quarta-feira, 30 de setembro de 2015

TEARS FOR FEARS - Woman in Chains


QUEM TEM MEDO DE LULA E DILMA?

Francisco Bendl

Lula e Dilma me lembram o filme “Quem Tem Medo de Virgínia Woolf?”, em que marido e mulher retornam bêbados para casa após uma festa, e acolhem em sua residência um casal diante do horário avançado, pois homem e mulher moravam longe do local da reunião.

Nesse meio tempo, esposo e cônjuge discutem a sua relação através de fortes acusações, ofensas e agressões em frente aos convidados.

Elizabeth Taylor ganhou o seu segundo Oscar por esta interpretação, que foi acompanhada pelo seu marido, à época, Richard Burton.

Lula, enquanto presidente da República, deve ter virado do avesso o Brasil no que diz respeito a fuçar nos segredos que havia entre a nação e seu mundo empresarial; parlamentares e seus comportamentos baseados em dividendos sobre contratos aprovados com a União; aparelhamento do Estado, compromisso dos ministros nomeados ao STF, e que devem ter se comprometido com o ex-presidente de uma forma ou de outra como agradecimento ao tão sonhado posto.

BOCA NO TROMBONE

Imaginem se Lula, e ele não precisa beber, resolver botar a boca no trombone e relatar essas relações promíscuas entre os poderes, com banqueiros, empreiteiros, os planos de roubos ao erário, as divisões com os aliados do produto dessas falcatruas, a maneira como o ex-presidente deixou o País à sua mercê, do seu jeito!

Assim, Lula deve soltar os cachorros sempre que se encontra com a sua colega de partido, a petista Dilma, acusando-a de colocar em risco essas relações estabelecidas fundamentalmente à base de corrupção e desonestidade, traição ao Brasil e ao povo, em face do dinheiro vultoso obtido explorando e extorquindo a população e País.

DELÍRIO

Dilma e a sua incompetência, confusão mental e comportamento que beira o delírio, deve deixar Lula temeroso de que a parcela de conhecimento que Dilma possui desses escândalos venha à tona, tanto pela paciência que ela pode perder em qualquer momento, quanto pela maneira de ter supostamente encontrado uma fórmula para amenizar sua culpa pelas sandices praticadas e sua omissão sobre os ilícitos cometidos pelo PT, certamente a pedido de Lula, em face do objetivo traçado de amealhar um patrimônio formidável durante o período que o PT está no poder, e cuja concessão se estendia aos amigos que colaboraram neste sentido.

Pois estava o ex-presidente tão tranquilo quanto à impossibilidade de o seu nome ser envolvido em qualquer processo, que não pensou no Plano B, de ser denunciado por cúmplices, diante da sua certeza de que Dilma faria um bom governo, receita para qualquer crise ser esquecida ou escândalo denunciado.

DEU TUDO ERRADO

Acontece que não somente o petrolão veio à baila, como o desempenho da presidente tem sido o pior possível, justamente os dois vetores que, unidos, poderão acarretar sérios e graves problemas ao petista pelo desvio de rota, antes um pouso programado em grande aeroporto, hoje uma descida de emergência, e sabe-se lá onde vai aterrissar!

Mas quem tem medo de Lula? Empreiteiros? Banqueiros? STF? Parlamentares? BNDES? Partidos aliados? As Instituições Brasileiras? Os governadores e ex-governadores do PT? Por fim, a quem Lula mais causa medo, pavor, a quem mais amedronta, na eventualidade remotíssima – mas uma possibilidade, por que não? – de chutar o balde e confessar como foi o seu governo e como escolheu Dilma à sua sucessão e para quê?

Bem, caso Lula tenha um ataque e decida contar a sua história, o Brasil virará de cabeça para baixo, e salve-se quem puder!

Tribuna da Internet

CNI/IBOPE: 82% DESAPROVAM A MANEIRA DE DILMA GOVERNAR

Deu no Terra

A taxa de aprovação do governo da presidente Dilma Rousseff subiu para 10%, segundo a pesquisa realizada pelo Ibope e encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgada nesta quarta-feira, em meio às turbulências econômicas e políticas que o país atravessa. Segundo os dados, 21% acham “regular” e 69% o definem como “ruim ou péssimo”.

A aprovação de Rousseff subiu um ponto comparado com outra pesquisa do Ibope divulgada em julho, variação que está dentro da margem de erro, de dois pontos percentuais. O resultado da pesquisa realizada por Ibope coincide com outras realizadas nos últimos três meses, que indicam taxas de aprovação entre 7,7% e 10%.

Segundo a pesquisa, 82% desaprovam e 14% aprovam a maneira de a presidente governar. Na pesquisa anterior, referente a junho, esses percentuais estavam em 83% e 15%, respectivamente. De acordo com a pesquisa, 77% dos brasileiros não confiam na presidente, enquanto 20% confiam. Em março, esses índices estavam em 78% e 20%, respectivamente.

