informou que o fornecimento de energia foi interrompido para cerca de 116 mil consumidores.

Nove Estados, da Carolina do Norte até Massachusetts, declararam estado de emergência de antecipadamente para se preparar para a tempestade e pediram aos moradores que estocassem água, baterias e alimentos.

FOLHA DE S. PAULO

Grécia alcança acordo com credores sobre medidas de austeridade


O primeiro-ministro da Grécia, Antonis Samaras, anunciou que o país concluiu as negociações com seus credores internacionais sobre novas medidas de austeridade que devem ser aplicadas pelo seu governo. O acordo faz parte das condições para que a Grécia receba novas parcelas de um empréstimo da chamada troika (formada pelo Banco Central Europeu, pela União Europeia e pelo Fundo Monetário Internacional).

"Hoje concluímos a negociação sobre as medidas e o orçamento", afirmou Samaras, acrescentando que a aprovação das novas medidas pelo parlamento "manterá a Grécia na zona do euro".

Um anúncio anterior sobre o acordo, feito pelo ministro das Finanças da Grécia, Yannis Stournaras, se provou falso. Ele havia dito que a troika havia dado dois anos para que o país aplicasse as medidas de austeridade. No mesmo dia, porém, a União Europeia se pronunciou dizendo que, embora as negociações estivessem adiantadas, ainda havia assuntos a serem resolvidos entre as duas partes.

O pacote agora deve ser votado pelo Parlamento grego para que entre em vigor.

As primeiras medidas de austeridade aplicadas pelo governo de Samaras no país causaram polêmica, já que envolviam cortes em áreas como educação e saúde. Nas últimas semanas, milhares de gregos saíram às ruas para protestar contra o governo, em duas ocasiões.

A primeira, no início de outubro, foi uma manifestação contra a visita da chanceler alemã, Angela Merkel, vista por muitos como uma das responsáveis pelas pressões financeiras que a União Europeia exerce sobre a Grécia. A segunda, há duas semanas, foi uma demonstração de força diante da cúpula da União Europeia, que se reunia na mesma época em Bruxelas.

CRISE

A Grécia obteve a concessão de um resgate de € 130 bilhões (R$ 341,2 bilhões) em fevereiro. O empréstimo, concedido pela troika, foi dividido em parcelas. Para receber a segunda parte, o governo do país precisava desse novo acordo sobre medidas de austeridade econômica.

Os gregos passam por uma crise econômica devastadora. O desemprego atingiu a marca de 25% em julho, num recorde histórico. A taxa afeta 54,2% dos jovens entre 15 e 24 anos sem estudos e 31,4% na faixa de 25 a 34 anos.

As autoridades gregas divulgaram no início de outubro uma previsão de 3,8% de contração do PIB para este ano, confirmando o sexto ano consecutivo de recessão. Sucessivos cortes têm sido feitos para sanar as dívidas do país, em áreas como educação, aposentadoria e benefícios sociais.

FOLHA DE S. PAULO

Cristiana Oliveira diz que namorado 23 anos mais novo a completa


A atriz Cristiana Oliveira, 48, disse não se importar com a diferença de idade que tem com o namorado, Lucyan Resende, 25.
"Não acho nada demais essa diferença de idade. O que importa é que ele é um gentleman. Admiro tudo nele: a postura, a história de vida... Ele realmente me completa", disse a atriz à revista "Contigo!".
Cristiana e o cirurgião-dentista se conheceram há 11 meses no bairro da Lapa, no Rio de Janeiro.
FOLHA DE S. PAULO

Obama declara emergência em três Estados por tempestade Sandy


O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, declarou emergência nesta terça-feira em três Estados após a passagem da tempestade tropical Sandy. O fenômeno causou 15 mortes em território americano e uma, no Canadá, além de danos graves em diversos Estados da costa leste americana.

O estado de emergência, que foi decretado em Nova York, Nova Jersey e Long Island, permitirá que o governo americano envie ajuda financeira imediata para as regiões atingidas pela tempestade, que passou por sete Estados americanos, deixando 15 mortos.

