quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Polícia italiana faz busca em embaixadas após explosões em Roma

A polícia italiana realizou buscas em representações diplomáticas de Roma após a explosão, nesta quinta-feira, de duas bombas nas embaixadas do Chile e da Suíça na cidade.
Os pacotes com explosivos foram detonados quando foram abertos, e cada explosão deixou uma pessoa ferida. Uma delas, um funcionário da embaixada suíça, sofreu ferimentos graves e teve que ser submetida a cirurgia. A outra, ferida na representação chilena, teve ferimentos leves.
A embaixada do Brasil em Roma pediu reforço em seu policiamento e avisou funcionários para que prestassem atenção a eventuais pacotes suspeitos.
Segundo a assessoria da representação diplomática brasileira, a polícia italiana visitou a embaixada – mas não fez buscas, apenas deu orientações de segurança.
Suspeitas
Ainda não se sabe quem são os responsáveis pelas bombas, nem os seus motivos.
A polícia investigava se os explosivos poderiam ser de autoria de anarquistas italianos, segundo o ministro do Interior, Roberto Maroni.
A Itália foi palco de protestos contra o governo na última semana, e Roma foi o cenário de alguns dos maiores distúrbios.
Também se investiga a possibilidade de as bombas terem algum elo com os explosivos enviados no mês passado a embaixadas em Atenas, na Grécia, onde manifestações contra o governo também foram constantes.
Até a tarde de quinta-feira, no entanto, não se havia identificado qualquer conexão direta entre os episódios grego e italiano.
O prefeito de Roma, Gianni Alemanno, disse que o episódio desta quinta-feira é “uma onda de terrorismo contra embaixadas, algo mais preocupante do que um ataque isolado”. Ele agregou que as autoridades estão seguindo “uma trilha internacional” nas investigações.
Na terça-feira, uma falsa bomba foi encontrada em um trem vazio de metrô em Roma. O dispositivo não tinha detonador, e testes revelaram que ele também não continha explosivos. BBC Brasil