Carlos Newton
Confirmada a morte do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal
Federal (STF), no acidente com um avião que caiu em Paraty, no Rio de
Janeiro, o regimento da corte não prevê que os processos de sua
competência sejam transferidos a outro ministro.
O artigo 38 do Regimento Interno do Supremo diz o seguinte, em seu
item IV, alínea a, que o relator, em caso de aposentadoria, renúncia ou
morte, será substituído “pelo ministro nomeado para a sua vaga”.
Teori é o relator da operação Lava Jato no Supremo. Ele estava de
férias, mas decidira interrompê-las para retomar o trabalho na relatoria
das ações referentes à Operação Lava Jato. Sua atividade prioritária
seria a homologação da delação premiada dos 77 executivos da Odebrecht,
entre os o atual presidente Emilio Odebrecht e o filho Marcelo.
CONFIRMAÇÃO – A morte do ministro foi confirmada
pelo filho Francisco Zavascki. Isso significa que ficarão
automaticamente paralisados cerca de 7 mil processos e inquéritos que se
encontram no gabinete dele na condição de relator, inclusive todas as
questões referentes a envolvidos na Operação Lava Jato que dispõem de
foro privilegiado na Suprema Corte.
Até que o presidente Michel Temer indique um novo ministro e sua
escolha seja confirmada após sabatina no Senado Federal, os processos
relatados por Zavascki permanecerão inconclusos, como se diz no
linguajar jurídico.
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