quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Para indústria e comércio, decisão do Copom foi acertada


Entidades do comércio e da indústria elogiaram nesta quarta-feira (18) a decisão do Banco Central de reduzir em 0,5 ponto percentual a taxa básica de juros, a Selic. A decisão de hoje baixou a taxa de 11% para 10,5% ao ano.

Na avaliação da CNI (Confederação Nacional da Indústria) é preciso dar continuidade ao ciclo de redução dos juros, para minimizar os efeitos da crise mundial e evitar a valorização cambial.


"É necessário dar continuidade ao ciclo de redução dos juros, de modo a atenuar os efeitos da baixa atividade mundial na economia brasileira e evitar novo movimento de valorização cambial. Por isso, é preciso rigor na execução do orçamento de 2012, com o contingenciamento de despesas para assegurar o cumprimento da meta de superavit primário. Essa ação não pode, contudo, comprometer o cronograma dos investimentos prioritários para a melhoria da infraestrutura e indispensáveis ao crescimento", comentou a CNI em nota.

Para Paulo Skaf, presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), a crise está provocando uma queda no valor internacional das commodities e reduzindo a demanda geral por produtos".

"Isso gera uma menor pressão sobre os preços. Então está claro que, no Brasil, não teremos pressão da inflação e que, portanto, temos espaço para baixar os juros".

A Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) afirma que a redução dos juros é a chave para o Brasil melhorar a competitividade internacional sob a perspectiva de uma maior dificuldade de financiamento do deficit externo.

"A continuidade do processo de afrouxamento monetário ao longo de 2012 está condicionada ao comportamento da política fiscal. Ou seja, à contribuição para o controle da inflação de um superavit primário obtido a partir da contenção das despesas correntes".

Para Rogério Amato, presidente da ACSP (Associação Comercial de São Paulo) e da Facesp (Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo) a redução confirmou as expectativas do mercado e deve contribuir para evitar uma desaceleração mais forte da economia.
"Ela se justifica também pela continuidade do cenário externo de incerteza, sobretudo, na zona do euro. Mas consideramos que ainda serão necessárias novas reduções para garantir um crescimento do PIB superior a 3% em 2012".

FOLHA