Um ensaio em primeira pessoa escrito pelo ícone da luta dos direitos civis nos Estados Unidos Rosa Parks trouxe detalhes da história de uma dona de casa negra que quase foi estuprada pelo vizinho branco.
Aparentemente memórias da vida de Parks, o texto, segundo um estudioso da vida da americana, pode ajudar a entender a vida da ativista. Na sexta-feira, porém, um instituto fundado pela própria Parks afirmou que a história era apenas ficção.
Rosa Parks deu início a um grande movimento de resistência à segregação racial quando se recusou, em 1955, a ceder sua cadeira em um ônibus do Alabama a um homem branco, conforme ditava a lei de segregação racial da época.
O documento de seis páginas está entre milhares de itens pessoais da ativista armazenados em Nova York selecionados por um tribunal de Michigan para serem vendidos a uma instituição e preservados como acervo.
Arquivistas que revisaram o ensaio de Parks descreveram o conteúdo da história da dona de casa como um "quase estupro".
Steven G. Cohen, advogado de um instituto em Detroit dedicado à Parks, afirmou que pessoas que a conheciam bem sabem que ela gostava de escrever ensaios ficcionais.
Já a amiga da ativista por 45 anos, Elaine Steele, disse que nunca ouviu histórias sobre o abuso e não sabia da existência do documento.
ASSOCIATED PRESS/FOLHA
