terça-feira, 31 de março de 2015

FRACASSAM AS MANIFESTAÇÕES A FAVOR DA INTERVENÇÃO MILITAR

Deu na Folha

Os 51 anos de aniversário do golpe de Estado que instaurou a ditadura (1964-1985) foram lembrados nesta terça (31), no Clube Militar, no Rio. Militares da reserva, parentes e civis que apoiaram o impeachment da presidente Dilma Rousseff nas passeatas do dia 15 de março passado participaram de um almoço em comemoração da data. O encontrou reuniu 180 pessoas.

No evento, o presidente do clube, o general Gilberto Pimentel leu um texto de três páginas intitulado “Não temos o direito de esquecer”. No documento, o militar da reserva lembrou os fatos referentes ao período e destacou a intervenção dos militares no governo do então presidente João Goulart.
Pimentel citou o período da Guerra Fria e o que chamou de “expansão comunista” para se referir à ação da então União Soviética em países do Leste europeu, África e Cuba. “Esta visão do avanço vermelho pelo mundo inteiro e do perigo que isso representava para nossa pátria é, em muitas ocasiões, menosprezada pelos estudiosos do período, às vezes por ignorância, às vezes por falta de visão estratégica, quase sempre por má fé”, declarou.

BRASIL FOI SALVO

Segundo o militar, o Brasil foi salvo devido a ação militar que “soube a hora de agir”.
“Esquecer 1964 é uma atitude de capitulação moral e intelectual. É ocultar das atuais gerações o papel exemplar das Forças Armadas, impedindo a criação da república sindicalista e da ditadura do proletariado”, disse.

Pouco antes do evento, um grupo com cerca de 20 pessoas fizeram uma manifestação a favor dos militares diante do clube.

Para evitar protestos que pudessem atingir o clube ou os convidados, a Polícia Militar enviou ao local dois ônibus com policiais. Diante da porta do clube, uma equipe do Batalhão de Choque também se colocou diante da porta para evitar a aproximação de manifestantes como aconteceu em 2013. Na ocasião, os sócios do clube e seus parentes precisaram deixar o local sob escolta já que os manifestantes, contrários ao golpe, cercaram as duas portas de entrada do clube, no Centro do Rio. Desta vez, não houve nada.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Não adianta forçar a barra. Uma coisa é protestar contra o governo, o PT, a classe política e a ladroagem institucionalizada. Outra coisa bem diferente é defender a intervenção militar à margem da lei. Os três poderes da República estão podres, não há dúvida. Vejam o que acaba de acontecer no Judiciário, com as diárias de viagem dos magistrados sendo aumentadas em 83%. Ninguém se envergonha de nada. A ética parece ter sida abolida por senso comum dos governantes, políticos e autoridades públicas. Mas nada disso justifica uma intervenção militar. Esta é a resposta que as ruas deram hoje, com o fracasso das manifestações convocadas nas redes sociais. (C.N.)

Tribuna da Internet

OS ROBÔS ABANDONAM O BARCO

Fernando Gabeira
O Estado de S.Paulo 
 
O documento que vazou do Planalto falando dos robôs usados nas redes sociais me fez lembrar de 2010. Foi a última campanha que fiz no Rio de Janeiro. Na época detectamos a ação de robôs, localizamos sua origem, mas não tínhamos como denunciar. Ninguém se interessou.


Os robôs eram uma novidade e, além do mais, o adversário não precisou deles para vencer. Tinha a máquina e muito dinheiro: não seriam mensagens traduzidas, grosseiramente, do inglês – contrataram uma empresa americana – que fariam a diferença. Essa campanha de 2010 pertence ao passado e só interessa, hoje, aos investigadores da Operação Lava Jato.


Os robôs abandonaram Dilma Rousseff depois das eleições. E o Palácio dá importância a isso. Blogueiros oficiais também fazem corpo mole em defendê-la, por divergências políticas. Isso confirma minha suposição de que nem todos os blogueiros oficiais são mercenários. Há os que acreditam no que defendem e acham razoável usar dinheiro público para combater o poderio da imprensa.


Vejo três problemas nesse argumento. O primeiro é uma prática que se choca com a democracia. O segundo, o governo já dispõe de verbas para fazer ampla e intensa propaganda. E, finalmente, Dilma tem todo o espaço de que precisa. Basta convocar uma coletiva e centenas de jornalistas vão ao seu encontro. Se Dilma quiser ocupar diariamente cinco minutos do noticiário nacional, pode fazê-lo. O chamado problema de comunicação do governo lembra-me O Castelo, de Kakfa. A porta sempre esteve aberta e o personagem não se dá conta de que a porta está aberta.


