sexta-feira, 23 de março de 2012

Violência na Síria deixa ao menos 62 mortos nesta quinta


Ao menos 62 pessoas morreram nesta quinta-feira nos confrontos na Síria, de acordo com o grupo opositor OSDH (Observatório Sírio de Direitos Humanos), sediado no Reino Unido. As vítimas aumentam o saldo de óbitos do conflito entre rebeldes e o ditador Bashar al Assad, que começaram há mais de um ano.

A entidade afirma que 35 civis morreram em operações militares nas cidades de Homs e Hama, no centro do país, Idlib, no norte, e Deraa, no sul. Em confrontos entre as forças de Assad e soldados da oposição, foram registrados 27 mortes, sendo 18 membros das tropas do regime e 9 desertores.

Mais cedo, o grupo opositor Comitês de Coordenação Local informou que chegava a 70 o número de óbitos no país árabe, com 24 pessoas que perderam a vida em Idlib, 20 em Homs e 15 em Hama. As três cidades, junto com Deraa, são os principais centros da oposição ao regime de Assad.

A agência oficial de notícias Sana informou nesta quarta sobre o velório de 18 soldados e membros das forças de segurança do regime, que, de acordo com o meio de comunicação, foram mortos por "grupos terroristas".

Enquanto isso, continua no país a missão de observação das Nações Unidas e da OCI (Organização de Cooperação Islâmica), que chegou na terça-feira em Damasco para promover um cessar-fogo e avaliar a situação humanitária.

Uma das tarefas da missão será preparar uma nova visita do enviado conjunto da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan, que já esteve no país nos dias 10 e 11 de março para se reunir com Assad.

A ONU calcula que mais de 8.000 pessoas tenham morrido desde o início dos protestos há um ano, embora a oposição estime que o número de mortos supere os 9.000.

ATAQUE NO LÍBANO

Um número indeterminado de projéteis disparados pelo Exército sírio caiu na noite desta quarta-feira no norte e no leste do Líbano, informaram à Agência Efe fontes militares.

Trata-se de disparos de metralhadoras e de lança-granadas que alcançaram de "forma fortuita" o país vizinho, porque, na realidade, se dirigiam ao próprio território da Síria, explicaram as fontes.

A imprensa libanesa, por sua vez, apontou que os projéteis eram obuses e que atingiram as regiões de Wadi Khaled (norte) e Bekaa (leste), onde estão até 20 mil sírios que se refugiaram após fugir da repressão em seu país.

As aldeias alcançadas pelos disparos foram Mqaybleh, em Wadi Khaled, e Al Qaa, em Bekaa, um dia após a visita do chefe do Exército libanês, o general Jean Kajwayi, às regiões próximas de Akkar (norte) e Ras Baalbeck (leste), ao longo da fronteira com a Síria.

FOLHA