Nova York é o Estado que acumula o maior número de mortos, com sete. A cidade homônima passa por uma das maiores destruições provocadas por um fenômeno natural, inundando todas as regiões baixas da ilha de Manhattan, em especial o sul da cidade, e deixando 500 mil casas sem energia elétrica.

No Queens, subúrbio nova-iorquino, um grande incêndio atingiu cerca de 50 casas na região de Breezy Point, de acordo com o Corpo de Bombeiros. Nenhuma morte foi registrada até o momento e agentes tentam controlar o fogo, que começou na noite de segunda.

Todos os aeroportos da região de Nova York -  JFK, La Guardia e Newark - foram fechados.

O metrô e o túnel que liga a ilha de Manhattan ao Brooklyn foram invadidos pelas águas. 

Todas as pontes da cidade ao leste foram fechadas e túneis foram bloqueados.

A Autoridade Metropolitana de Transportes (MTA, em inglês) disse que é o pior desastre da história do metrô da cidade, que tem 108 anos. Pelo menos sete túneis na região do East River estão completamente inundados. Outras duas linhas perderam a energia e seis garagens de ônibus foram atingidas.

Mais cedo, a fachada de um prédio de três andares desabou no bairro de Chelsea, sem deixar feridos, e um guindaste rachou e ficou pendurado no 90º andar do prédio residencial mais alto em Nova York, ainda em construção, em frente ao Central Park.

OUTROS ESTADOS

Em Nova Jersey, um dique se rompeu, ameaçando três localidades próximas, segundo a polícia local. As equipes de resgate estão em alerta para inundações na região.

O nível alto da água também colocou em alerta a usina nuclear Oyster Creek, em que a inundação chega a 1,80 m. Segundo a administração da planta, será necessário usar bombas extras para resfriar a usina.

O reator estava desligado desde o último dia 22, pelo que são descartados riscos de superaquecimento. Outras 104 usinas nucleares tiveram seus reatores desligados ou trabalham com capacidade de geração de energia reduzida.

No Estado, duas pessoas morreram e pelo menos 2.200 famílias tiveram que se refugiar em abrigos públicos. Oito condados receberão ajuda especial para o aluguel de casas para os desabrigados e a reforma das residências atingidas pela tempestade, além de outros programas.

Também foram registradas três mortes na Pensilvânia e uma em Connecticut. Em Virgínia Ocidental, uma mulher morreu em um acidente de trânsito em decorrência de uma nevasca trazida pelo Sandy.

Já na costa da Carolina do Norte, uma mulher morreu no naufrágio de uma réplica do navio HMS Bounty, usado no filme "Piratas do Caribe".

Em Toronto, no Canadá, a polícia local informou que uma mulher morreu em um estacionamento ao ser atingida por uma placa que se desprendeu com os fortes ventos.

Especialistas já calculam as perdas causadas pelo Sandy em até US$ 10 bilhões (R$ 20 bi) só em seguro. O prejuízo total, incluindo comércio, pode chegar a US$ 20 bilhões (R$ 40 bi). Segundo a rede CNN, mais de 6,5 milhões de americanos em 13 Estados estão sem energia.

Mais de 13 mil voos foram cancelados entre domingo e terça-feira, 7.600 somente nesta segunda-feira.

TEMPESTADE

Por volta das 5h locais (7h em Brasília), a tempestade Sandy se deslocava ao sul do Estado da Pensilvânia a uma velocidade de 105 km/h, de acordo com o Centro Nacional de Furacões.

Ainda como um ciclone extratropical, o fenômeno tocou terra firme por volta das 20h (22h do Brasil), ao sul da cidade de Atlantic City, em Nova Jersey, afetando cerca de 60 milhões de pessoas e deixando Nova York praticamente às escuras.

A cidade é uma das localidades americanas mais atingidas pelo ciclone, varrida por fortes chuvas e ventanias, que inundaram ruas, danificaram edifícios e interromperam o fornecimento de energia.

O prefeito Michael Bloomberg relatou no início desta madrugada que pelo menos 250 mil residências estão sem luz na ilha de Manhattan.

