segunda-feira, 30 de maio de 2011

Polícia prende mais sete pessoas na segunda fase da Operação Ilusão de Ótica

Polícia Civil do Paraná, por meio da Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas (Dedc), desencadeou nesta segunda-feira (30) a segunda fase da Operação Ilusão de Ótica, que revelou um esquema de importação irregular de óculos da China para serem revendidos no Brasil. O golpe gerou um prejuízo estimado de R$ 50 milhões em sonegação fiscal.
Na Operação Ilusão de Ótica II, sete pessoas foram detidas no ParanáSão Paulo e Minas Gerais. De acordo com a polícia, um dos presos é um doleiro que foi detido em uma mansão no bairro Mercês, em Curitiba. Essas pessoas são acusadas de terem empresas de fachada que faziam notas fiscais frias para a revenda dos óculos contrabandeados da China no Brasil.
Na segunda fase da operação 17 mandados de prisão foram expedidos, mas apenas sete foram cumpridos.
Esquema
Em cinco meses de investigações, a polícia levantou evidências de que as óticas receptavam óculos de origem chinesa. O produto entrava no Brasil pelo Paraguai e as empresas adulteravam notas fiscais para não levantar suspeitas. A polícia apontou que as óticas acusadas de integrar o esquema fazem parte das redes Visomax e Grupo Vega. Uma rede de Belo Horizonte, em Minas Gerais, também estaria envolvida nas irregularidades.
Segundo as investigações, o ex-deputado federal mineiro Franciso Horta foi o mentor das irregularidades e usava familiares e funcionários como “laranjas” para a criação de empresas de fachada. Entre os presos na primeira fase da operação estavam quatro filhos do ex-deputado.
A primeira operação – desencadeada em Curitiba, Paranavaí e Belo Horizonte – resultou na apreensão de R$ 34 mil em dinheiro e 100 mil peças de óculos, além de armas em Belo Horizonte (um fuzil) e Paranavaí (revólveres, pistolas e quatro granadas). O grupo é acusado por 12 crimes. Entre eles, sonegação fiscal, estelionato e formação de quadrilha. Somadas, as penas podem chegar a 30 anos.
GAZETA DO POVO