segunda-feira, 30 de maio de 2011

França resgata mais 75 corpos de vítimas do voo 447

O BEA (Birô de Investigações e Análise), órgão do governo francês encarregado das investigações sobre o acidente com o voo 447 da Air France, informou nesta segunda-feira que foram resgatados do oceano mais 75 corpos de vítimas. O acidente ocorreu em 2009, quando o Airbus que fazia a rota Rio-Paris caiu no mar e causou a morte de 228 pessoas.


A informação é do presidente da Associação dos Familiares de Vítimas do Voo 447, Nelson Faria Marinho, que disse ter recebido comunicado do governo francês.

De acordo com Marinho, nenhuma informação sobre a identificação dos corpos já resgatados foi mencionada, nem quando serão colhidas amostras do DNA dos parentes para uma eventual análise.

No início de maio, dois corpos foram resgatados dos destroços do avião pelo navio Ile de Sein.

Como os resultados dos testes para tentar extrair o DNA dos ossos dessas duas vítimas foram positivos, o que irá permitir suas identificações, as autoridades francesas decidiram continuar o resgate dos corpos.

Na época do acidente, 50 corpos já haviam sido resgatados na região da queda. 

Com os 75 corpos retirados até agora, as vítimas recuperadas chegam a 127.

Em carta enviada às famílias na semana passada, o governo francês afirmou que peritos estão fazendo "todo o possível" para resgatar os corpos, com base na orientação da Justiça francesa de que os restos mortais muito degradados não poderão ser retirados do fundo do mar.

Como todas as peças do avião necessárias às investigações já foram retiradas, a operação se concentrará agora exclusivamente no resgate dos corpos.

DADOS

Quase dois anos após a queda do avião que fazia o voo 447, entre o dia 31 de maio e 1º de junho de 2009, o BEA divulgou na sexta-feira (27) os primeiros dados registrados nas caixas-pretas.

O relatório aponta que o avião caiu por 3 minutos e 22 segundos antes de tocar a superfície do oceano a uma velocidade de cerca de 200 km/h.

Segundo o BEA, o relatório descreve "de maneira factual a sequência dos acontecimentos que levaram ao acidente". As primeiras análises definitivas serão apresentadas somente no fim de julho. "Só depois de um trabalho longo e minucioso de investigação é que as causas do acidente serão determinadas e as recomendações de segurança serão emitidas, o que é a principal missão do BEA", informou o órgão.

FOLHA