segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Senador Paulo Paim anuncia hoje que vai sair do PT

Paulo Cruz
iG Brasília


O senador Paulo Paim (PT-RS) e os dirigentes estaduais do partido promovem nesta segunda-feira (11) o encontro derradeiro para definir o futuro partidário do parlamentar. Após avisar por diversas vezes que deixaria o partido caso não houvesse uma mudança na condução da política econômica pelo governo, Paim diz que “é grande a possibilidade” de a questão ser definida de “uma vez por todas” na conversa.

Segundo Paim, as tentativas de debate sobre o assunto começaram na segunda quinzena de dezembro, mas os representantes do PT pediram que ele aguardasse para que todos os dirigentes regionais da legenda também pudessem participar da conversa.

Desde o fim de 2014, o parlamentar tem feito críticas a projetos encaminhados pela presidente Dilma Rousseff, como as medidas provisórias que alteraram benefícios trabalhistas e previdenciários.

A discussão tinha sido marcada para a semana passada, mas foi reagendada para esta segunda-feira. “Vai ser uma reunião decisiva. Não tem mais enrolação. É o momento de discutir com profundidade essa questão”, afirma Paim.

A TENDÊNCIA É SAIR

O senador diz que, em respeito ao que ainda vai ser discutido na reunião, não pode anunciar a sua posição definitiva, mas que a “tendência” é que realmente saia do partido, “a não ser que aconteça algum fato inusitado”.

“O que eles podem falar [para continuar no PT], sinceramente eu não sei. As minhas posições estão muito claras. Desde que começou esse debate todo. E agora o governo anunciando uma reforma trabalhista e previdenciária na contramão daquilo que nós sempre pregamos, só dificulta ainda mais qualquer tipo de tratativa”, diz ao iG.

“A cada dia que passa, os anúncios feitos, como está sendo falado, e gestado, pelas informações que a gente tem, só deixam numa situação, digamos, mais difícil ainda a possibilidade de nós mudarmos a opinião que temos colocado publicamente”, desabafa Paim. Referindo-se à declaração da presidente Dilma Rousseff, de que o Brasil “vai ter de encarar” a reforma da previdência e que “não é possível que a idade média de aposentadoria no Brasil seja 55 anos”.

Tribuna da Internet