Pelo menos um ônibus foi queimado na manhã desta sexta-feira no canteiro de obras da usina de Santo Antônio, no rio Madeira (RO), em um protesto de operários.
A manifestação já foi controlada, segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado e o sindicato da categoria.
O presidente do Sticcero (sindicato dos trabalhadores da construção civil), Raimundo Soares, disse que os operários decidiram paralisar o trabalho hoje porque discordam do corte de horas extras durante a semana e aos sábados - o que implica redução dos salários. Eles farão uma assembleia na segunda.
Cerca de 15 mil pessoas trabalham na usina, construída por consórcio formado por Furnas, Odebrecht, Andrade Gutierrez e Cemig.
O consórcio construtor Santo Antônio declarou em nota que o tumulto foi causado por "um pequeno grupo de trabalhadores" e que decidiu suspender as atividades temporiariamente. A empresa disse que fez contato com o sindicato para analisar reclamações.
O veículo incendiado estava estacionado e sem pessoas dentro, de acordo com Soares.
Em março, um quebra-quebra tomou conta no canteiro da usina de Jirau, também no rio Madeira, e deixou parte das instalações destruída. A usina de Santo Antônio decidiu interromper também os trabalhos até negociação com operários. Ambas são obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), do governo federal.
A confusão provocou a interrupção provisória dos trabalhos de Jirau e mobilizou sindicatos, governo federal e empresas a discutir mudanças no regime de trabalho.
FOLHA