A pesquisa foi realizada entre os dias 18 e 21 de setembro com 2.002 eleitores de 140 municípios de todas as regiões do país. A margem de erro é dois pontos percentuais e, segundo a CNI, o grau de confiança da pesquisa é 95%.

ECONOMIA

Durante o período de realização da pesquisa, o dólar bateu recordes e passou de R$ 4 pela primeira vez.

O governo apresentou um plano de ajuste fiscal, que inclui medidas impopulares como a alta de impostos e o corte de gastos públicos. Estas medidas foram um dos principais fatores que desgastaram a popularidade de Rousseff, segundo a pesquisa.

O Ibope indicou que 90% dos entrevistados desaprovam as políticas de impostos e o 89% estão insatisfeitos com a elevação das taxas de juros, que subiram para os atuais 14,25%.

A economia do país está em recessão técnica, após ter acumulado dois trimestres consecutivos de crescimento negativo entre janeiro e junho.

O governo calcula que o Produto Interno Bruto (PIB) cairá este ano 2,44%, e analistas do mercado financeiro preveem – 2,8%.

Tribuna da Internet

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

ENTENDA A CRISE BRASILEIRA E A QUESTÃO DAS RESERVAS CAMBIAIS

Wagner Pires

Precisamos de uma reserva monetária em dólares para: 1. lastrear as nossas trocas comerciais com o restante do mundo. Essas trocas são feitas em dólar; 2. lastrear a remessa de lucros das multinacionais; 3. pagar juros e montantes da dívida externa, tanto pública quanto a privada. Se o país tem reserva em dólares todos esses fluxos monetários ocorrem sem maiores transtornos.

Quando o país não possui essa reserva, ou esse colchão de proteção cambial, tem de pedir emprestado à organizações multilaterais. O mais comum é o Fundo Monetário Internacional (FMI), submetendo-se aos juros cobrados pelo banco. É um custo a mais, neste caso.

Quando se tem uma reserva como a que nós ainda possuímos, há possibilidade de existir uma política cambial e monetária mais propícia ao desenvolvimento do país. Se o governo faz o dever de casa mantendo uma política fiscal (de gastos do governo) equilibrada, abre-se a possibilidade do Banco Central diminuir a taxa básica de juros e estimular o crédito privado e o investimento.

AUMENTAR JUROS

Agora, se faltam as reservas e estas são formadas por empréstimos junto ao FMI, que geralmente são em montantes não muito significativos, o Banco Central fica obrigado a aumentar os juros para manter o fluxo positivo de dólares em relação ao país, de modo a resguardar a pouca reserva monetária em dólares disponível.

Ou seja, o país fica refém do empréstimo junto ao FMI, e é obrigado a fazer uma política contracionista, isto é, de inibição de investimentos e indutora da recessão.

POLÍTICA ERRADA

Ainda temos reservas em quantidade suficiente para nos dar a autonomia na condução da política monetária, isto é, nos permite praticar uma taxa de juros baixa, que estimule o consumo, a produção e o investimento.

Mas, o que ocorreu, então? Por que estamos praticando uma taxa de juros de duas casas decimais se temos reservas suficientes?

Não é problema com as reservas e sim com o excesso de despesas públicas na política fiscal expansionista de Dilma. Esse excesso de despesas e a expansão do crédito fizeram a base monetária se multiplicar, isto é, aumentou o volume de dinheiro em circulação, ou a velocidade de circulação da moeda.

PRESSÃO INFLACIONÁRIA

A velocidade de circulação da moeda dada pelo excesso de despesa do governo e do volume do crédito – tanto público quanto privado -, assim como o represamento artificial dos preços arbitrados pelo governo, fez criar uma pressão inflacionária improrrogável já no final de 2014. Essa pressão inflacionária obrigou o Banco Central a elevar a Selic (taxa básica de juros) para conter o excesso de dinheiro em circulação, pela restrição do crédito dado tanto para consumo quanto para investimento.

E AS RESERVAS?

Então, veja, não é problema nas reservas. Nós, ainda as temos. Se bem que não sabemos se haveremos de ter por muito tempo, porque a perda de grau de investimento pelas agências de risco e a possível subida de juros nos Estados Unidos pode nos expor a um ataque especulativo e nós sermos obrigados a queimar nossas reservas para conter uma ultradesvalorização cambial.

Nosso problema foi, literalmente, criado por erro de gestão de política fiscal, isto é, pela exacerbação da despesa pública, realizada para sustentar o jogo político de poder da agremiação petista.

