sábado, 19 de novembro de 2011

EUA planejam impor sanções a setor petroquímico do Irã

Os Estados Unidos planejam impor sanções à indústria petroquímica do Irã, disseram fontes familiares com o assunto nesta sexta-feira, com o objetivo de aumentar a pressão sobre a República Islâmica após novas alegações de que o país estaria fabricando armas nucleares.

As fontes afirmaram que Washington quer enviar um forte sinal depois que a agência nuclear da ONU divulgou em 8 de novembro um relatório dizendo que o Irã parecia ter trabalhado no desenvolvimento de uma bomba atômica e que ainda pode estar conduzindo pesquisas secretamente para tal fim.

De acordo com as fontes, que falaram sob condição de anonimato, as sanções poderão ser divulgadas já na segunda-feira (21).

Elas afirmaram que os Estados Unidos pretendem encontrar um caminho para impedir que empresas estrangeiras ajudem a indústria petroquímica do Irã com a ameaça de privá-las do acesso ao mercado norte-americano.

Enquanto nações europeias têm historicamente se ressentido com tais sanções extraterritoriais dos EUA para punir suas empresas, neste caso as fontes disseram que os países europeus estavam propensos a seguir o mesmo caminho, mas não imediatamente.

Empresas dos EUA estão impedidas de fazer muitos tipos de negócios com o Irã. A pressão norte-americana é, portanto, destinada a empresas estrangeiras para que optem entre trabalhar com a indústria petroquímica do Irã ou fazer negócios no vasto mercado dos EUA.

Não estava claro quais autoridades o governo norte-americano planeja invocar para impor as sanções ou precisamente como fará ou qual o impacto financeiro que terão no setor petroquímico iraniano.

Os EUA suspeitam que o Irã pode estar usando o seu programa nuclear civil para desenvolver armas nucleares. O Irã insiste que seu programa é pacífico.

A ansiedade sobre o programa nuclear iraniano aumentou depois que a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) divulgou na semana passada informações da inteligência sugerindo que a República Islâmica fez pesquisas e experimentos para o desenvolvimento de armas nucleares.

REUTERS/FOLHA