FOLHA DE S. PAULO

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

ARTIGO: Os efeitos para 2014


Em eleições municipais, o eleitor olha gestão; nas presidenciais, faz política. Com a imprecisão de toda a síntese, esta parece aplicável ao pleito que o 2º turno encerrou ontem. Ele mostra as eleições municipais imunes ao jogo político nacional, em diagnóstico de mão única, pois seus resultados, ao contrário, já influem nos movimentos vinculados à sucessão presidencial de 2014 - e até mesmo na de 2018.
Ainda que o conceito de boa gestão seja morada de cada eleitor, onde essa avaliação foi majoritária, de modo geral, deu-se a reeleição. Exceções à regra certamente encontrarão explicação no apoio de governadores bem avaliados a gestores nem tanto, mas favorecidos pela escora maior.
O eleitor insatisfeito escolheu novos perfis ou, à falta deles, recorreu a antigas lideranças que condenara ao purgatório, para mais uma chance. Caso de Aracaju, por exemplo, onde o veterano João Alves (DEM) conseguiu uma vitória esmagadora.
Ocorre com frequência essa espécie de rodízio, ainda que, às vezes, possa vir travestido do novo - caso de São Paulo, onde o conceito é estritamente etário e repete o revezamento histórico entre o PT e o PSDB.
Aqui houve renovação de quadro, mas não da política partidária que Fernando Haddad representa. Seu perfil pouco característico do PT acabou palatável ao eleitor tucano insatisfeito com a repetição do velho filme e personagens.
A considerar a influência da eleição municipal na presidencial, o 2º turno amplia e reafirma o fortalecimento do governador de Pernambuco Eduardo Campos, principal beneficiário das vitórias estratégicas de seu partido, o PSB, algumas delas impondo-se à vontade imperial do ex-presidente Lula sobre seus aliados.
O partido de Campos venceu em capitais estratégicas como Belo Horizonte, Recife e Fortaleza, também em Cuiabá, em confronto direto com o PT, que custou o rompimento da aliança entre ambos. Fez ainda Porto Velho e, no plano das cidades médias, venceu em Campinas, reduto petista. No Rio, venceu em Duque de Caxias e Petrópolis, importantes redutos peemedebistas.
E é nesse contexto que o PSB ganha capilaridade, visibilidade nacional e dimensão política, fatores que o beneficiam com maior autonomia de movimentos e lhe impõem exercício mais pragmático na administração de suas alianças.
O partido segue a corrente natural que estende os movimentos de independência do partido às cidades em que for perceptível a possibilidade de voo solo. É a regra natural da política que foge ao controle de cúpulas, porque determinada pelos interesses regionais.
É um cenário que dita também a necessidade de diversidade nas alianças, o que se traduz por uma gradual renovação de parceiros e redução da centralização das negociações numa só grande legenda, ainda que esta, no caso do PT, tenha o poder federal como forte pólo de gravidade a atrair e sustentar linhas auxiliares.
Ao lado de Aécio Neves, o governador de Pernambuco consolida o protagonismo na cena presidencial ensaiado no 1º turno: qualquer que seja seu papel, as sucessões de 2014 e 2018 passam por ele e por seu PSB.
No caso de Aécio, a derrota de José Serra em São Paulo abre o caminho para uma candidatura que andou sempre à base do conflito interno e que agora pode se firmar sem contestações. Mais que isso, crismada pela confirmação do erro do rival partidário em recusar a renovação que Lula impôs ao PT com êxito.
Campos e Aécio se beneficiam ainda das derrotas da presidente Dilma e do ex-presidente Lula em Salvador e Manaus, onde ambos empenharam prestígio e popularidade e foram derrotados por adversários históricos.
ESTADÃO

Haddad visita Dilma e agradece apoio durante a campanha


Brasília - Na primeira visita do prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad, à presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto, ele agradeceu o "apoio", "empenho", "carinho" e "amizade" dela na campanha que, na sua avaliação, foram "fundamentais" para a sua vitória sobre o tucano José Serra. No encontro, no qual estava acompanhado de sua mulher, Ana Estela, Haddad comentou com Dilma sobre a afirmação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que ele conseguiu eleger "dois postes" para governar o País e a maior capital brasileira e os dois riram e brincaram com isso.