Tribuna da Internet

COMANDANTE DO EXÉRCITO DESCARTA INTERVENÇÃO MILITAR

Ana Dubeux, Carlos Alexandre, Leonardo Cavalcanti e Nívea Ribeiro

Correio Braziliense

O gaúcho Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, 63 anos, é o chefe de 217 mil militares. Comandante do Exército desde o último mês de fevereiro, ele enfrenta duas das missões mais difíceis de uma carreira iniciada em 1967: o corte orçamentário que atinge os projetos definidos como estratégicos pela Força e a ausência de reajustes da categoria. “Corremos o risco de retroceder 30, 40 anos na indústria de defesa”, disse Villas Bôas. Durante entrevista exclusiva, o general também lamentou a defasagem dos rendimentos da tropa, principalmente se comparados aos de outras carreiras.
Villas Bôas teme que todos os projetos estratégicos — que incluem defesa antiaérea e cibernética, proteção das fronteiras, renovação da frota de veículos — se percam por falta de dinheiro.
Ao longo de 90 minutos, no gabinete principal do Quartel-General do Exército, Villas Bôas falou pela primeira vez com um veículo de imprensa. Ele disse não haver chance de os militares retomarem o poder no Brasil, elogiou o ministro da Defesa, Jaques Wagner, e disse que o país precisa de uma liderança efetiva no futuro. “Alguém com um discurso que não tenha um caráter messiânico — e é até um perigo nessas circunstâncias. Alguém que as pessoas identifiquem como uma referência”.
É uma crise claramente econômica. Mas há uma crise política. Há risco de instabilidade? Há preocupação do Exército nesse sentido?
Há uma atenção do Exército. Eu me pergunto: o que o Exército vai fazer? O Exército vai cumprir o que a Constituição estabelece. Não cabe a nós sermos protagonistas neste processo. Hoje o Brasil tem instituições muito bem estruturadas, sólidas, funcionando perfeitamente, cumprindo suas tarefas, que dispensam a sociedade de ser tutelada. Não cabem atalhos no caminho.
O que acha dos manifestantes que defendem intervenção militar?
É curioso ver essas manifestações. Em São Paulo, em frente ao Quartel-General, tem um pessoal acampado permanentemente. Eles pedem “intervenção militar constitucional” (risos). Queria entender como se faz. Interpreto da seguinte forma: pela natureza da instituição, da profissão, pela perseguição de valores, tradições etc. A gente encarna uma referência de valores da qual a sociedade está carente. Não tenho dúvida. A sociedade esgarçou seus valores, essa coisa se perdeu. Essa é a principal motivação de quererem a volta dos militares. Mas nós estamos preocupados em definirmos para nós a manutenção da estabilidade, mantendo equidistância de todos os atores. Somos uma instituição de Estado. Não podemos nos permitir um descuido e provocar alguma instabilidade. A segunda questão é a legalidade. Uma instituição de Estado tem de atuar absolutamente respaldada pelas normas em todos os níveis. Até para não termos problemas com meu pessoal subordinado. Vai cumprir uma tarefa na rua, tem um enfrentamento, fere, mata alguém, enfim… não está respaldado. E aí, daqui a pouco, tem alguém meu submetido na Justiça a júri popular. Terceiro fator: legitimidade. Não podemos perder legitimidade. O Exército tem legitimidade por quê? Porque contribui para a estabilidade, porque só atua na legalidade. Pelos índices de confiabilidade que a sociedade nos atribui, as pesquisas mostram repetidamente, colocam as Forças Armadas em primeiro lugar. E, por fim, essa legitimidade vem também da coesão do Exército. Um bloco monolítico, sem risco de sofrer qualquer fratura vertical. Por isso as questões de disciplina, de hierarquia, de controle são tão importantes para nós. O Exército está disciplinado, está coeso, está cumprindo bem o seu papel.
Tribuna da Internet

