quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Holandesa TNT Express tem prejuízo e reavalia operação no Brasil


A empresa de entregas holandesa TNT Express anunciou nesta terça-feira que irá focar em suas operações na Europa após registrar perdas no quarto trimestre do ano. O prejuízo foi atribuído, em parte, a problemas no braço brasileiro, que poderá ser vendido ou ganhar parceiros.

A empresa informou hoje prejuízo de 173 milhões de euros (US$ 229 milhões) no quarto trimestre de 2011, ante lucro de 4 milhões de euros no mesmo período do ano anterior. O número negativo foi influenciado por encargos relacionados à operação no Brasil, de 104 milhões de euros (US$ 138 milhões), além de 45 milhões de euros (US$ 59,5 milhões) em perdas contábeis da frota aérea.

A presidente-executiva da empresa, Marie-Christine Lombard, afirmou que a companhia está buscando "parceiros estratégicos" para o seu negócio no Brasil e na China, o que pode ser um indicativo de que pretende vender parcialmente ou totalmente essas divisões.

Ela disse, no entanto, que existem outras alternativas, como fazer joint ventures, que reduzam a exposição financeira da empresa.

Questionada se o braço brasileiro da empresa voltará a dar lucro na segunda metade de 2012, ela riu e respondeu: "Este é o plano".

OFERTA

A executiva evitou questões a respeito da recusa de uma oferta de aquisição não-solicitada feita pela empresa norte-americana UPS. O valor foi estimado em 4,9 bilhões de euros. O conselho de diretores recusou a proposta na semana passada.

A UPS fez uma oferta de compra de 9 euros por ação por todos os ativos da TNT, o que representa um ágio de 42% sobre o preço de fechamento da última sexta-feira (17), de 6,343 euros por ação da TNT.

A oferta ocorreu no momento em que acionistas da TNT pressionam a empresa por mudanças na diretoria e por maior retorno aos acionistas.

A TNT concordou neste mês a indicar vários novos membros a seu conselho de diretores, incluindo dois candidatos sugeridos pela investidora norte-americana Jana Partners, que, junto à empresa canadense Alberta Investment Management Corporation, é dona de 5% da TNT.

FOLHA