Afastado das competições por 21 meses pelo desejo de ter um pênis maior, o americano LaShawn Merritt, 25, tem nesta terça-feira, em Daegu, a chance de dar a volta por cima.
Com o melhor tempo do ano, ele disputa, às 9h45, no Mundial a final dos 400 m em busca do bicampeonato.
O campeão olímpico em Pequim-2008 e mundial em Berlim-2009 virou alvo de piadas no ano passado.
Em 2010, foi divulgado que o americano havia sido flagrado em exames fora de competição feitos no fim de 2009 com o esteroide DHEA (dehidroepiandrosterona).
Suspenso por dois anos, ele alegou que a substância apareceu em seu organismo pela utilização inadvertida de um produto que prometia o aumento do pênis.
A substância DHEA está na lista proibida pela Wada, mas é comercializada livremente. Merritt disse que adquiriu o produto, chamado ExtenZe, numa loja de conveniência.
O velocista classificou o episódio como um "erro bobo, imaturo e egoísta".
O então executivo-chefe da federação americana divulgou que o corredor havia trazido vergonha a si próprio e a seus companheiros e se tornado objeto de piada.
O velocista apelou, argumentando que usou o produto por motivos pessoais e não para obter vantagem na pista, e teve sua suspensão reduzida para 21 meses.
Questionado pela Folha sobre o quanto se arrependia do episódio, ele desconversou. "O meu foco está aqui, acabei de me classificar para a final. O meu objetivo é correr bem amanhã [hoje]".
Merritt contou que foi muito difícil treinar durante a suspensão. "Trabalhei muito duro para chegar aqui e fazer o que estou fazendo", disse.
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