OUTRO BRASIL


O problema central é que Dilma não sabe tocar esse instrumento. Todos os presidentes da era democrática sabiam. Lembro-me apenas do marechal Dutra, no pós-guerra, mas era muito criança. Falava mal, porém fez carreira militar, era um marechal, que comprou muita matéria plástica. Mas era um outro Brasil comparado com o avanço democrático e a onipresença do meios de comunicação.


Os robôs que abandonaram o barco não me preocupam. Esta semana parei um pouco para pensar na terra arrasada que o PT deixará para uma esquerda democrática no País. Não só pelo cinismo e pela corrupção, pelas teses furadas, mas também pela maneira equivocada de defender teses corretas. Ao excluir dissidentes cubanos, policiais brasileiros, opositores iranianos da rede de proteção, afirmam o contrário dos direitos humanos: a parcialidade contra a universalidade.


Algo semelhante acontece com a política sobre os direitos dos gays, que apoio desde que voltei do exílio, ainda no tempo do jornal Lampião.


DESCONFIANÇA


Ao tentar transformar as teses do movimento numa política de Estado, chega-se muito rapidamente à desconfiança da maioria, que aceita defesa de direitos, mas não o proselitismo. Tudo isso terá de ser reconstruído em outra atmosfera. Será preciso uma reeducação da esquerda para não confundir seus projetos com o interesse nacional.


Isso se aprende até nas ruas, vendo o desfile de milhares de bandeiras verdes e amarelas. Na sexta-feira 13 houve um desfile de bandeiras vermelhas. Essa tensão entre o vermelho e o verde-amarelo é expressão pictórica da crise política.


Se analisamos a política externa do período, vemos que o Brasil atuou lá fora como se sua bandeira fosse vermelha. Ignora a repressão em Cuba e na Venezuela, numa fantasia bolivariana rejeitada pela maioria do País.


Discordo de uma afirmação no documento vazado do Planalto: o Brasil vive um caos político. Dois milhões de pessoas protestam nas ruas sem um incidente digno de registro. Existe maturidade para superar a crise, sem violência.


SOM DO PANELAÇO


Bem ou mal, o Congresso Nacional funciona. O caos não é político. É um estado de espírito num governo e num partido que ainda não compreenderam seu fim. Nada mais cândido que a sugestão do documento: intensificar a propaganda em São Paulo.


Com mais propaganda, mais negação da realidade, o governo contribui para aumentar o som do panelaço. E exige muita maturidade da maioria esmagadora que o rejeita.


Li nos jornais a história de um deputado do PT reclamando de ter sido hostilizado em alguns lugares públicos. Se projetasse o que virá no futuro, teria razões para se preocupar.


A crise econômica ainda vai apresentar seus efeitos mais duros. Um deles é o racionamento de energia. Sem isso, acreditam os técnicos, não há retomada do crescimento em 2016. Como crescer sem dispor de mais energia?


As investigações da Lava Jato concentram-se no PT. Muitos depoimentos convergem para inculpar o tesoureiro João Vaccari Neto. Li que uma das saídas do partido seria culpar o tesoureiro, uma versão petista de culpar o mordomo.


Um governo que recusa a realidade, crise econômica que caminha para um desconforto maior e o foco da investigação da Lava Jato no PT são algumas das três variáveis de peso que conduzem a uma nova fase.


ROBÔS INTELIGENTES


Diante desse quadro, não me surpreende que os robôs estejam pulando do barco do governo. Apenas confirmam minha suspeita de que se tornam cada vez mais inteligentes.

Eles continuam à venda no mercado internacional. O secretário da Comunicação recomendou ao governo dar munição a seus soldados na internet, Lula ameaçar com o exército de Stédile. Um novo exército de robôs seria recebido com uma gargalhada nas redes sociais.


Juntamente com os robôs, Cid Gomes saltou do barco. Ao contrário dos robôs, seu cálculo é político. Superou em 100 a marca de Lula sobre os picaretas no Congresso. Preservou-se com os futuros eleitores.


Mas, e aquela história da educação como o carro-chefe do projeto de Dilma? Confusão entre os estudantes que não recebem ajuda e o ministro contando picaretas no Congresso.

É tudo muito grotesco. Os partidos querem ver Dilma sangrando. Além de ser muito sangue o que nos espera pela frente, é preciso levar em conta que, de certa maneira, o Brasil sangra com Dilma. Arrisca-se a morrer exangue.


