sexta-feira, 20 de julho de 2012

Governo reduz projeção de crescimento do PIB em 2012 para 3%



BRASÍLIA - O governo reduziu a previsão de crescimento da economia brasileira em 2012 de 4,5% para 3,0%, de acordo com estimativa feita pelo Ministério da Fazenda e divulgada nesta sexta-feira, 20, no relatório de revisão bimestral do Orçamento deste ano. A informação foi antecipada pela Agência Estado na sexta-feira passada, dia 13. 
Os novos parâmetros do Orçamento da União também consideram IPCA de 4,7% neste ano, mesma projeção divulgada no relatório orçamentário de maio. A projeção para o IGP-DI em 2012 passou de 4,9% para 6,19%.
O governo trabalha com uma taxa Selic média de 8,86% ao ano, abaixo dos 9,86% ao ano utilizados na revisão anterior. O Orçamento também considera câmbio médio de R$ 1,95 no ano, ante R$ 1,76 utilizados em maio.
A projeção de crescimento da massa salarial nominal passou de 12,01% para 12,51%. A previsão para o preço médio do petróleo em 2012 subiu 2%, de US$ 111,64 para US$ 113,87.
"A alteração dos parâmetros reflete a redução da projeção da taxa de crescimento real do PIB para 3,0%, da taxa de juros Selic e o aumento da Massa Salarial Nominal. Além disso, indica manutenção da projeção para o IPCA e depreciação cambial, que afeta as projeções para o IGP-DI e para o preço médio do petróleo", diz o Planejamento em nota.
Receita
A projeção para as receitas administradas pela Receita Federal neste ano ficou R$ 13,256 bilhões menor em relação às estimativas feitas pelo governo há dois meses.
A estimativa para o Imposto de Renda ficou R$ 8,684 bilhões menor. A frustração de receita com a Cide será de R$ 2,464 bilhões. Para o IOF, caiu R$ 2,290 bilhões. A arrecadação com IPI deve ficar R$ 2,053 bilhões abaixo do estimado em maio. A de CSLL, por sua vez, R$ 1,420 bilhão menor.
Por outro lado, estima-se um receita R$ 6,149 bilhões maior com Cofins e R$ 1,543 bilhão maior com Pis/Pasep.
Limites
O Ministério do Planejamento manteve os limites de empenho e movimentação financeira no Orçamento da União de 2012.
Em maio, o corte de R$ 55 bilhões anunciado em fevereiro foi reduzido para R$ 50,149 bilhões, devido à liberação de recursos e à estimativa de aumento em gastos obrigatórios e subsídios.
Apesar da projeção de receita líquida R$ 912 milhões acima do esperado há dois meses, o governo estima um aumento de R$ 412 milhões em despesas obrigatórias e de R$ 500 milhões com créditos extraordinários. A maior parte do aumento nas despesas obrigatórias se refere a recursos para subsídios.
ESTADÃO