sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Um ano após revolução, cresce número de imolações na Tunísia


Pelo menos 130 pessoas atearam fogo ao próprio corpo na Tunísia nos últimos 12 meses.

Em entrevista concedida à BBC em um hospital da capital, Túnis, Hosni, um jovem que ateou fogo ao próprio corpo há um ano, afirmou que copiou o ato de Mohamed Bouazizi, que, em dezembro de 2010, ateou fogo ao próprio corpo e desencadeou a onda de protestos e choques com a polícia que acabou na renúncia do ex-ditador Zine El Abidine Ben Ali em janeiro do ano passado.

Estes protestos que levaram à queda de Ben Ali desencadearam a Primavera Árabe, uma onda de protestos e manifestações contra governos em vários países do norte da África e Oriente Médio.

Hosni Mubarak abandonou a Presidência do Egito no início de 2011 depois da onda de protestos em todo o país. Na Líbia, depois de meses de confrontos, o ex-ditador Muammar Gaddafi foi capturado e morto por rebeldes em outubro, depois de oito meses de guerra civil e operação da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) no país.

Os protestos continuam em outros países como o Bahrein e, no caso mais grave, a Síria, onde mais de 5.000 pessoas já morreram na repressão aos protestos que pedem a renúncia do presidente Bashar al-Assad, segundo a ONU.

No Iêmen, depois de muita pressão dos manifestantes antigoverno, o ditador Ali Abdullah Saleh concordou em deixar o poder até fevereiro, mas exigiu imunidade para ele e sua família.

BBC BRASIL/FOLHA