CENTRO DE ESTUDOS DO PT TAMBÉM CRITICA DILMA DURAMENTE

Mônica Bergamo
Folha

A Fundação Perseu Abramo, centro de estudos criado e mantido pelo PT, divulga nesta segunda-feira (28) um documento com duras críticas à política econômica do governo de Dilma Rousseff.
No primeiro volume do estudo “Por Um Brasil Justo e Democrático”, que é assinado também por outras cinco entidades, o texto diz que as iniciativas do governo estão jogando o país em uma recessão e que elas interessam a banqueiros e a fundos de investimento.
A fundação é presidida por Marcio Pochmann, que presidiu o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) até 2012, é próximo do ex-presidente Lula e um dos economistas mais influentes do PT.
OPINIÃO DA MAIORIA
De acordo com dirigentes do partido, embora não seja assinado pela legenda, o documento expressa a opinião da maioria da agremiação.
“A lógica que preside a condução do ajuste é a defesa dos interesses dos grandes bancos e fundos de investimento. Eles querem capturar o Estado e submetê-lo a seu estrito controle, privatizar bens públicos, apropriar-se da receita pública, baratear o custo da força de trabalho e fazer regredir o sistema de proteção social”, afirma o documento.
O texto continua: “O ajuste fiscal em curso está jogando o país numa recessão, promove a deterioração das contas públicas e a redução da capacidade de atuação do Estado em prol do desenvolvimento. Mais grave é a regressão no emprego, salários, no poder aquisitivos e nas políticas sociais”.
TUDO ERRADO
Segundo as entidades, o pacote fiscal deteriora o ambiente econômico e social, o que enfraquece o governo e “amplifica a crise política e as ações antidemocráticas e golpistas em curso”.
O trabalho, que teve a participação de uma centena de especialistas, será lançado em um evento em São Paulo para o qual foram convidados sindicalistas, movimentos sociais e “personalidades do campo progressista”, segundo o convite.
O documento acusa os apoiadores do plano proposto por Dilma de quererem fazer regredir os avanços sociais da Constituição.
SUGESTÕES
Entre as propostas sugeridas no documento para “retirar o país da desastrada austeridade econômica em curso” estão a baixa dos juros, a retirada dos investimentos do cálculo de superavit primário, a alteração do calendário do regime de metas de inflação e a regulação do mercado de câmbio.
Os signatários defendem ainda o que chamam de duplo mandato para o Banco Central. Em vez de ter como objetivo apenas a estabilidade dos preços, a instituição deveria ter como meta também a manutenção do nível de emprego.
O texto defende a “expansão do mercado interno de consumo de massas” e chama a atenção para os cortes realizados pelo governo.
Tribuna da Internet

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

SEM MAPAS PARA ENFRENTAR O CURTO PRAZO E O FUTURO

Cristovam Buarque
O Tempo

As nações precisam de dois mapas de voo: para enfrentar as dificuldades de curto prazo e para orientar os rumos históricos em direção ao futuro. Nós estamos sem qualquer desses dois mapas e com os pilotos sem credibilidade pelos equívocos na condução da economia e pelas falsas promessas na campanha, além de incompetência na formulação dos ajustes necessários para corrigir os próprios erros.
No período de poucas horas, a presidente Dilma determinou e voltou atrás no adiamento de parte do 13º salário dos aposentados, lançou e recuou na recriação da CPMF, anunciou a redução de dez ministérios, e não disse quais; e, sobretudo, enviou ao Congresso, pela primeira vez na história, uma proposta orçamentária com déficit primário de R$ 31,5 bilhões, R$ 367 bilhões se contarmos os compromissos com juros para 2016. A impressão é de improvisações e indecisões constantes. Faltam um comando político e um coordenador técnico.
As notícias desses últimos meses mostram o governo quebrado e desorientado. O ministro da Fazenda passa a ideia de que não sabe o que deve ser feito, e a presidente da República, de que não sabe o que quer que seja feito. E a população e os parlamentares não parecem dispostos a pagar o preço pelo enfrentamento dos problemas imediatos e muito menos pela construção de um país eficiente, justo, sustentável, saudável.
SEM DIREÇÃO
A sensação é a de que, sob os olhares passivos da população e suas lideranças, o governo conduziu o Brasil para a recessão e a quebra das finanças públicas, sem definir os rumos para o futuro desejado. Parecemos ter optado pelo caminhar sem direção, sem mapa, sem escolher os caminhos, apenas levando os problemas com pequenos arranjos e ajustes improvisados.
Há décadas agimos sem projeto de longo prazo, pensando apenas nos benefícios para cada um ou cada grupo, no imediato. Preferimos consumir logo, mesmo sacrificando a poupança para o futuro; optamos por aposentadorias ainda jovens, mesmo ao risco de não haver dinheiro para pagá-las quando chegarmos à velhice; aceitamos ser o celeiro de alimentos do mundo, sem cuidar de sermos uma economia produtora de bens de alta tecnologia.
BAIXA RENDA
Por isso, apesar de todos os nossos imensos recursos, chegamos ao 193º aniversário de nossa Independência como um país de baixa renda per capita, campeões de concentração de renda e desigualdades social e regional, um país pobre especialmente na educação, na ciência e na tecnologia; despreparados politicamente para construirmos o Brasil que queremos, ou mesmo para definirmos o rumo do que queremos no longo prazo da história futura de nossa nação.
Se fosse uma empresa, o Brasil teria de pedir concordata: substituir diretores, vender patrimônio, renegociar dívidas, reduzir salários, demitir trabalhadores, parar todos os investimentos. Como ele não é empresa, a Constituição impede de tomar quase todas essas medidas, deixando o país quebrado e sem mapa.
Tribuna da Internet

FIM DAS DOAÇÕES ELEITORAIS VAI REFORÇAR O CAIXA 2

Heron Guimarães
O Tempo

A decisão do STF de proibir a doação de empresas para as campanhas eleitorais significou um grande passo no sentido de dificultar a influência de poderosos grupos econômicos e empresariais no resultado das eleições. Porém, não sejamos ingênuos, a medida pouco pode interferir nas relações entre corruptos e corruptores.

