terça-feira, 15 de maio de 2012

Homem diz ter sido espancado em casa de swing na zona sul de São Paulo


Um homem afirma ter sido espancado por dois seguranças de uma casa de swing em Moema (zona sul de São Paulo), além de ter sido obrigado a pagar R$ 330. O fato, registrado no 27º DP (Campo Belo), aconteceu por volta das 2h30 do último domingo (13).

O técnico de informática Daniel Rocha Carlos, 37, diz ter ido à casa de swing Vogue Club pela primeira vez, acompanhado de um amigo e duas amigas.

Cerca de uma hora e meia depois de chegar, percebeu que perdeu a sua comanda de consumo. "Fui imediatamente à recepção informá-los. Eles me disseram que eu teria de pagar R$ 300. Eu disse: 'Não concordo, eu não gastei isso, então não pretendo pagar'". Carlos afirma que, quando chegou, negociou com a casa que pagaria R$ 110 de consumação mínima.

Depois de discutir com dois seguranças e um gerente, Carlos decidiu ligar para a polícia. Nesse momento, um segurança teria lhe dado uma gravata. "Eu gritei 'me solta, me solta' e, quando ele me soltou, tentei fugir pela porta de saída", conta. Foi quando Carlos afirma ter sido agarrado pela camisa e agredido com socos e pontapés.

"Eles me bateram até eu falar que pagaria", diz. Segundo Carlos, os seguranças tiraram a carteira de seu bolso, pegaram seu cartão de crédito e, novamente imobilizando-o com uma gravata, o obrigaram a digitar sua senha duas vezes, cobrando R$ 180 e R$ 150.

"Depois, me jogaram para fora, com a camisa rasgada, sangrando", diz Carlos, que afirma ter ido a um posto te combustíveis ao lado da casa para chamar a polícia.

"Ele está com aquela cara de boxeador, o rosto todo machucado", diz Renata Rocha, 42, irmã de Carlos. "Não quebrei nada, mas estou com a barriga e a perna doloridas por causa dos socos no estômago e das joelhadas", afirma Carlos.

OUTRO LADO

Michel Souza Ferreira, supervisor da Vogue Club e responsável pela casa naquela noite, nega todas as acusações.

Segundo ele, Carlos estava "muito alterado" e se envolveu em uma briga com outro cliente. "O outro rapaz pediu três vezes para ele não tocar em sua esposa, mas ele insistiu", diz o supervisor. Carlos nega a briga e diz que havia consumido apenas uma dose de vodka, uma água e um energético.

Ferreira afirma que os seguranças apartaram a briga, levaram ambos ao caixa para pagar suas comandas e os expulsaram da casa. Ele nega que Carlos tenha sido agredido pelos funcionários.

"Lá fora, eles se pegaram de novo e foram apartados pelos seguranças e pelos manobristas", diz.

A casa também negou cobrar R$ 300 dos clientes que perdem a comanda. 

Segundo Ferreira, as comandas perdidas são identificadas pelo número de telefone do cliente, os gastos são verificados e o valor a ser pago é negociado entre as partes. "Ele pagou R$ 330: R$ 180 para entrar na casa e R$ 150 por ter excedido a consumação", disse.

FOLHA