sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Islamitas brasileiros repudiam o atentado ao Charlie Hebdo

Antonio Rocha
Na qualidade de membro da CCIR – Comissão de Combate à Intolerância Religiosa recebi o e-mail abaixo e divulgo neste prestigioso blog:
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Em Nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso
O Centro Cultural Imam Hussein, representante da comunidade Muçulmana Xiita do Rio de Janeiro, vem por meio de sua Diretoria, expressar notória e publicamente seu repúdio às ações terroristas perpetradas na cidade de Paris, no último dia 7 de Janeiro, contra a sede da Revista Charlie Hebdo, vitimando fatalmente 12 pessoas.
Condenamos veementemente toda e qualquer forma de violência física e moral contra cidadãos em pleno exercício da democracia. A liberdade crítica, a convivência pacífica e a tolerância são valorizados pressupostos básicos e indispensáveis ao cotidiano islâmico, só assim a paz pode ser alcançada em toda sua plenitude.
Muitos e muitos anos se passaram até que a comunidade islâmica ao redor do globo pudesse gradativamente ser inserida nas sociedades que escolheram como pátria acolhedora. Os muçulmanos pacíficos e ordeiros que contribuem indelevelmente ao desenvolvimento sócio-econômico das sociedades nas quais se incluem, são terrivelmente afetados pelas ações hediondas e abomináveis de indivíduos e grupos isolados que perpetram o ódio e o terror entre a população sob a máscara de um suposto e falacioso discurso religioso. O Islam em sua essência, em seus princípios fundamentais, em sua etimologia e, principalmente, no exemplo de conduta do Profeta Muhammad (SAAW) e de sua família (Ahlul Bayt), deixou sempre evidente a cultura da paz, do respeito e da tolerância.
Nesse sentido, orquestramos com vigor nossos esforços, no intento máximo de condenar peremptoriamente o crime, não permitindo que seja cabível absolutamente nenhuma possibilidade de aceitação ou concessão de espaço para que algum discurso que não seja o de condenação e repúdio total seja admitido a essa ação hedionda.
Nossas sinceras e profundas condolências às famílias das 12 vítimas brutalmente assassinadas nesse episódio. Rogamos juntos para que Allah (SWT) alivie suas dores e lhes conceda forças para enfrentar a injustiça sofrida.
Respeitosamente,
Diretoria do Centro Cultural Imam Hussein.
Carlos Eduardo Meneses
مركز الامام الحسين الثقافي
 Tribuna da Internet

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

'Je suis Charlie' vira frase símbolo de ataque a jornal em Paris

Utilizada primeiro nas redes sociais, a hashtag #JeSuisCharlie (#EuSouCharlie) se espalhou rapidamente pela internet e pelas ruas de diferentes cidades da Europa após o atentado à sede do jornal satírico francês "Charlie Hebdo", que matou 12 pessoas nesta quarta-feira (7), em Paris, se tornando um símbolo de solidariedade à publicação e aos familiares das vítimas.

A frase em francês foi depois estampada na capa do site do próprio "Charlie Hebdo", que a traduziu para sete outros idiomas, entre eles o árabe, o espanhol, o alemão e o russo.

Ela foi também adotada por grandes jornais franceses, como o "Le Monde" e o "Figaro", que colocaram uma moldura preta, em luto, com os dizeres em branco em seus sites.

Nas oito horas seguintes ao ataque, a hashtag #JeSuisCharlie já havia sido utilizada mais de 570 mil vezes no Twitter, inclusive por celebridades como o ator americano Elijah Wood, segundo o contador online Topsy.

A embaixada dos EUA na França chegou a trocar a foto de perfil da conta da representação no Twitter pela imagem com a frase em francês.

Da internet, a frase foi levada para as ruas, em manifestações pela Europa. Na França e na Bélgica, pessoas carregaram cartazes com a mensagem de apoio ao jornal.

FOLHA DE S. PAULO

Atentado islâmico à revista francesa Charlie Hebdo mata chargistas famosos

Homens armados mataram 12 pessoas e feriram outras 10 nesta quarta após invadir a sede da revista ‘Charlie Hebdo’, em Paris, A publicação era acusada de ofender o profeta islâmico Maomé e estava na ‘mira’ de militantes . O presidente francês disse que foi um “ato terrorista”. A polícia procura 4 terroristas, e o país está em alerta máximo.
Fontes judiciais ouvidas pela France Presse confirmaram a morte de 4 importantes cartunistas franceses no ataque: Georges Wolinski, Charb, Cabu e Tignous, todos famosos intrenacionalmente. Wolinski influenciou chargistas do mundo inteiro, inclusive os brasileiros Ziraldo, Jaguar, Nani, Henfil, Fortuna… Charb, jornalista e desenhista, era diretor da “Charlie Hebdo”.
Xavier Castaing, chefe de comunicações da prefeitura para a polícia de Paris, confirmou as mortes. O presidente da França, François Hollande, disse que o ataque foi um ato terrorista e que outros desse tipo haviam sido frustrados “nas últimas semanas”.
Ruas foram fechadas ao redor do prédio no rescaldo do tiroteio e a algumas centenas de metros de distância. No Boulevard Richard-Lenoir, um carro da polícia foi crivado de buracos de bala no pára-brisa, segundo o The Guardian.
COM FUZIS KALASHNIKOV
Testemunhas disseram que os homens abriram fogo com fuzis Kalashnikov e depois fugiram do local. Luc Comovente, um funcionário do sindicato da polícia SBP, disse que eles fizeram vários disparos antes de deixar a área.
Ruas foram fechadas ao redor do prédio no rescaldo do tiroteio e a algumas centenas de metros de distância. No Boulevard Richard-Lenoir, um carro da polícia foi crivado de buracos de bala no pára-brisa, segundo o The Guardian.
A revista francesa gerou polêmica no passado com sua descrição irônica de notícias e assuntos atuais. Seu tweet mais recente foi o desenho animado do líder do grupo Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi.
EM NOME DO PROFETA
Uma testemunha do ataque, Benoit Bringer disse à rede iTele ter visto vários homens mascarados armados com pistolas automáticas chegarem à sede do Charlie Hebdo, no centro de Paris.
Antes de deixarem o local, os homens teriam gritado “Vingamos o profeta!”, de acordo com policiais franceses. Há ainda três feridos internados em estado grave.
Rocco Contento, porta-voz do sindicato dos policiais local, disse aos jornalistas que três suspeitos fugiram em um carro dirigido por um quarto homem. O veículo seguiu no sentido de Port de Pantin, onde o grupo teria roubado outro carro e fugido, de acordo com o The Guardian.
Tribuna da Internet