Depois do encontro, em entrevista, Haddad defendeu uma "transição de alto nível" com o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab e anunciou que vai "sair uns poucos dias para descansar". Em sua fala, Haddad avisou ainda que, a partir da semana que vem quer estar disponível para começar a discutir, primeiro, o organograma da Prefeitura de São Paulo e em seguida, nomeações. Informou também que Antônio Donato, que coordenou sua campanha, será o responsável pela transição.
"Quero, sem nenhuma perda de tempo, estabelecer que, assim como vamos fazer uma transição de alto nível com Kassab, já constituindo equipes que possam trocar informações, quero promover, este mesmo tipo de interlocução com o governo federal", disse Haddad, lembrando que conhece como a máquina federal funciona, citando que passou por dois ministérios - Planejamento e Educação e que isto pode ser muito proveitoso. Segundo o futuro prefeito, já existe um grupo de trabalho discutindo também as parcerias que foram anunciadas e que ele gostaria de ver implementadas na cidade de São Paulo, o quanto antes, em torno dos eixos estruturais do seu programa de governo.
Haddad disse que a questão da dívida da cidade de São Paulo, que hoje é da ordem de R$ 58 bilhões, e que já ultrapassou o nível possível de endividamento do município, foi tratada com a presidente Dilma, durante a conversa, mas sem nenhum tipo de definição ou detalhamento. "Passamos por este assunto também", declarou Haddad, ressaltando, no entanto, que a visita foi de "cortesia" e que os dois conversaram amenidades e aproveitaram "para matar as saudades". Diante da insistência dos jornalistas sobre a questão de uma possível renegociação da dívida do município com a União, Haddad respondeu: "todos comungamos do mesmo objetivo, de fazer uma parceria em torno de todos os temas de interesse de São Paulo". E emendou: "e este assunto (dívida da cidade) é um assunto presente nas conversas, mas há também os investimentos federais que pretendo levar para São Paulo".
Questionado sobre qual será o papel de Lula em seu governo, Haddad disse que "o presidente Lula é um conselheiro de todos nós". Ele reconheceu que o apoio de Dilma e Lula foram "fundamentais" para sua vitória em São Paulo. "Todo apoio é fundamental", emendou, justificando que "Lula e Dilma são figuras centrais no cenário político nacional".
Sobre os nomes que vão compor o seu governo na prefeitura, Fernando Haddad afirmou que "isso vai depender do início dos trabalhos que vamos começar a partir da semana que vem". Ele não quis dizer quando anunciará o primeiro nome do seu futuro secretariado, explicando que isso não acontecerá antes de começar a discutir o organograma da prefeitura. "A primeira tarefa é o organograma", avisou.
Haddad deixou o Planalto dizendo que estava indo para o Ministério da Educação, agradecer o apoio ali recebido dos seus antigos companheiros. "Vou visitar também os meus companheiros do Ministério da Educação. Não posso deixar de abraçá-los no dia de hoje. Tenho certeza que uma parte do êxito que logrei em São Paulo tem muito a ver com o que os professores e professoras conseguiram durante minha gestão e isso é uma forma de homenageá-los é visitar o Ministério da Educação".
ESTADÃO

Furacão Sandy cancela nove voos do Brasil para os EUA


O furacão Sandy, que afeta o tempo na costa leste dos Estados Unidos, cancelou nesta segunda-feira nove voos do Brasil para o território americano, segundo a Infraero (empresa que administra aeroportos no Brasil).

Na TAM, única companhia brasileira que faz viagens para os EUA, um voo para Nova York foi cancelado no Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos (Grande São Paulo), e outro para Miami no Aeroporto Internacional Tom Jobim, na zona norte do Rio.

A American Airlines cancelou dois voos para Nova York saindo de Guarulhos e outros dois saindo do Tom Jobim.

Em relação às chegadas ao Brasil, houve uma frequência para Nova York cancelada em Guarulhos e outro, que deveria chegar às 09h42 no Galeão, que está previsto para 17h30.

A Delta Airlines não confirmou o voo previsto para esta segunda-feira a Nova York que sairia de Guarulhos, mas as viagens a Atlanta e Houston continuam previstas.