Claro, será um pouco mais complicado arrecadar para as campanhas. Mas é só isso. O caixa 2, usado para a compra de partidos e apoios, nunca precisou de uma relação formal.

Apesar de o “petrolão” revelar que as propinas nas últimas duas eleições presidenciais se deram por dentro, as relações oficiosas sempre foram mais “eficientes”. Com o fim das doações, então, elas voltam com mais força no submundo da política. Enfim, a corrupção não acabará ou tampouco diminuirá apenas por essa proibição.

CAMPANHAS MAIS BARATAS

As empresas, especialmente as empreiteiras, continuarão sendo peças indispensáveis para as engrenagens da máquina pública e, certamente, encontrarão as formas mais adequadas e sedutoras para conquistar a simpatia dos líderes eleitos ou por se elegerem.

Portanto, com a decisão do STF, além de aumentar a fiscalização nos gastos de campanha, a necessidade maior é a de definir, urgentemente, parâmetros mais objetivos que barateiem os processos eleitorais, inclusive estabelecendo um teto de gastos por candidato. A ausência desses mecanismos de controle será a institucionalização do caixa 2.

Se sonharmos longe e imaginarmos que tudo isso irá funcionar, ou seja, se a Justiça conseguir impedir mesmo as doações, baratear as campanhas, estabelecer limites de investimento e aperfeiçoar o acompanhamento das prestações de contas, poderemos ter eleições mais justas e menos dependentes do poder financeiro. Em tese, parte do problema estaria mais ou menos resolvida.

NA OUTRA PONTA

Mas todos sabem que não é bem assim. A outra ponta, formada pelos acertos de gabinetes e pela manipulação de licitações, permanecerá solta. Não há quem acredite que a troca de favores terá um fim, até porque, depois de eleito, o prefeito, o governador, ou o presidente continuará tendo a prerrogativa de escolher quem vai prestar o serviço, mantendo o antigo sistema que se baseia no suborno e na chantagem.

A única forma de aparar as arestas em busca de um país mais justo é insistir na intolerância à prática da corrupção.

O caminho é longo demais. Ainda mais quando nos deparamos com Ricardo Pessôa, um dos delatores do petrolão, gozando de todo o luxo que o crime lhe concedeu. O dono da UTC esteve em Brasília nesta semana. Para ir até lá, ele usou o jato particular e depois entrou em um carro executivo que o aguardava do lado de fora do aeroporto.

Mesmo assumindo ser um dos responsáveis pela maior fraude contra o dinheiro público já descoberta no país, ele mantém sua vida de mordomias. Seria um típico exemplo de que o crime, no Brasil, compensa? Diminuir essa sensação que está incrustada na mente dos brasileiros é um passo ainda mais importante do que a proibição das doações privadas. Duro é saber que ainda temos quilômetros para serem percorridos.

Tribuna da Internet

"É MELHOR PERDER MINISTÉRIOS DO QUE A PRESIDÊNCIA", JUSTIFICA LULA

Deu no Estadão

Em reunião que durou cinco horas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aconselhou na quarta-feira (23/9) a presidente Dilma Rousseff a atender a todos os pedidos do PMDB, mesmo que para isso tenha de desidratar o PT na reforma ministerial. “É melhor perder ministérios do que a Presidência”, disse Lula, segundo relato de ministros do PT que participaram da conversa, no Palácio da Alvorada.

A portas fechadas, o ex-presidente avaliou que a estratégia montada para atrair os aliados rebeldes, entregando o Ministério da Saúde – hoje com o PT – à bancada do PMDB na Câmara deu fôlego para Dilma barrar pedidos de impeachment no Congresso.
Além disso, para não contrariar nenhuma ala do PMDB, Dilma cogita deixar de lado a fusão das Secretarias de Portos e Aviação Civil. Com isso, o partido poderá ficar com seis ministérios, e não mais cinco, como previsto inicialmente.

MANOEL JÚNIOR

O favorito para Saúde é o deputado Manoel Júnior (PB), homem da confiança do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Nessa nova configuração, o ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha, deve permanecer no cargo e Helder Barbalho, hoje na Secretaria da Pesca, pode ser deslocado para Portos. A Pesca será abrigada no Ministério da Agricultura.

Lula e o vice-presidente Michel Temer sugeriram a Dilma que não deixasse “na chuva” o filho do deputado Jader Barbalho (PMDB-PA), para não criar novo foco de rebelião. Os ministros Eduardo Braga (Minas e Energia) e Kátia Abreu (Agricultura) continuam em seus postos. Henrique Eduardo Alves (Turismo), também ligado a Cunha, deve seguir no posto.

