quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Mercado de seguros cresce 17% e movimenta R$ 218 bilhões em 2011


A despeito da desaceleração da economia e da perspectiva de crescimento mais comedido em 2012, o setor de seguros mantém previsões otimistas, com expansão acima dos 10% tanto para 2011 quanto para o ano que vem.

O mercado segurador brasileiro projeta arrecadação de R$ 218,6 bilhões neste ano. Isso significa um incremento de 17,1% em relação a 2010.

Para o ano que vem, estima-se que esse avanço fique em 12,8%, totalizando R$ 246,8 bilhões.

"São números significativos e realistas, visto que, para esse ano, projetávamos um crescimento de 12%. Vamos crescer bem acima do PIB (Produto Interno Bruto)", afirmou o presidente da CNseg (Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais).

O total de indenizações pagas a segurados somou R$ 106,3 bilhões, alta de 17% ante os R$ 90,8 bilhões observados no ano passado.

Para Marco Antônio Rossi, que preside a Fenaprevi (Federação Nacional das Empresas de Previdência Privada Aberta e Vida), o consumo de seguros no país é muito baixo, e há forte espaço para crescer. Acrescenta que a renda do brasileiro segue em alta, e existe uma demanda reprimida começando a acessar esse mercado.

"Não sentimos absolutamente nada da crise. É bom lembrar que em 2009, logo após a forte crise do ano anterior, o mercado de seguros brasileiro teve o segundo maior crescimento do mundo, atrás apenas da China", observou Rossi, que comanda também o Bradesco Seguros e Previdência.

Um dos novos focos de atuação das seguradoras é junto ao consumidor de baixa renda. O mercado de micro seguros não para de crescer, e surge como uma das principais perspectivas para as empresas do ramo.

As comunidades pacificadas do Rio estão entre os alvos das seguradoras. Um trabalho específico foi feito junto ao morro Santa Marta, localizado em Botafogo, na zona sul do Rio. Lá, foram vendidos 200 planos, em um universo de 1.500 residências.

"São planos simples, como um seguro contra acidentes que custa R$ 3,50 mensais, e prevê indenização de até R$ 10 mil", explica diretora executiva do CNseg, Solange Beatriz Palheiro.

FOLHA