Um voo vindo do aeroporto de Newark, em Nova Jersey, e outro que sairia de Guarulhos e do Galeão para o mesmo terminal foram cancelados pela United Airlines. Os demais voos da companhia, para Houston e Miami, estão mantidos.

Companhia que só voa para o Rio, a US Airways confirmou seu voo para Charlotte, na Carolina do Norte.

RECOMENDAÇÕES

A Infraero (tel. 0/xx/11/2445-2945) recomenda a passageiros que tenham voos para os EUA que entrem em contato com suas companhias aéreas para verificar possíveis atrasos ou cancelamentos.

Em nota, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) informa que, diante da possibilidade de o furacão Sandy chegar aos Estados Unidos, voos podem ser cancelados ou atrasados por questões de segurança.

Ela recomenda aos passageiros que, antes de sair de casa para viajar, confirmem o horário e a manutenção de seus voos junto às companhias aéreas. 

A agência reguladora diz que vai monitorar a prestação de assistência aos passageiros pelas empresas que tiverem que cancelar ou alterar o horário de voo à região.

Em casos de atrasos e cancelamentos, a companhia aérea deve assegurar o direito do passageiro a receber acesso à comunicação (a partir de uma hora de atraso), alimentação (a partir de duas horas), acomodação (a partir de quatro horas) e traslado para passageiros que estiverem na localidade de residência.

Em casos de voos cancelados, o passageiro pode ser reacomodado em outro voo ou ser reembolsado com o valor integral pago pela passagem área.

Caso o passageiro se sinta prejudicado ou tenha seus direitos desrespeitados, a Anac recomenda, primeiramente, que o consumidor procure a própria companhia aérea. Se o problema não for solucionado, o usuário pode encaminhar o problema à Anac (tel. 0800 725 4445), aos órgãos de defesa do consumidor e/ou ao Poder Judiciário.

FURACÃO

Em toda a costa leste americana, cerca de 7.400 voos domésticos e internacionais foram cancelados até terça-feira (30). A previsão é de que o tráfego aéreo seja afetado até quarta-feira (31).

Cerca de 375 mil tiveram de ser retiradas de áreas costeiras de Nova York, incluindo Coney Island, Red Hook, Rockaway Beach e quase toda a costa de Staten Island. Essas pessoas foram levadas a mais de 70 abrigos que foram improvisados em prédios de escolas públicas.

O furacão Sandy alcançou categoria 1 na escala Saffir-Simpson, que vai até cinco. Antes de chegar aos EUA, ele passou pelo Caribe, onde provocou 66 mortes no Haiti, Cuba, República Dominicana, Jamaica e Bahamas. Os ventos estavam a 140 km/h na manhã desta segunda-feira, a 615 km da cidade de Nova York.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, alertou os americanos neste domingo (29) que o furacão Sandy é uma "tempestade séria e grande" e pediu aos moradores da Costa Leste do país que sigam as ordens das autoridades para se protegerem.

FOLHA DE S. PAULO

Número de votos brancos e nulos é o maior do Brasil no 2º turno desde 1996


Neste domingo (28), o número de votos brancos e nulos do Brasil foi de 9,8%, o maior desde 1996, quando foram realizadas as primeiras eleições informatizadas do país.

Em todo o país, 3,25% dos eleitores votaram em branco e 6,6% anularam seus votos. No primeiro turno, o índice foi de 11,1%.

A cidade com maior porcentual de votos nulos foi Petrópolis (RJ), com 12,48%. 

Já a cidade com maior número de votos em branco foi Guarulhos, na grande São Paulo, com 6,32%.

A Justiça Eleitoral desconsidera esses votos na definição dos resultados, que é feita apenas com os votos válidos.

Entre os segundos turnos, o maior índice era de 1996, com 1,7% de votos em branco e 7,5% de votos nulos, num total de 9,2%.

Já o percentual de abstenção é o segundo maior da história dos segundos turnos do Brasil. Neste domingo, 19,11% dos eleitores do país não compareceram às urnas.

O índice de ausentes nas urnas preocupou a presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministra Cármen Lúcia, que disse na noite de ontem que a Justiça Eleitoral e especialistas deverão analisar meios mais "eficazes" de convidar o eleitor a votar.

