segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Lula roubou do povo a crença nos homens públicos

Francisco Menezes

Não é minha intenção lavar sujeira de ninguém. Acho que Lula tem se mostrado um pilantrão. E é essa ideia nova a seu respeito o motivo maior do que se tem falado, mais importante do que o fato de seus filhos envolvidos estarem envolvidos na corrupção. O povo tinha em Lula uma esperança. Essa esperança está se diluindo a cada dia. Lula era visto como o pobre que chegou à Presidência. Lula era visto como o estereótipo da superação na vida. Tanto que os escândalos não o abalavam em nada. Mas com essas provas do envolvimento dos filhos a coisa muda. Passa-se a por uma dúvida onde antes era certeza. Todas as acusações contra ele anteriormente refutadas passam a fazer sentido no imaginário popular. E isto pode ser a desgraça do nome do Lula.

O povo está aturdido, porque assim se perde uma referência importantíssima. Está se revelando um Lula que não é o Lula do povão. Está se revelando pro povão um Lula bandido, peralta, calculista. Isso choca a opinião das pessoas, que estão sendo obrigadas a reformularem seus conceitos. Exatamente por isso, têm a maior relevância esses fatos envolvendo os filhos do ex-presidente. Mais do que uma quantia em dinheiro, foi roubada do povo a crença nos homens públicos.

IMAGEM DE UM SANTO

Bem, o problema todo é que o Lula vendeu a imagem de um santo e tem entregado ao povo a realidade de ser apenas mais um corrupto. As pessoas não perdoam os “deuses” que falham. O que os filhos do Lula fazem de errado não é exagero nenhum comparado aos filhos dos outros políticos poderosos e influentes. O problema do Lula é exatamente o fato de querer ser o santo imaculado. Isso irrita mais do o próprio fato de roubar. Eu acredito que todo mundo tira uma casquinha de um pai presidente. Ora, se você tem um primo de segundo grau delegado você se acha muitas vezes o rei da cidade, quanto mais se você for filho do presidente…

Não sejamos levianos. O que os filhos do Lula fazem é mais normal que o que a gente imagina. Não tenho nada contra eles; o problema mesmo é o pai deles continuar bancando o honesto, o pai dos pobres, o incomum, o deus da política. Isso é imperdoável.

Tribuna da Internet