Tribuna da Internet

COMISSÃO DA CÂMARA REDUZ MAIORIDADE PENAL PARA 16 ANOS

Marcella Fernandes
Correio Braziliense
 
Sob protestos, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou proposta de emenda à constituição que reduz de 18 para 16 anos a maioridade penal. A PEC 171/1993 foi considerada constitucional por 42 deputados, que aprovaram o relatório do deputado Marcos Rogério (PDT/RO) – favorável à admissibilidade da proposta – diante de 17 votos contra. Ele foi escolhido como novo relator após o parcer original, do deputado Luiz Couto (PT-PB), contrário à admissibilidade da proposta, ser vencido por 43 a 21 votos.

O texto segue para análise de uma comissão especial a ser formada que pode demorar até 40 sessões e terá de passar por duas votações no plenário da Câmara. “Ela (a PEC) visa reduzir um direito individual, o que é expressamente proibido”, afirmou Couto, ao defender que a proposta deveria ser arquivada por alterar uma cláusula imutável da Constituição de 1988. Ele também destacou a ineficácia da medida para reduzir a violência.
Segundo dados do Ministério da Justiça de 2011, menos de 1% dos homicídios foram cometidos por menores de 18 anos. Do total de jovens que cumprem medidas socioeducativa, a maioria cometeu que crimes patrimoniais como furto e roubo (43,7% do total) e envolvimento com o tráfico de drogas (26,6%).

MANOBRAS REGIMENTAIS

Desde o início da sessão, PT, PSol e PCdoB usaram manobras regimentais a fim de impedir a votação, mas foram vencidos. Eles tentaram, sem sucesso, evitar a inversão de pauta para que o projeto fosse o primeiro item a ser discutido e retirar o tema da pauta, além de promoverem obstrução, se revezando em discursos. De acordo com eles, a mudança é inconstitucional por querer alterar cláusulas imutáveis da Constituição. Já parlamentares favoráveis se pronunciaram brevemente, a fim de agilizar o debate.

O deputado Alessandro Molon (PT-RJ), também destacou a inconstitucionalidade da medida. O partido estuda enviar um mandado se segurança ao Supremo Tribunal Federal (STF) a fim de evitar a tramitação da PEC. Ele lembrou ainda que o Estado da Criança e do Adolescente (ECA) prevê sanções a menores infratores. “É possível que um adulto fique menos tempo preso por um homicídio do que um adolescente que cometa o mesmo crime”, afirmou.
Por outro lado, o deputado Evandro Gussi (PV/SP) afirmou que não é unanimidade entre juristas o entendimento da inconstitucionalidade. “Não há essa leitura apenas. Vamos afastar essa ideia de que essa é uma cláusula pétrea” disse. O deputado Giovani Cherini (PDT/RS) ressaltou que é preciso diminuir a certeza da impunidade de adolescentes de 16 anos que cometem crimes.

Tribuna da Internet

JOAQUIM LEVY MENTIU PARA VALER PERANTE A COMISSÃO DO SENADO

Deu no Estadão 

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse nesta terça-feira, 31, que a mudança do indexador das dívidas dos Estados é inócua para a maior parte dos entes federativos. Ele afirmou que o projeto do indexador foi estabelecido em outro momento e que o custo dos Estados era muito abaixo do custo de financiamento da União.

Ele explicou que em momentos de desaceleração econômica a União tem que tomar medidas mais drásticas, enquanto os Estados pagam menos nessas circunstâncias. Na tarde de hoje, o plenário do Senado pode votar o projeto de lei que estabelece 30 dias de prazo para o governo regulamentar a lei que muda o indexador.

Levy afirmou que o diálogo com Estados e municípios é muito importante. Sua ida ao Senado foi justamente para tentar evitar que a Casa coloque em votação o projeto que obriga o governo a regulamentar em 30 dias a lei do indexador da dívida dos Estados e municípios.

“A retomada do crescimento vai depender em grande parte também da ação dos Estados e municípios”, afirmou. “O próprio nome do País diz que é a República Federativa do Brasil”, ressaltou. Ele disse que é uma honra participar da audiência pública na comissão onde se discutem os assuntos mais importantes do País.

REFORMA DO ICMS

Para Levy, o ajuste fiscal é necessário não só para evitar os problemas atuais, mas para “pavimentar o caminho para frente, em que se valorize as conquistas sociais”. Ele afirmou que, em sua fala, explicará os motivos do ajuste fiscal e, ao final, comentará a questão do ICMS. Para facilitar o acordo que selou o adiamento da votação, Delcídio Amaral (PT-MS), presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, “embalou” no pacote o discurso de uma negociação mais ampla da reforma do ICMS e da convalidação dos incentivos fiscais concedidos pelos Estados.