À noite, Dilma convidou o PDT para assumir o Ministério das Comunicações. O convite foi feito ao presidente do partido, Carlos Lupi. A bancada do PDT na Câmara pretende indicar para o cargo o deputado André Figueiredo (CE).

PDT AGRACIADO

O PDT controla hoje o Ministério do Trabalho, que será fundido com Previdência. Insatisfeito com o governo, o partido vinha mantendo uma posição de “independência” na Câmara. Embora o PT vá perder Comunicações – cargo estratégico para a legenda, que defende a regulamentação da mídia -, Ricardo Berzoini, titular da pasta, assumirá a Secretaria Geral da Presidência, que cuidará da articulação política do governo com o Congresso.

Lula também propôs à sucessora que adiasse por alguns dias o anúncio da reforma ministerial, previsto inicialmente para ontem. Ele argumentou que Dilma deveria “amarrar bem” os acordos, uma vez que a ideia é por agora nos ministérios “quem tem voto” e pode ajudar o governo no Congresso. “Você não pode errar”, insistiu ele.

MANUTENÇÃO DE VETOS

Depois que a presidente concordou em transferir a Saúde para o PMDB na Câmara, o Palácio do Planalto venceu uma batalha no Congresso e conseguiu manter importantes vetos a projetos que aumentavam o rombo nas contas públicas.

Foi com esse diagnóstico que Lula pediu a ela que se aproximasse mais de Temer, que comanda o PMDB; do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e de Cunha, oficialmente rompido com o governo.

Apesar de lamentar a substituição do ministro da Saúde, Arthur Chioro (PT), Lula observou que o PMDB é crucial para garantir a governabilidade. Além disso, na opinião do ex-presidente, Dilma precisa conversar com todos os aliados e até com movimentos sociais, para não deixar insatisfeitos pelo caminho, antes de acertar o primeiro escalão.

NA ONU

Dilma viajará nesta quinta-feira (24/9) para Nova York, onde participa da Assembleia Geral da ONU, e só retornará na terça-feira (29/9). Diante disso, o anúncio da reforma, que vai cortar dez ministérios, pode ficar para a semana que vem. Na tentativa de fechar as mudanças, a presidente passou o dia e a noite de quarta numa verdadeira maratona de negociações, no Alvorada, e nem despachou no Planalto.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

LEIA ESTA CARTA-ABERTA A LULA, ESCRITA POR QUEM MUITO O AJUDOU

Mário Assis

Circula na internet esta carta-aberta a Lula, publicada pela Folha no final de semana e assinada pelo advogado Antonio Tito Costa, de 92 anos, que foi prefeito de São Bernardo do Campo (1977-1983) pelo MDB/PMDB, quando teve atuação destacada nas greves de metalúrgicos no ABC paulista, durante os movimentos de oposição à ditadura militar. Foi também deputado federal constituinte (1987-1990).
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CARTA-ABERTA A LULA

Meu amigo Lula, você perdeu a oportunidade de se tornar o verdadeiro líder de um país ainda em busca de um caminho de prosperidade
Meu caro Lula, permito-me escrever-lhe publicamente diante da impossibilidade de nos falarmos em pessoa, com a franqueza dos tempos de nossos seguidos contatos –você na presidência do Sindicato dos Metalúrgicos e eu prefeito de São Bernardo do Campo.
Não vou falar das greves que ocorreram de 1979 a 1981, que projetaram seu nome no Brasil e no exterior. Não quero lembrar os dias angustiantes da intervenção no sindicato pelo ministro do Trabalho, em março de 1979, e da violência que se seguiu com prisões, processos e a sua detenção pelo Dops (Departamento de Ordem Política e Social).
Todos esses fatos sempre foram acompanhados por mim juntamente ao senador Teotônio Vilela, a Ulysses Guimarães e a numerosos políticos do então MDB.
Na véspera da intervenção no sindicato, você ligou ao meu gabinete me pedindo ajuda para retirar estoques de alimentos ali guardados. Enviei caminhões da prefeitura para retirá-los, e o material foi depositado na igreja matriz da cidade.
Não falo das reuniões, madrugadas adentro, em meu apartamento em São Bernardo, com figuras expressivas do mundo político e também de outras esferas, como dom Cláudio Hummes, nosso amigo, então bispo de Santo André, hoje pessoa de confiança do papa Francisco, em Roma. Éramos todos preocupados com a sua sorte, a do sindicato e também a das nossas instituições em pleno regime militar.
Prefiro não falar dos dias em que o acolhi em minha chácara na pequena cidade de Torrinha, no interior de São Paulo, acobertando-o de perseguições do poder militar da época: você, Marisa, os filhos pequenos, vivendo horas de aflição e preocupantes expectativas.
Nem quero me lembrar das assembleias do sindicato, depois da intervenção no estádio de Vila Euclides, cedido pela Prefeitura de São Bernardo, fornecendo os aparatos possíveis de segurança.
Eram os primórdios de uma carreira vitoriosa como líder operário que chegou à Presidência da República por um partido político que prometia seriedade no manejo da coisa pública e logo decepcionou a todos pelos desvios de comportamento e por abusos na condução da máquina administrativa do Estado.
E aqui começa o seu desvio de uma carreira política que poderia tê-lo consagrado como autêntico líder para um país ainda em busca de desenvolvimento. Você deixou escapar das mãos a oportunidade histórica de liderar a implantação de urgentes mudanças estruturais na máquina do poder público.
Como bem lembrou Frei Betto, seu amigo e colaborador, você, liderando o Partido dos Trabalhadores, abandonou um projeto de Brasil para dedicar-se tão somente a um ambicioso e impatriótico projeto de poder, acomodando-se aos vícios da política tradicional.
Assim, seu partido – em seus alargados anos de governo, com indissimulada arrogância – optou por embrenhar-se na busca incessante, impatriótica e irresponsável do aparelhamento do Estado em favor de sua causa, que não é a do país.
Enganou-se você com a pretensão equivocada de implantar uma era de bonança artificial pela via perversa do paternalismo e do consumismo em favor das classes menos favorecidas, levando-as ao engano do qual agora se apercebem com natural desapontamento.
Por isso, meu caro Lula, segundo penso, você perdeu a oportunidade histórica de se tornar o verdadeiro líder de um país que ainda busca um caminho de prosperidade, igualdade e solidariedade para todos. Alguma coisa que poderia beirar a utopia, mas perfeitamente factível pelo poder político que você e seu partido detiveram por largo tempo.
Agora, perdido o ensejo de sua consagração como grande liderança de nossa história republicana recente, o operário-estadista, resta à população brasileira o desconsolo de esperar por uma era de dificuldades e incertezas.
Seu amigo, Tito Costa
Tribuna da Internet

