terça-feira, 30 de agosto de 2011

Carrefour fecha cinco lojas no país e muda outras duas


O Carrefour, segundo maior grupo supermercadista no país, decidiu fechar cinco hipermercados. Pelo menos 600 funcionários foram demitidos só na cidade de São Paulo, segundo o Sindicato dos Comerciários.

Em São Paulo, foram encerradas ontem as atividades das lojas do Ipiranga (zona sul) e do Morumbi (zona oeste). Também foram fechadas as unidades de Uberaba (MG), Vitória (ES) e Brasília (DF).

Já os hipermercados de Novo Hamburgo (RS) e de Franca (SP) serão transformados em unidades do Atacadão, bandeira supermercadista que vende aos consumidores e empresas.
O grupo tem cerca de 170 lojas no Brasil.

Segundo o Carrefour, o fechamento dos cinco hipermercados e a transformação dos outros dois decorre de uma "reestruturação" das atividades no país, que envolve também a reforma de 20 outras unidades e a abertura de 17 lojas do Atacadão.

"O Carrefour Brasil vem realizando um amplo processo de reestruturação de suas operações. 

Essas mudanças na rede estão alinhadas com o redesenho do modelo de negócio iniciado em 2010. A implementação das medidas contribuirá para que o Carrefour Brasil fortaleça sua posição de líder no varejo alimentar nacional", afirmou o Carrefour, em nota.

De acordo com o Sindicato dos Comerciários de São Paulo, o Carrefour demitiu mais de mil funcionários desde o início do ano na capital paulista. O presidente do sindicato, Ricardo Patah, se reuniu hoje com representantes do Carrefour e pediu uma reunião com o presidente da empresa, Luiz Fazzio.

Alvo de uma proposta fracassada de fusão com o Pão de Açúcar, a unidade brasileira do Carrefour é cobiçada também pelo Walmart e pela rede chilena Cencosud, que adquiriu o GBarbosa e a Bretas.

No ano passado, o Carrefour descobriu um rombo contábil de 500 milhões de euros no Brasil e substituiu toda a diretoria local. Desde então aumentaram os rumores sobre um possível negócio envolvendo a filial brasileira.

Há duas semanas, o presidente mundial da varejista, Lars Olofsson, esteve no Brasil e negou que a unidade brasileira esteja a venda. Olofsson disse que o Brasil faz parte do "coração" da estratégia do Carrefour.

FOLHA