“Reputo [as discussões em torno do ICMS] como um dos fatores primordiais para a retomada econômica e do ambiente de confiança para investidores. O investidor de carne e osso tem que escolher o lugar, se estabelecer, conhecer as regras antes de levantar os muros da fabrica”, afirmou, acrescentando que ter segurança é fundamental para que se retome investimentos. Se a Fazenda conseguir apresentar na CAE sinalizações concretas de avanço nesses dois pontos, a expectativa de aliados do Planalto é de que haverá espaço para negociar a retirada de pauta do projeto que obriga o governo a regulamentar a mudança no indexador.

GRAU DE INVESTIMENTO

O ministro disse também que o Brasil pode perder o grau de investimento dado pelas agências de classificação de risco caso o ajuste fiscal não seja feito. “Se não fizermos ajuste, ainda existe risco de perder o grau de investimento. O custo será altíssimo para o governo, para as empresas e para o trabalhador”, afirmou.

Levy lembrou que muitos investidores não podem aplicar em países que não têm grau de investimento e que isso teria grande impacto na economia real. “Para preservação do emprego, temos que botar a dívida pública em uma trajetória sustentável, que nos traga para a esquerda (do gráfico apresentado aos senadores). Sempre movendo para a esquerda”, disse, em tom de brincadeira.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG– Já era esperado. Muita embromação e enganação. Dizer que a mudança do indexador das dívidas dos Estados é inócua para a maior parte dos estados, sem a menor dúvida, é menosprezar a inteligência alheia. Se a mudança é inócua, por que o governo luta tanto para evitar que ocorra? O ministro alegou também que as mudanças no pagamento de seguro-desemprego ajudarão a reduzir a rotatividade no mercado de trabalho. Como pode dizer uma bobagem dessas? Seu despreparo, portanto, é estarrecedor. Nas propostas de Levy, não há corte de custeio, o governo só cortará em investimentos, piorando a crise. Ele diz que se formou em Chicago, mas na verdade segue a teoria do professor francês Pangloss, inspirador da teoria econômica do “laisser faire”, que significa deixar como está. Uma decepção. Deveria voltar logo para o terceiro escalão do Bradesco. (C.N.)

Tribuna da Internet

JUSTIÇA ENFIM DÁ AO SBT ACESSO À "CAIXA-PRETA" DO IBOPE

Após 14 anos, o SBT venceu uma disputa judicial contra o Ibope e terá acesso à “caixa-preta” da empresa. O processo, declarado “transitado em julgado” em 19 de fevereiro, não aceita mais recursos. A emissora agora aguarda apenas o cumprimento da sentença. Em nota, o Ibope alega que a decisão, na prática, não implica em qualquer mudança na conduta já adotada pelo instituto. Leia, no fim do texto, o depoimento completo da organização.
A Terceira Turma do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) negou o pedido da organização e manteve, em decisão final, a sentença de 2003, que obriga o instituto a revelar dados confidenciais da metodologia de apuração de audiência à emissora, mais conhecido como “real time”, ou seja, medida em tempo real.
O conflito teve início em 2001, quando o SBT questionou os resultados sobre a audiência minuto a minuto do Ibope. Naquele ano, a principal disputa entre as duas emissoras se concentrava nas tardes de domingo, com os prDeu no Correio Brazilienseogramas dos apresentadores Gugu e Faustão – a rivalidade era tanta que as atrações chegavam a sincronizar os intervalos comerciais, para evitar que a audiência escapasse durante o break. O canal de Sílvio Santos chegou a ser punido pelo instituto e ficou com o serviço suspenso por 24 horas.
À época, a organização ressaltou que a emissora havia violado as regras de divulgação de números. Após punição, o SBT entrou na Justiça e processou o Ibope – além de questionar a suspensão, o canal pediu acesso às informações confidenciais do processo de medição.
Primeira vitória
Em 2003, o instituto foi condenado pela Justiça a pagar R$ 30 mil por dia para a emissora se não mostrasse a “forma, a metodologia e os elementos utilizados em todos os mecanismos para pesquisa de audiência e apuração de resultados”.
Sem aceitar a primeira vitória da emissora, o Ibope recorreu ao Tribunal de Justiça de São Paulo, que mesmo assim manteve a decisão. O instituto, então, recorreu ao STJ, em Brasília.
Em dezembro, a Terceira Turma recusou o recurso do Ibope. Em fevereiro, o STJ declarou o processo “transitado em julgado”, ou seja, não cabem mais possível recursos.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG  Vamos ver até onde o SBT e a Justiça levam essa questão. O fato é que o Ibope não revela em que residências estão instalados os medidores de acesso. Silvio Santos se aborreceu com isso e instituiu um concurso em seu programa oferecendo um carro Zero KM a quem aparecesse dizendo que em sua casa há um aparelho do Ibope. Se aparecessem cinco pessoas, ganhariam cinco carros e por aí em diante. O carro-brinde ficou em exibição no programa por semanas a fio, não apareceu ninguém. Detalhe importante: a maioria dos aparelhos, segundo o Ibope, está instalada em residências de famílias pobres e de classe média baixa. Tudo muito estranho e evidentemente forjado. (C.N.)
Tribuna da Internet

