quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Levy diz que deixará Fazenda, mas não quer problemas para Dilma

Natuza Nery
Folha


Já na noite de terça-feira, o ainda ministro da Fazenda Joaquim Levy afirmou a interlocutores não ter intenção de criar problema para Dilma, saindo “no meio do fogo”, mas que não tolerará a pecha de “anti-Bolsa Família”. Amigos apostam que o ministro não fecha janeiro no cargo.

O chefe da Fazenda foi aconselhado a ser o mais sutil possível no seu roteiro de despedida. E o ministro então prometeu ser “discreto e elegante”.

Nos diálogos mantidos após a revisão da meta, Levy apontou a aprovação do projeto da repatriação. “Os senadores foram nota 10. No fim, o que vai botar o pão na mesa do brasileiro é isso”, disse ele a interlocutores.

Feliz, Levy comemorou “um fato raro em qualquer governo”: extinguir uma estatal. “Ao lado do Braga [ministro de Minas e Energia], o Tesouro conseguiu fechar a Eletronet”, afirmou à equipe.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Esta importante nota foi enviada pelo comentarista Mário Assis Causanilhas. Não é a primeira vez que Levy ameaça sair. A redução da meta de superávit é como um tapa no rosto dele, demonstrando que não existe ajuste fiscal e o país vai mergulhar nas trevas. Porém, como diz o economista Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central e que almeja a Fazenda, tudo depende do patrão de Levy. Em tradução simultânea, isso significa que Levy só sairá quando tiver permissão do presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, que o colocou no cargo e tira quando bem entender(C.N.)


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