sábado, 16 de janeiro de 2016

A crise imobiliária e econômica do Rio chegou a Ipanema

Paula Cesarino Costa
Folha


A Rua Vinicius de Moraes é delimitada pela praia de Ipanema, na esquina com a Vieira Souto, e pela Lagoa Rodrigo de Freitas, margeada pela avenida Epitácio Pessoa. São apenas sete quarteirões. Nesta semana, placas de “passo o ponto” ou “aluga-se” decoravam seis pontos comerciais (quase 10% dos que estão à vista). No coração de um dos bairros mais turísticos do Rio, a crise assombra quem passa por lojas fechadas e obras abandonadas ao meio.

Dados da empresa Buildings indicam o crescimento de imóveis vagos em 2015, chegando a 13% em toda a cidade do Rio de Janeiro; na zona sul, são 7%. Esse cenário se completa com a queda assustadora do rendimento médio real da população ocupada no Rio, que teve a maior retração das seis principais regiões metropolitanas.

Entre novembro de 2014 e novembro de 2015, houve redução de 10% contra a média de 8,8%, segundo o IBGE. Se considerados apenas os empregados no comércio, a queda foi ainda maior, de 16,4%. No lugar das vitrines multicoloridas e de novos negócios, abandono e placas de aluga-se e passo o ponto.

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