PRIMEIRO GOVERNO DILMA FOI MESMO UM FRACASSO

Vicente Nunes
Correio Braziliense
A presidente Dilma Rousseff, estrategicamente, não fez comentários públicos sobre o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) de 2014— alta de 0,1% —, mas se espera que, no conforto do Palácio do Planalto, tenha se conscientizado do mal que fez ao país nos quatro primeiros anos de mandato. A estagnação da economia no ano passado e o tombo de até 2% previsto para 2015 mostram que a política que esteve sob a batuta do então ministro da Fazenda, Guido Mantega, foi um fracasso.
Foram muitos os alertas sobre os erros que o governo estava cometendo, mas, em vez de ouvir os avisos, Dilma preferiu desqualificar os que ela chamava de críticos pessimistas. Se ao menos tivesse tido um pouco de humildade para avaliar os resultados que estava colhendo, certamente os brasileiros não estariam hoje ameaçados pelo desemprego e pela queda da renda.
Dilma, que segundo o seu professor na Universidade de Campinas, Luiz Gonzaga Beluzzo, entrava muda e saia calada das aula de economia, apostou todas as fichas na teoria de que o Brasil poderia conviver com um pouco mais de inflação para impulsionar o crescimento. Acreditou que o Estado poderia bancar, por tempo indeterminado, estripulias para cobrir tarifas de energia elétrica. Não se intimidou em destroçar o caixa da Petrobras ao segurar os preços dos combustíveis.
DESCONFIANÇA
Em vez de atingir seus objetivos, Dilma destruiu a capacidade de avanço da economia. Semeou a desconfiança que travou os investimentos produtivos e o consumo das famílias. O estrago foi tamanho que ela conseguiu reverter duas das principais bandeiras do PT, o partido dela: a redução das desigualdades sociais e a manutenção do emprego. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), desde 2012, com a inflação alta, vem aumentando o fosso que separa pobres e ricos e, apenas nos dois primeiros meses deste ano, a taxa de desocupação saltou de 4,3% para 5,9%.
A situação só não é mais desesperadora porque, depois das eleições presidenciais, uma nova Dilma deu as caras. Como num passe de mágica, ela, que havia negado qualquer problema na economia durante a campanha à reeleição, admitiu que o Brasil flertava com o descalabro administrativo. Para dar um tom de responsabilidade ao governo, demitiu Mantega e nomeou Joaquim Levy para a Fazenda.
A partir daí, o país foi se conscientizando do tamanho do buraco que havia sido cavado pela tal nova matriz econômica de Dilma. As contas públicas escancararam um rombo de quase 7% do PIB e a inflação encostou nos 8%, o que não se via desde 2003, quando Lula tomou posse pela primeira vez. Justamente para reverter esse desastre, o país terá que fazer o maior esforço fiscal dos últimos 16 anos. Esse arrocho, combinado ao aumento da taxa básica de juros (Selic), que está em 12,75% ao ano, e à suspensão de obras da Petrobras por causa da corrupção, levará a uma pesada recessão.
VANGUARDA DO ATRASO
Não se sabe até quando Dilma terá estômago para aguentar a pressão política contra os ajustes tão necessários à economia. Mas é certo que, sem ele, dificilmente ela conseguirá terminar o mandato de cabeça em pé. Pode até permanecer no trono. Mas sua biografia depois de 2018 ostentará o título de uma das piores presidentes da história do Brasil.
Pelo resultado do PIB nos quatro primeiros anos do mandato, ela já está na linha de frente quando se avalia o período pós-redemocraticação do país. O avanço médio anual de 2,1% do PIB só não é menor do que a contração de 1,7% nos dois anos de Collor de Mello. Dilma é séria candidata ao pior do pior.
Tribuna da Internet

segunda-feira, 30 de março de 2015

VOCÊ QUER FINANCIAR AS CAMPANHAS DO PT, PCDOB, PCB, PSOL, PSTU E PCO?

