Se está em crise em outros horários, na faixa matinal a Record vai bem, e tem disputado décimo a décimo de ponto de ibope com a Globo, entre 7h e 12h, de segunda a sexta. É para tentar se distanciar nessa briga de pontos e percentuais que a Globo escalou Fátima Bernardes. Além disso, a jornalista tem outra tarefa hercúlea: estancar a queda de ibope. Desde 2010 a Globo já perdeu 1 em cada 4 telespectadores entre 7h e 12h.
Em maio, por exemplo, a Globo fechou com 6,6 pontos de ibope e participação de 26% nas TVs ligadas. Em 2010 essa média era de 8,2 pontos (1 ponto de ibope = 60 mil domicílios sintonizados na Grande São Paulo)
Já a Record fechou o mês passado com 6,2 pontos e 24% de participação nas TVs ligadas. O SBT também tem bons resultados nessa faixa, com média de 4,2 pontos e 16% de participação. É um horário muito disputado, portanto.
O trabalho da jornalista Fátima, 49, não será nada fácil. Em primeiro lugar porque, como anotado dois parágrafos acima, a Record está uma fase ruim em quase todas as faixas horárias, mas não na matinal.
Segundo, porque o total de TVs ligadas no horário em que a Sra. Bonner vai entrar é baixo por natureza: apenas 25% das TVs abertas estão "acesas" das 7h às 12h (para efeito de comparação, entre 7h e 0h esse número sobe para 40,4%).
As manhãs da TV aberta brasileira, portanto, só têm um pouco mais de aparelhos ligados que as madrugadas. E tem sido assim, historicamente, nos últimos anos de medição de ibope.
FOLHA