SÃO PAULO

Na capital paulista, o número de brancos e nulos também bateu recorde nos segundos turnos, com 11,6%. Em 2008, os índices somados foi 7,6%.

Ontem, 4,3% dos eleitores votaram em branco e 7,25% anularam o voto. No primeiro turno, o índice foi de 12,7%, sendo 5,4% de votos brancos e 7,3% de nulos.

O recorde anterior era das eleições de 2000, quando 8,3% dos eleitores ficaram de fora dos chamados votos válidos: 4,9 % anulou o voto e 3,4% votou em branco.

Na última eleição, em 2008, foram 2,6% em branco e 5% nulos.

Vota em branco quem clica na tecla "branco" da urna e, em seguida, confirma o voto. Já o voto nulo pode ser resultado de um voto em um candidato inexistente, de propósito, ou fruto de um erro de digitação.

FOLHA DE S. PAULO

sábado, 27 de outubro de 2012

Secretário nega oferta de ajuda federal para conter violência em São Paulo


O Secretário de Segurança Pública de São Paulo, Antonio Ferreira Pinto, nega que tenha havido qualquer gesto do Governo Federal propondo ajuda ao Estado no combate à onda de violência no Estado.

O secretário afirma que teve um único encontro com um representante do Governo Federal, o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça), que ocorreu numa sexta-feira em junho deste ano. "Foi uma visita protocolar, de cortesia. Ele [Cardozo] veio nos agradecer pela colaboração que temos dado à Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública)".

Naquela ocasião, diz o secretário, foi entregue a Cardozo um ofício reiterando pedidos de repasses de verbas federais para instrução, tecnologia da informação e inteligência das polícias. "Em nenhum momento se falou em preocupação da presidente Dilma ou do Governo Federal com a situação de São Paulo. A relação que temos com o Ministério da Justiça é de cooperação técnica", disse ele ao jornal, nesta manhã, por telefone.

Em seguida, o secretário afirmou, em uma segunda conversa com a Folha na manhã deste sábado, que, além disso, não haveria nada que o Governo Federal pudesse fazer para ajudar na questão da violência em São Paulo. "A segurança pública é do Estado. Somos parceiros do Governo Federal em várias áreas, a Polícia Federal e a polícia do Estado dialogam e trabalham em intercâmbio, mas a prerrogativa da segurança no Estado é nossa. Temos completo controle da situação", afirmou.

Na edição desta sexta-feira, o Painel, da Folha, informou que emissários da presidente Dilma Rousseff estiveram com Ferreira Pinto e ofereceram ajuda, inclusive na área de segurança, mas as conversas não prosperaram.
O Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, confirmou neste sábado o encontro e a oferta de ajuda.

"Nós sempre demonstramos preocupação e oferecemos a todos os Estados brasileiros, inclusive a São Paulo, apoio necessário para enfrentar o crime organizado. Colocamos à disposição ações de segurança pública e presídios de segurança máxima para receber líderes dessas organizações que comandam ações dentro de presídios estaduais", disse ele à Folha.

"Estamos fazendo isso com Alagoas, Estado governado pelo PSDB. O que nos recusamos é ser mero repassador de recursos sem discutir planos de eficiência de segurança. O Ministério da Justiça não é a Casa da Moeda", afirmou Cardozo.

Ao mesmo tempo em que nega que tenha havido oferta de cooperação, o Secretário de Segurança Pública do governo paulista dá vários exemplos para sustentar que o Estado de São Paulo não precisa de ajuda federal.

"Não precisamos de Força Nacional, do Exército, para garantir a tranquilidade das eleições municipais, como ocorre em vários lugares do país. 

Abrigamos Fernandinho Beira-Mar no Estado durante quatro anos, sem que houvesse nenhum problema. Temos no sistema prisional um Regime Disciplinar Diferenciado que é modelo para todo o país".

Ferreira Pinto reforça a tese que vem sendo defendida pelos tucanos, como o governador Geraldo Alckmin e o candidato José Serra, a de que a prerrogativa federal é coibir a entrada de drogas e armas nas fronteiras, que abastecem o crime organizado nos Estados. Serra tem cobrado em debates e entrevistas que o governo Dilma é "omisso" nessa tarefa de vigiar as fronteiras do país.