Percival Puggina

 
Na última terça-feira, dia 24, a CNBB cobrou do STF uma deliberação sobre a proposta, há um ano em mãos do ministro Gilmar Mendes, que acaba com o financiamento privado das campanhas eleitorais. Essa permanente dedicação da CNBB às pautas políticas sempre me impressiona. No caso, mais uma vez, a tese que a Conferência abraça é a tese do PT.


O partido reinante, há bom tempo, vem reafirmando seu desejo de que o financiamento das campanhas seja proporcionado pelo Orçamento da União. Orçamento “da União”, você sabe, é aquele documento que autoriza o governo a usar nosso dinheiro. Embora a maioria dos brasileiros acredite que os recursos do erário são “do governo”, o fato é que o governo não tem recursos próprios. Todo esse dinheiro procede do povo brasileiro, por ele é gerado, a ele pertence e para ele deve retornar em bons serviços e investimentos. Você concorda com incluir entre suas obrigações o financiamento das campanhas eleitorais?


O PT parece já haver convencido muita gente de que sim, de que essa conta tem que ser paga por nós. Entre os fieis adeptos da tese se inclui a CNBB, parceira nas boas e más horas petistas. No entanto, é bom sabermos que essa moeda tem dois lados e dois beneficiários. A decisão de acabar com o financiamento privado cria a obrigação de fazê-lo com recursos tomados do nosso bolso e define que o PT e o PMDB serão os principais beneficiados. Por serem a dupla hegemônica da política nacional, ambos abocanharão a parcela maior desses recursos.


HIPOCRISIA E CAIXA 2


Depois de tudo que se ficou sabendo através da operação Lava Jato e do petrolão, depois de conhecida a lavagem de dinheiro público em empresas privadas para financiamento dos partidos da base do governo, essa dedicação à tese do financiamento público é de uma hipocrisia estarrecedora. Ademais, não há como impedir com segurança absoluta o financiamento privado através de caixa 2.

Por fim, o financiamento público obrigatório comete contra os cidadãos uma violência que, no meu caso, se configura assim: o dinheiro dos impostos que eu pago será usado, contra a minha vontade, para financiar campanhas eleitorais de todos os partidos. Certo? Então, meu suado dinheirinho apropriado pelo Estado estará financiando as campanhas do PT, do PSOL, do PSTU, do PCdoB, do PCB, do PCO e assemelhados. Me digam se isso não é um completo disparate.

Tribuna da Internet

CRIANÇA CONFUNDE CÂMARA COM UMA ARMA E COMOVE O MUNDO

Deu no Yahoo


Uma fotografia postada pela fotógrafa Nadia Abu Shaban em sua conta oficial no Twitter está comovendo o mundo. Na imagem, uma criança de quatro anos levanta as mãos ao confundir a câmera com uma arma de fogo.

Nadia explicou que a imagem não foi feita por ela, mas sim por um profissional que cobre a guerra na Síria. Ela também explica que a reação da criança foi instantânea e automática no momento em que o profissional sacou a câmera para fazer a foto no local.

Após toda a repercussão da imagem, foi divulgado que a foto foi feita em 2012, na Síria, pelo fotojornalista Osman Sağırlı. Diferente do que vinha sendo divulgado nas redes sociais, trata-se de um menino e não de uma menina, à época realmente com quatro anos.

A imagem comovente é retrato do desespero que toma conta da Síria há quase quatro anos. Desde 2011, quando a guerra civil começou no país, na menos do que 7 milhões de pessoas deixaram suas casas e se transformaram em fugitivos. Além disso, 200 mil pessoas já morreram nesse conflito.

Tribuna da Internet

AMÉRICA LATINA ENFRENTA O DESAFIO DO AJUSTE EM PLENA ESTAGNAÇÃO ECONÔMICA

BID defende a receita da redução dos gastos públicos para países como o Brasil

 José Ignacio percorre bairros da Grande Buenos Aires (periferia) com sua bicicleta para oferecer detergente e outros produtos de limpeza que compra a granel e embala em garrafas de refrigerantes de meio litro. Também sobrevive realizando algumas tarefas de pedreiro e com as ajudas estatais que recebe por seus dois filhos, que equivalem a aproximadamente 230 reais mensais para cada um. Teme que nas eleições presidenciais da Argentina, em outubro, vença algum candidato que queira eliminar esse subsídio, apesar de todos os candidatos prometerem mantê-lo. O que pode acontecer é que a ajuda seja reduzida. Pelo menos é o que sugere o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) no relatório macroeconômico que divulgou neste domingo em Busan, na Coreia do Sul, um dos países doadores da entidade e sede da reunião anual de 2015.

