sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Documentos do FBI dizem que Steve Jobs distorcia a realidade para atingir metas


O co-fundador da Apple, Steve Jobs, aclamado como um dos maiores visionários da tecnologia de sua geração, experimentou drogas ilícitas em sua juventude e alienou colegas, mas exigia respeito universal, de acordo com entrevistas conduzidas pelo FBI durante os anos 1990.

Uma série de entrevistas com amigos e associados - cujos nomes foram editados pelo órgão - retratam uma imagem conhecida de um visionário da tecnologia que intimidava associados e insistia em fazer as coisas à sua maneira, mas cuja determinação e visão inspirava admiração.

O FBI começou a questionar Jobs e associados quando o então executivo-chefe da Next começou a ser considerado um candidato a nomeações presidenciais.

O próprio Jobs admitiu, em uma entrevista em 1991, dias antes de seu casamento, que ele havia experimentado haxixe e LSD em sua juventude.

De acordo com o FBI, outros entrevistados colocaram em questão a integridade pessoal de Jobs e disseram que era difícil trabalhar com ele - nenhuma surpresa para aqueles que conhecem a história de vida de Jobs, um indivíduo intensamente recluso.

Ainda assim, a maioria dos entrevistados admitiu que Jobs era adequado ao governo.

"Vários indivíduos questionaram a honestidade de Jobs, dizendo que ele distorce a verdade e a realidade com o objetivo de atingir suas metas", escreveu o FBI em um resumo.

Jobs morreu em outubro após uma batalha, que durou anos, contra o câncer. Ele foi reconhecido por sua influência enorme nas indústrias da mídia, música e tecnologia por meio de inovações como o iPod e o iPhone, da Apple.

Para o arquivo completo de memorandos do FBI, divulgados sob o Freedom of Information Act, clique aqui.

REUTERS/FOLHA