sábado, 19 de novembro de 2011

Em Benin, papa Bento 16 denuncia corrupção na África e no mundo

O papa Bento 16 denunciou neste sábado em Cotonou a corrupção, que, segundo ele, pode provocar "revanches violentas", e pediu aos governantes africanos que "não privem seus povos da esperança".

"Neste momento há muitos escândalos e injustiças, muita corrupção, avidez, desprezo e mentiras, muita violência que leva à miséria e à morte", disse.

O pontífice acrescentou que estes males "afetam a África, mas também o resto do mundo".

Neste sábado, o papa assinou em Ouidah, a 43 quilômetros de Cotonou, a exortação apostólica "Africae Munus" ("Compromisso da África"), documento com o qual conclui oficialmente o 2º Sínodo de Bispos para a África realizado em outubro de 2009 no Vaticano.

Em seu segundo dia em Benin, o papa se reuniu no palácio presidencial com o presidente da República, Thomas Boni Yayi, membros do governo, do corpo diplomático e representantes das principais religiões.

Da capital, o pontífice se transferirá para Ouidah, onde amanhã visitará o túmulo do cardeal Bernardin Gantin, na capela do seminário de St. Gall.

AMIZADE

Gantin, natural deste país - morto em 2008 e amigo pessoal de Bento 16  - foi um dos mais próximos colaboradores de João Paulo 2º. Foi governador regional da congregação para os bispos e decano do Colégio Cardinalício e era considerado um "pai da pátria" no Benin.

Em seguida, Bento 16 irá para a basílica da Imaculada Conceição de Maria, também em Ouidah, onde assinará a exortação apostólica que fechará o Sínodo de bispos africanos realizado no Vaticano em 2009, que teve como lema "A Igreja na África a serviço da reconciliação, justiça e paz".

De volta a Cotonou, o papa visitará o Centro das Missionárias da Caridade na Paróquia de Santa Rita e se reunirá com 200 crianças doentes, algumas com Aids, e seus familiares e professores.

O segundo dia no país africano será encerrado com um jantar com os bispos do Benin na Nunciatura Apostólica de Cotonou.

EFE/FRANCE PRESS/FOLHA