"O governo federal precisa é coibir o tráfico de armas e drogas nas fronteiras. 
Nesta área de segurança não há partidos políticos, o que há é o interesse nacional", afirmou Ferreira Pinto.

FOLHA DE S. PAULO

Morre em Salvador a atriz baiana Regina Dourado


Morreu na manhã deste sábado (27), em Salvador, a atriz baiana Regina Dourado, aos 59 anos, segundo informações de familiares. Ela lutava contra um câncer descoberto em 2003 e estava internada há uma semana no Hospital Português, na capital baiana.
Segundo familiares, o velório será aberto ao público e acontecerá neste sábado, no Cemitério Jardim da Saudade, em Salvador. O corpo da atriz será cremado em cerimônia privada no domingo (28).
O irmão da atriz, Oscar Dourado, disse aoG1 que Regina faleceu às 11h20 deste sábado.
Na terça-feira (23), ele afirmou em entrevistaque a família queria "garantir uma partida confortável" para Regina.
Outro irmão da atriz, Paulo Dourado, falou na tarde de terça que "o momento é difícil para toda a família". Paulo comentou também que a família quer ficar rodeada apenas com amigos.
Carreira 


Regina Maria Dourado nasceu em 22 de agosto de 1953, na cidade de Irecê, no interior da Bahia. Aos 15 anos, começou na 'Companhia Baiana de Comédias'. Estudou canto e participou do Grupo de Dança Contemporânea da Universidade Federal de Bahia, do Coral Ars Livre e do Grupo Zambo. Ela estreou na TV durante o especial "A Morte e a Morte de Quincas Berro D'água", dirigido por Walter Avancini em 1978.


A atriz atuou nas novelas Pai Herói (1979); Cavalo Amarelo (1980) (Bandeirantes); Pão Pão, Beijo Beijo (1983) quando voltou para a Globo e ganhou sua primeira grande personagem em novelas como Lalá Serena; Roque Santeiro (1985); Felicidade (1991), Renascer (1993); Tropicaliente (1994); Explode Coração (1995) (Globo); Rei do Gado (1996); Anjo Mau (1997); Andando Nas Nuvens (1999); Esperança (2002); Seus Olhos (2004) no SBT; América (2005) (Globo); Bicho do Mato (2006-2007) (Record), e seu último trabalho na televisão na novela Caminhos do Coração (2008), na Record.
Em Explode Coração, da autora Glória Perez, Regina contracenou com o ator Rogério Cardoso. Eles fizeram o casal Lucineide e Salgadinho, que garantiu momentos cômicos à trama com o bordão “Stop, Salgadinho!”, reconhecido pelas ruas do país.
Entre seriados e minisséries, participou de Lampião e Maria Bonita (1982); O Pagador de Promessas (1988); O Sorriso do Lagarto (1991);Tereza Batista (1992).
No teatro, Regina Dourado atuou em Vidigal; Memórias de um Sargento de Milícias; Declaração de Amor Explícito; Rei Brasil 500 Anos; Uma Ópera Popular; Tratado Geral da Fofoca; Paixão de Cristo (2011 e 2012 – Salvador) no papel de Maria, mãe de Jesus.
Já no cinema, a atriz fez participações em Sandra Rosa Madalena (1978) como uma cigana dançarina, em Amante Latino (1979); cantou para a trilha sonora de O Encalhe – Sete Dias de Agonia (1982); Baiano Fantasma, em 1984; Tigipió – Uma Questão de Amor e Honra, (1986); Corpo em Delito (1990); Corisco & Dada (1996); No Coração dos Deuses (1999); Espelho D`água – Uma Viagem no Rio São Francisco (2004).
No carnaval de 1997, em Salvador, a atriz participou de uma homenagem ao escritor baiano Jorge Amado interpretando o papel de Tieta, ao lado de artistas como Gilberto Gil, Maria Betânia e outros.
G1

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Obama é o primeiro presidente dos EUA a votar antecipadamente


