segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Greve no metrô provoca caos no trânsito de Buenos Aires


Dirigentes sindicais mantiveram nesta segunda-feira a greve de metrô em Buenos Aires, iniciada na sexta (3), gerando caos no trânsito da capital argentina com a paralisação das seis linhas da cidade.

Ônibus e trens ficaram abarrotados de passageiros, e um maior número de automóveis que saíram à rua pela ausência do metrô compunham o cenário nas ruas de Buenos Aires por conta da greve. Como plano de contingência, o governo da cidade colocou os ônibus escolares para fazer o trajeto das linhas do sistema.

O sindicato não descarta inclusive manter para esta terça-feira a medida, que afeta quase um milhão de usuários, "caso não se chegue a um acordo" sobre as exigências, sustentou o secretário-geral do sindicato, Roberto Pianelli, em declarações a uma emissora de rádio.

Os manifestantes reivindicam um aumento salarial de 28% , além de outras reivindicações de melhoras em condições trabalhistas e de prestação do serviço, oferecido pela concessionária Metrovías.

O controle do metrô é o principal ponto de atrito entre a presidente Cristina Fernández de Kichner e o chefe de governo da capital argentina, Mauricio Macri, adversários políticos.

O governo federal, que controla o sistema, quer passar o serviço para a capital, que afirma não ter verba para assumir o transporte sem os subsídios destinados às linhas.

No início de 2012, a passagem custava 1,10 pesos (R$ 0,44) e aumentou para 2,50 (R$ 1), ainda com a contribuição federal. Sem os subsídios, analistas afirmam que o preço deveria ser de 6 a 8 pesos (R$ 2,40 a R$ 3,20).

FOLHA DE S. PAULO