GOVERNO COLOCA O PAÍS CADA VEZ MAIS NA BEIRA DO ABISMO

Vicente Nunes
Correio Braziliense

O pacote do ajuste fiscal é tão primário que a maior parte das medidas depende de aprovação do Congresso. É difícil acreditar que uma presidente tão impopular, que não dá a mínima para o Legislativo, vá conseguir aprovar um arrocho tão forte à população. Muitos parlamentares com os quais o governo conta para o sucesso da empreitada acreditam que a presidente já está com um pé fora do Planalto. Portanto, não vão lhe estender a sobrevida tendo que assumir o ônus de forçarem os trabalhadores a arcarem com uma contribuição que não querem.
Dilma lança a última cartada para reequilibrar as contas públicas num momento de forte ameaça de perda de mandato. Pelas contas da Eurasia Group, já são de 40% as chances de a petista não terminar o governo.
DIFICULDADES POLÍTICAS
A consultoria ressalta que, mesmo que a petista chegue ao fim de 2018 no Planalto, as dificuldades políticas que ela enfrenta vão impedir um ajuste fiscal mais robusto. Essa também é a sensação de parte do governo, que se ressente de um líder capaz de aglutinar forças e convencer a todos que o esforço que será feito nos próximos dois ou três anos trará de volta o crescimento e os empregos.
Não se pode esquecer que o tempo para o governo aprovar o pacote de R$ 65 bilhões é curto demais: três meses. Se pouco ou nada sair do Congresso, 2016 poderá ser ainda pior do que está sendo este ano, pois ficará explícito para os investidores que Dilma esgotou a capacidade de gerir o país.
Nesse contexto, o rombo estimado de R$ 30,5 bilhões que, agora, o governo quer cobrir, será muito maior. A recessão tenderá a ser tão profunda, que 2017 também será dado como perdido.
ARROGÂNCIA
É inaceitável que Dilma não tenha pensado em todas essas consequências quando optou pelo caminho da destruição da economia. Por arrogância, ela não ouviu os alertas. Preferiu desqualificar os críticos. Dona da verdade, insistiu nos erros e abusou das mentiras na campanha eleitoral para se reeleger. Deu no que deu. O problema é que quem pagará a conta é o país, que já é apontado como um doente terminal.
Tomara que ainda seja possível reverter o pior. Dizem que Deus é brasileiro. Mas, com Dilma no comando do país, talvez nem a força divina seja capaz de impedir que pulemos para o abismo.
Tribuna da Internet

domingo, 20 de setembro de 2015

O IMPROVÁVEL IMPEACHMENT

Vittorio Medioli
O Tempo

Instalando-se oficialmente o processo de impeachment da presidente Dilma, como tentam diferentes insatisfeitos, haverá graves consequências imediatas. Um ano de arrasar o que já está ruim. Que seja necessário ou justificado, o impeachment será acompanhado de um aprofundamento das dificuldades nacionais, sem se saber ao certo quanto durará e aonde levará o país.