No relatório, o BID prevê um cenário-base no qual a América Latina crescerá 2,7% ao ano entre 2015 e 2017, abaixo dos 4,7% do período 2003-2008, quando os preços das matérias-primas que a região exporta estavam elevados e antes de que a crise mundial destruísse todos os prognósticos. Esses cálculos se baseiam na perspectiva de uma recuperação dos EUA, de um baixo crescimento da União Europeia e de uma desaceleração da China. Mas se o cenário internacional piorar, a economia latino-americana cresceria apenas 1% ao ano durante os dois próximos anos. Se ao menos os EUA avançarem em um contexto negativo para o resto das regiões, a expansão alcançaria 1,3%, segundo o BID.

“A América Latina e o Caribe enfrentam vários anos de crescimento relativamente lento e algum risco macroeconômico potencialmente grave”, adverte o documento coordenado pelo principal assessor de economia do BID, o britânico Andrew Powell, considerado liberal. O relatório adverte sobre o impacto do novo contexto nas dívidas das grandes empresas latino-americanas e, por conseguinte, em seus sistemas bancários.

“Os preços mais baixos das matérias-primas e um maior gasto inflexível ameaçam erodir os avanços”, advertiu o economista-chefe do BID, o espanhol José Juan Ruiz. “Os países deverão encontrar uma forma de incrementar as receitas e melhorar a eficiência do gasto, e ao mesmo tempo proteger suas conquistas sociais”, acrescentou.

O relatório explica como “a maioria das economias da América Latina e do Caribe não se encontra em posição de pensar em políticas anticíclicas” para combater a desaceleração econômica “e atualmente consideram como reduzir os déficits fiscais”. Entre as exceções figuram Peru, Colômbia, Chile e Guatemala, segundo o BID.

O documento dedica um de seus oito capítulos a recomendações sobre ajustes do gasto social. “Em saúde, a região está situada entre 12% e 44% abaixo das nações mais eficientes em geração de uma expectativa de vida saudável com os recursos disponíveis. Em educação, o gasto subiu de 4,2% do PIB a 5,6% do PIB em 13 anos, com poucas evidências de uma maior efetividade”, enumera o BID.

O banco também critica as ajudas aos mais necessitados pobres como as recebidas pelo vendedor da Grande Buenos Aires. O BID assinala que os países deveriam ajudar apenas as vítimas da pobreza extrema e que “em vários países os valores das transferências aumentaram até 40% da renda das famílias”, mas esse nível “deveria ser de uma magnitude razoavelmente modesta, não superior a 20% ou 25%”. Tampouco se priva de objetar os “altos custos trabalhistas associados ao salário mínimo”, que também melhorou nos últimos anos na região.

Aos países com maior arrecadação tributária, como o Brasil e Argentina, o banco recomenda a eliminação de isenções fiscais e a redução do gasto “ineficiente”. Aos países com baixa carga fiscal e pouco gasto público, como os da América Central, adverte que será difícil reduzir as subvenções. Além disso, o BID alerta para o aumento da fraude fiscal em toda a região: “A porcentagem de contribuintes que não apresentam declaração é de até um terço de todos os contribuintes ativos, tanto para o IVA [Imposto sobre Valor Agregado] como para o imposto de renda (pessoa física e jurídica), e a porcentagem de contribuintes fiscalizados e auditados é apenas uma pequena fração dos contribuintes ativos”.

El País Brasil

NO DESESPERO, LULA JÁ ARMA ESQUEMA PARA DAR SOBREVIDA AO PT

Catia Seabra
Folha
 
Preocupado com o desgaste da imagem do partido, o comando petista discute a adoção de um caminho que, na prática, poderá encobrir sua sigla, PT, nas futuras eleições. Segundo petistas, o ex-presidente Lula é um dos incentivadores da criação de uma frente inspirada no modelo uruguaio: uma grande coalização que reuniria sindicatos, associações, outros partidos, ONGs e outras entidades de movimentos sociais.

Por essa fórmula, as candidaturas seriam lançadas em nome da coalizão, não mais pelos partidos que a integram. No Uruguai, a Frente Ampla, que congrega diferentes legendas e grupos sociais, governa o país desde 2005. É composta por siglas autônomas sob o comando de uma direção unificada. O ex-presidente José Mujica, por exemplo, é do partido MPP. Mas sua candidatura foi lançada pela frente.

