quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Alemanha investiga morte de cinco turistas na Etiópia


Ao menos cinco turistas morreram na noite de segunda-feira (16) em um ataque supostamente perpetrado por um grupo rebelde na região de Afar, norte da Etiópia, informou a edição digital da rádio local "Nazret" nesta quarta-feira.

Segundo a emissora, que cita fontes da TV estatal etíope, um grupo de oito turistas ocidentais foi atacado por homens armados na noite de segunda-feira e pelo menos cinco deles morreram.

Dois turistas ficaram feridos com gravidade e foram levados a um hospital, enquanto o outro conseguiu escapar ileso do ataque.

ACUSAÇÃO

A televisão etíope sugeriu que os atacantes podem pertencer a um grupo rebelde da Etiópia, refugiado na vizinha Eritreia, que frequentemente cruza a fronteira para realizar ações em solo etíope.

De acordo com o porta-voz do governo da Etiópia, os cinco turistas estrangeiros são quatro europeus e um australiano. O governo etíope acusou a Eritreia de estar por trás dos assassinatos.

"Cinco turistas foram assassinados por terroristas. Um alemão, um belga, um húngaro, um italiano e um australiano", afirmou o porta-voz Bereket Simon, citado pela agência de notícias France Presse.

Simon disse ainda que "grupos terroristas treinados e armados pelo governo da Eritreia cruzaram a fronteira para atacá-los".

RESPOSTA ALEMÃ

O Departamento Federal de Investigação Criminal da Alemanha anunciou o envio de vários agentes à Etiópia para investigar o assassinato dos cinco turistas, entre eles pelo menos um cidadão alemão.

O próprio presidente do Departamento, Jörg Ziercke, indicou que uma equipe de investigadores viajará a Adis-Abeba, e anunciou ainda o deslocamento à Etiópia de pessoal desdobrado no Quênia.

Quanto à autoria do ataque, que aconteceu na zona fronteiriça com a Eritreia, Ziercke comentou que se presume que tenha sido obra de rebeldes, mas "devemos ser muito cautelosos e aguardar o resultado das investigações".

Enquanto isso, o Ministério das Relações Exteriores alemão anunciou a criação de um gabinete de crise para se dedicar ao caso, sobre o qual existem "informações confusas", assinalou um porta-voz ministerial.

FOLHA