Vivemos um dos piores momentos econômicos dos últimos 25 anos, o impacto negativo se alastra junto ao desemprego, ao fechamento de empresas e à queda de atividade. A incerteza provoca a paralisação de investimentos, a fuga de capitais, deixa caótica a cena. Todos os erros do passado saem agora do armário como fantasmas e se apresentam com o pior semblante possível.
Contudo, o impeachment, para alguns, é a solução.

PROCESSO DEMORADO

Na realidade não é golpe no sentido clássico, pois, para se concretizar, terá que passar por um demorado percurso no Congresso e enfrentar dois longos debates, um na Câmara dos Deputados e outro no Senado. Ao contrário do impeachment de Collor, em 1992, que se transformou em renúncia “forçada” antes que a votação do Senado confirmasse a decisão tomada na Câmara do Deputados, Dilma possui uma base parlamentar forte e outra sindical decididamente estruturadas, que darão o que elas têm para defender o quinhão de poder que o PT e seus aliados conquistaram nos últimos 12 anos de governo.

A renúncia de Dilma é pouco provável. Faltam um colapso emocional e uma pressão insuportável que a levariam ao gesto extremo de renúncia. Existem também componentes ideológicos diferenciados que se concretizaram em décadas de história.

SUBIDA DE TEMER

A queda de Dilma não levaria ainda a novas eleições, mas à subida de Michel Temer ao cargo de presidente, pois o PMDB, partido imprescindível para formar a maioria que possa destronar Dilma, entre novas eleições e ganhar a Presidência optaria, obviamente, pela ascensão de Temer. A oposição, o PSDB e seus aliados, além de terem poucos votos, têm ainda menos argumentos e coesão para liquidar presidente e vice ao mesmo tempo.

Novas eleições, que encontrariam Aécio Neves como o maior beneficiário, muito dificilmente seriam aprovadas no Congresso no formato que o favoreça, apenas se a população cercasse o Congresso com uma pressão e um furor que os sindicatos dominados pelo PT arrefecem nas ruas.

NOVA ELEIÇÃO

O pedido deveria ser lastreado por decisão do TSE fulminando a chapa Dilma e Temer, exigindo-se, assim, nova eleição. As possibilidades ficam, bem por isso, remotas e dependentes de um milagre, mais que de uma sentença.

Concorda a oposição tucana em substituir Dilma por Temer? Esse é o ponto “impossível”. PMDB e PSDB deveriam entrar em acordo nos bastidores para dar uma grande tacada. O PMDB pode concordar em retirar Dilma, mas na condição de Temer substituí-la; já os tucanos aecistas, com DEM e PPS, não têm força numérica nem argumentos, momentaneamente, para convencer o PMDB à decapitação de Temer.

Também os tucanos estão divididos. A queda da dupla, presidente e vice, atende apenas quem defende a candidatura de Aécio, mas os “alquimistas” preferem, obviamente, aguardar 2018, quando o governador de São Paulo estará disponível e fortalecido. Entre Temer e Dilma, os aecistas preferem ver Dilma sangrar até 2018, e Temer não interessa.

LAVA JATO

O que pode unir firmemente peemedebistas e tucanos é, inusitadamente, o bafo da Lava Jato, que já devastou o PT e o PP e vem chegando a Eduardo Cunha e Renan Calheiros. Os tucanos não estariam isentos de complicações na última fase da operação. Temem as delações de dirigentes de empreiteiras, ainda presos, e um efeito “Hiroshima 1945” no PSDB.

Em Brasília, ninguém tem o controle do comboio desgovernado que vem perdendo peças no caminho. Dessa forma, o processo de impeachment é visto com grande temor, como um botijão de gás aberto num ambiente sem saída e dividido por todos.

Negocia-se até uma emenda constitucional, espécie de manjericão, que tire de Lula a possibilidade de eleição em 2018, completando-se a grande pizza.

LULA EM CENA

Lula, acossado pela Lava Jato, partiu, nos últimos dias, para um périplo, levando panos quentes e uma nova partilha de poder para aquietar PMDB e até o PSDB. Nas propostas, comenta-se, na maior escuridão, até uma cadeira do STF para o juiz Sérgio Moro como forma de dar uma acalmada na Lava Jato.

Entretanto, o que falta em Brasília é um articulador para rodar sozinho uma pizza tão gigantesca, e nisso até Fernando Henrique está sendo cogitado como “deus ex-maquina” para salvar do caos gregos e troianos.

Seja o que for, o pagador da crise geral já é o povo brasileiro, até por que a equipe econômica e o ministério atual são incapazes de medidas amplas e concretas; enquanto isso, Dilma não consegue encontrar uma solução que não seja mais uma dose de sacrifícios “duvidosos”.

Tribuna da Internet