O robusto volume de recursos que o Brasil atraiu do exterior em anos recentes começa a ser visto como risco para o crescimento do país caso mudanças no contexto internacional levem a uma freada brusca desses fluxos, informa reportagem de Érica Fraga publicada na Folha desta quinta-feira.
Uma preocupação que vem sendo citada por analistas de fora é o salto nas dívidas contraídas pelo setor bancário no mercado internacional.
O passivo (dívida) em moeda estrangeira dos bancos dobrou entre o fim de 2009 e setembro de 2011, saltando para o equivalente a R$ 313 bilhões. Parte desses recursos captados a taxas de juros baixas no exterior tem sido usada para atender a demanda por crédito de consumidores e empresas brasileiras.
"A emissão de dívidas fora tem sido uma fonte de recursos usada pelos bancos para ajudar a sustentar a expansão de crédito no Brasil", diz Richard Hamilton, chefe de análise da América Latina da consultoria BMI (Business Monitor International).
Em relatório recente, o banco Morgan Stanley incluiu o Brasil em um grupo de sete países emergentes mais vulneráveis a uma mudança no contexto externo.
FOLHA