O presidente do PT, Rui Falcão, afirma que essa solução será tema de debate no 5º congresso do partido, em junho, na Bahia. Ele diz, no entanto, que a intenção não é apagar a sigla PT das disputas majoritárias, mas reanimar a discussão interna e atrair movimentos sociais.
“Vejo com simpatia a ideia de que, no bojo da reforma política, se abra espaço para a criação de um movimento que leve à experiência como a da Frente Ampla, no Uruguai, e a da Concertação, no Chile”, disse, numa alusão também à aliança que, em 1988, derrotou o ditador Augusto Pinochet.

FRENTE AMPLA

Assessor especial da Presidência e um dos conselheiros de Lula, Marco Aurélio Garcia afirma que o PT precisa discutir “uma política mais complexa” de organização partidária. “A Frente Ampla é uma das alternativas que contam com nossa simpatia. Eu e Lula já conversamos muito sobre esse sistema”, diz.

Segundo Garcia, “o momento é adequado” para isso, desde que também haja uma reflexão mais profunda sobre o partido.

Para explicar o funcionamento do sistema aos petistas, a secretaria de assuntos internacionais do PT está organizando uma palestra com um representante da Frente Ampla uruguaia.

Esse debate expressa um esforço de Lula em busca de uma saída para a crise petista, acentuada agora pela baixa popularidade de Dilma e pelas acusações contra membros do partido na Operação Lava Jato.

Embora a proposta enfrente resistência interna, a discussão de um novo modelo poderia atrair movimentos sociais em defesa do governo.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
– Em função do progressivo e inexorável desgaste do PT, Lula e seus seguidores já armam esse criativo ardil e argumentam que se trata de experiência bem sucedida em outros países. Acontece que existe uma diferença enorme. No Uruguai e no Chile, essas coalizões se formaram espontaneamente, por convergência de objetivos, e nenhum dos partidos participantes era personagem do maior esquema de corrupção do mundo. No caso do PT, trata-se de um partido totalmente desmoralizado e que tenta se amparar em movimentos sociais, sindicatos e ONGs, na esperança de ganhar uma sobrevida. Apenas isso. (C.N.)

Tribuna da Internet

FORÇAS ARMADAS NÃO VÃO TRAIR NOVAMENTE OS INTERESSES DO PAÍS

Antonio Santos Aquino

Por trás disso tudo estão os americanos, explico já. Um governo em que prevalece o desejo de se perpetuar no poder passa a tolerar manifestações que nunca devia tolerar. É o caso das manifestações pedindo intervenção das Forças Armadas. O governo devia enquadrar os principais cabeças do movimento, mandando prendê-los imediatamente após a manifestação.
Isso nada mais é que “apologia ao golpe”, que ao fundo e ao cabo vai fazendo com que o povo, influenciável que é, vá admitindo esse caminho sem saber o que verdadeiramente significa uma ditadura militar.
A prisão dos líderes das manifestações seria para identificar os cabeças e processá-los. E o que vemos então? Tolerância do governo, que estando envolvido (todo o governo, não), em corrupções, principalmente o PT, PMDB e PP, como já está dito pela mídia. O governo não tem coragem nem moral política para entrar duro e acabar com essas propagandas perniciosas, porque a sociedade tem o direito e o dever de defender-se de quem fere suas normas básicas.
E OS AMERICANOS?
Quanto aos americanos de que falei no início é verdade. Eles não toleram Dilma (não é o PT), que teima em manter ligações estreitas com a China, Rússia, Índia e África do Sul (BRICS). Logicamente os Estados Unidos gostariam de ver um governo submisso a eles. Veja o que fazem na Venezuela, Argentina e disfarçadamente no Brasil.
Tem muita gente a serviço dos EUA no Brasil; não devemos excluir os líderes do PSDB e muitos do PMDB. Eles chegam a arvorar-se a intervir com ofensas e opiniões raivosas sobre outros países. Os alvos preferidos são Venezuela, Cuba e Argentina, que querem e têm direito de serem protagonistas de seu próprio destino.
A pergunta que devemos fazer: Estariam as Forças Armadas dispostas a seguir os conselhos de uma elite que não tem consciência de pátria e de uma massa despolitizada? Sinceramente não creio que as Forças Armadas mais uma vez traiam os interesses nacionais. O que todos devemos é exigir que as investigações vão a fundo, pondo na cadeia todos os corruptos. Uma coisa devemos entender: Se houver substituição no governo, políticos como Renan, Cunha, Lobão, Roseana, Collor, Agripino Maia e muitos do PT e das empreiteiras, não serão punidos.
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