Dione Castro da Silva
Alguém que neste país possua, no mínimo, dois neurônios ainda tem
dúvida se houve ou não provocação aos professores em greve?!
Os salários
dos mandarins dos três podres poderes, mormente de senadores,
de(puta)dos, vereadores, prefeitos, governadores, desembargadores,
juízes, ministros das últimas instâncias et caterva (além do foro
privilegiado – que excrescência, meus deuses?!) são, sim, um verdadeiro
escárnio, desprezo, desrespeito, verdadeira provocação contra todos os
professores do Brasil, muitos dos quais lutam bravamente, sem nenhuma
infraestrutura para, pelo menos, alfabetizar a criançada.
A presidente, não satisfeita com o generoso aumento de salário
autoconcedido pelos de(puta)dos no silêncio da madrugada, como sempre,
triplicou o fundo partidário, para agradar suas excrescências, digo,
excelências (excelente em que, meus deuses?!).
Em matéria de caráter, nem sabem do que se trata; ética, que palavra
estranha… Pensam eles que possam locupletar-se mais anchamente.
Sim,
senhores, somos todos, cidadãos e cidadãs brasileiros trabalhadores,
pagadores de impostos, escorchados diuturnamente pela canalha que se
assenhorou de nós e do nosso suor (ou intelecto) desde 1500.
Aturamos provocações, achincalhes, desrespeito de todas as maneiras,
ao sabor do estado de espírito do dono do rebanho da vez.
Não passamos
de reses para esses canalhas.
ATENDIMENTO TERCEIRIZADO
Agora, mais uma invenção perversa do monarca que está com o cetro na
mão: as repartições públicas (nas três esferas administrativas,
aproveitando o advento da Internet, estão fechando todo canal presencial
(setor) de comunicação com o cidadão – isto porque o serviço é público,
pelo menos em tese, existe em função do povo.
Colocam uns terceirizados no balcão de informações (este, como
terceirizado sem nenhum treinamento, nunca sabe prestar qualquer
informação, até porque, realmente, a atividade-fim da empresa/autarquia
lhe é completamente estranha.
E o guardinha de segurança, claro, que
está ali para barrar qualquer tentativa/requerimento de melhor
atendimento.
ATÉ NO TRIBUNAL…
Para se ter uma idéia da situação kafkiana que estamos vivendo: há
cerca de dois anos atrás, indo interpor um Recurso Extraordinário (para o
STF), no Proger da 2ª Instância do TJRJ, fui atendida por uma
terceirizada (se bobear, com exceção dos promotores, juízes,
desembargadores e defensores públicos, daqui a pouco teremos mais
terceirizados que concursados no TJRJ – estamos a caminho disso, visto
ser a família que é dona da empresa de terceirização!)
Pois bem, quando entreguei a petição para a mulher que estava no
guichê, esta começou a “”analisar”” a petição – embora sem nenhuma
competência para tal tarefa – e a me questionar do porquê de estar
interpondo tal recurso, se eu tinha certeza de que era mesmo o recurso
próprio etc.
Aí, não tive outra saída senão chamar o diretor do setor
para dar fim a tal absurdo.
Quando se trata de ação que deve tramitar em
“segredo de justiça” ocorre o mesmo. Enfim, estamos nas mãos de…
provocadores de toda espécie.
Tribuna da Internet