Equipe de Obama acredita que votos antecipados favorecem a maior participação e apoio ao presidente. Enquanto os candidatos entram na corrida final, democrata recebe apoio do republicano Colin Powell.
O presidente Barack Obama votou antecipadamente, nesta quinta-feira (25/10), para a eleição presidencial de 6 de novembro, na sua cidade natal, Chicago, e incentivou outras pessoas a seguirem seu exemplo.
Obama se dirigiu a uma instalação de votos antecipados e apresentou sua carteira de motorista, antes de fazer sua escolha para presidente.
"Para todos vocês que ainda não votaram antecipadamente, eu só quero que todos vejam que esse é um processo incrivelmente eficiente", disse Obama aos jornalistas.
Foi a primeira vez que um presidente dos Estados Unidos votou antecipadamente. A imagem dos candidatos presidenciais e seus cônjuges votando no dia da eleição é tipicamente um ritual que encerra uma longa jornada de campanha.
Mas, para a equipe de Obama, as estatísticas mostram que ele está se beneficiando com os votos antecipados.
"Essa é uma parte importante do nosso programa, e nós esperamos que, tendo o presidente feito isso hoje, uma mensagem seja transmitida para as pessoas de todo o país, nos Estados onde o voto antecipado é uma opção, que isso é algo que eles também deveriam fazer”, disse Jen Psaki, porta-voz da campanha de Obama.
Apoio republicano
Ainda na quinta-feira (25/10), o presidente Barack Obama ganhou o apoio do ex-secretário de Estado de George W. Bush, Colin Powell, um republicano moderado.
O apoio de Powell foi marcante para o presidente na sua tentativa de reeleição, mas como ele já havia apoiado Obama há quatro anos, desta vez o impacto não foi o mesmo.
Em entrevista à CBS, Powell disse estar honrando com Obama, porque a economia do país está melhorando.
Obama e seu rival republicano, Mitt Romney, estão engajados na campanha frenética nos Estados que podem ser decisivos para virar a corrida eleitoral.
AFN/RTR/AFP/DEUSTCHE WELLE

Casas Bahia investem R$ 86 milhões no Nordeste para ampliar lucro


As Casas Bahia querem dobrar o número de lojas no Nordeste até o fim de 2013, com investimento de ao menos R$ 86 milhões - média de R$ 2 milhões por loja.

"Em torno de 70% da nossa expansão virá para o mercado nordestino no próximo ano", disse Michael Klein, presidente da Via Varejo, holding que abriga as marcas Casas Bahia e Ponto Frio.

A rede paulista fincou bandeira na região em 2009 e desde então já abriu 44 lojas -37 na Bahia e o restante em Sergipe e no Ceará.

A rede estreou em Natal ontem, com planos de abrir mais cinco lojas no Estado até 2013. Também prevê uma quarta loja no Ceará e a abertura da primeira em Pernambuco na próxima semana.

"Estimamos ter cobertura total na região em cinco anos", disse o diretor da companhia para o Nordeste e Minas Gerais, Sérgio Vieira.

A empresa ainda não detalha a distribuição de investimentos futuros entre os Estados, mas cidades acima de 100 mil habitantes serão os principais alvos da expansão.

O crescimento da economia acima da média nacional foi um dos fatores que motivaram o avanço da rede.

"Tínhamos meta de faturar cerca de R$ 700 mil [por mês] por loja na região. Na média, estamos conseguindo R$ 1 milhão por loja", disse Klein.

Segundo Vieira, esse número chega a R$ 1,5 milhão em algumas lojas. A meta é elevar a participação do Nordeste no faturamento da empresa de 4% para ao menos 10% até o final de 2013.

"A região tem grande potencial de crescimento e muitos dos habitantes que estavam no Sul e Sudeste em busca de melhores condições de vida estão agora regressando", disse Klein.

A rede chegou ao Nordeste há três anos pela Bahia. O Estado também é sede de seus centros de distribuição.

Questionado pela Folha, Klein preferiu não comentar rumores de que a família teria se arrependido de negociar a Casas Bahia com o grupo Pão de Açúcar e que estaria tentando reaver o controle do negócio.

FOLHA DE S. PAULO