sábado, 19 de novembro de 2011

Atolado em dívidas, Maksoud Plaza vai a leilão na quinta-feira

Na próxima quinta-feira, o Fórum Criminal da Barra Funda será palco de um leilão incomum, embora não inédito: o do Maksoud Plaza, o mais elegante hotel de São Paulo na década de 1980.

O hotel já foi a remate em 2008, pelo mesmo motivo: dívidas trabalhistas. Mas uma liminar contra a decisão da Justiça do Trabalho afastou possíveis compradores e não houve nenhuma oferta.

A dívida de R$ 326 mil que coloca o hotel em oferta pública, referente a uma ação contra a Hidroservice (empresa do grupo Maksoud), foi depositada no início do mês.

Mas, segundo o Tribunal Regional do Trabalho, a Hidroservice acumula dívidas de R$ 13 milhões em ações trabalhistas já executadas, e por isso o leilão foi mantido.

Ontem, o presidente do hotel, Henry Maksoud, divulgou nota afirmando já ter feito o depósito. "Se aguarda apenas que a Justiça determine o cancelamento. Esse é um procedimento de rotina", disse.

Ele afirmou que "todas as medidas judiciais cabíveis já estão em andamento, inclusive na forma de liminares".

Segundo a assessoria do hotel, no último ano o grupo investiu cerca de R$ 5 milhões em reformas. Entre elas, a construção do heliponto para helicópteros de grande porte, as obras (ainda não concluídas) para a reabertura do bar Belvedere e reforma de apartamentos.

Em agosto de 1981, o hotel, que até hoje hospeda celebridades, teve seu momento mais glorioso: foi palco dos últimos quatro shows de Frank Sinatra no Brasil.

Outro momento marcante do Maksoud foi quando, em 1992, Axl Rose (vocalista dos Guns and Roses) jogou pela janela de sua suíte uma cadeira, irritado com os jornalistas que o esperavam do lado de fora do hotel.

A diária de casal no Maksoud Plaza, para este fim de semana, varia entre R$ 614 e R$ 2.978, a depender do tipo de suíte. O hotel fica na alameda Campinas, 150, na Bela Vista, região central.

FOLHA