quinta-feira, 7 de junho de 2012

Polícia apreende 30 armas na casa de executivo assassinado em São Paulo

A polícia de São Paulo apreendeu 30 armas de diversos calibres e cerca de 10 mil projéteis no apartamento de Marcos Kitano Matsunaga, 42 - executivo da Yoki -, que foi assassinado a tiros e esquartejado. Ele era colecionador, e todas as armas estavam regularizadas.


A mulher do executivo, Elize Matsunaga, 38, confessou o crime ontem. Ela disse que matou, esquartejou e se desfez do corpo sozinha.

Entre a noite de ontem e a madrugada desta quinta-feira, a polícia fez a reconstituição do assassinato, no apartamento do casal, na zona oeste de São Paulo. Com um boneco para representar a vítima, policiais confirmaram a versão de Elize, de que Matsunaga foi morto com um tiro na cabeça na sala e teve o corpo arrastado até um dos quartos.

Foi Elize quem apontou aos policiais onde o crime ocorreu. Ontem, ela afirmou aos policiais que a pistola usada contra o executivo havia sido um presente dado a ela pelo marido.

Imagens das câmeras de segurança do prédio onde o casal morava foram divulgadas ontem pela polícia e mostram os últimos momentos do executivo. Também mostram o momento em que Elize desce até a garagem, pelo elevador de serviço, com as três malas que teriam sido usadas para transportar o corpo do executivo.

CRIME

Aos policiais Elize disse ter matado Matsunaga com um tiro na cabeça após uma discussão, seguida de agressão, provocada por ciúmes.

A polícia diz acreditar que Elize contratou um detetive e descobriu que era traída. Na discussão na sala, disse, o marido a agrediu com um tapa. Ela, então, pegou uma pistola.380 mm - presente dado pelo marido - e atirou nele.

O crime ocorreu de 19 para 20 de maio no apartamento do casal. Elize está presa desde o dia 4. Ontem, a prisão temporária dela foi prorrogada por mais 15 dias pela Justiça.

O executivo era um dos herdeiros da Yoki Alimentos, vendida recentemente a um grupo norte-americano por R$ 1,75 bilhão.

FOLHA