sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Nintendo alerta para risco de danos à visão causados por jogos 3D

A gigante japonesa do setor de videogames Nintendo alertou para o risco de danos à visão em crianças pequenas que usarem os games em 3D.
A empresa afirmou que a próxima geração de seus games portáteis, o Nintendo DS 3D, poderia danificar a visão de crianças com menos de seis anos.
A Nintendo aconselhou que os pais ajustem o aparelho para que essas crianças vejam as imagens em apenas duas dimensões.
De acordo com o repórter de tecnologia da BBC Mark Gregory, o Nintendo DS 3D é o lançamento mais aguardado da companhia japonesa.
A grande novidade do game portátil é que os usuários poderão ver as imagens do jogo em três dimensões sem precisar dos óculos especiais.
No entanto, a Nintendo informou que alguns especialistas acreditam que existe a possibilidade de que os processos envolvendo a imagem em 3D, que envia imagens diferentes para o olho esquerdo e o direito, possam afetar o desenvolvimento da visão em crianças menores.
No entanto, segundo Gregory, não se sabe quem são estes especialistas. E os especialistas médicos consultados pela BBC afirmam que não há provas médicas de que assistir a imagens em 3D cause danos à visão de crianças.
Muitas pessoas que assistem a imagens em 3D reclamam de desconforto, uma sensação parecida com o enjoo causado por viagens.
Processos
A Nintendo não fez nenhum outro comentário além da declaração alertando os pais.
Mas, de acordo com Mark Gregory, existem especulações de que o alerta da companhia de games possa ser uma medida de precaução para evitar a possibilidade de processos nos próximos anos se surgirem temores em relação a problemas de saúde à medida que o 3D se populariza.
Companhias como a Sony e a Toshiba já fizeram alertas parecidos com o da Nintendo.
O risco financeiro para estas companhias pode ser grande, já que elas investiram muito em tecnologia 3D para televisores, games e filmes, e poderiam perder muito caso os consumidores se afastassem destes aparelhos devido a riscos à saúde. BBC Brasil