quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Agentes penitenciários de Curitiba protestam contra a morte de colega

Quinhentos agentes penitenciários de Curitiba (PR) e região metropolitana paralisaram as atividades nesta quinta-feira para protestar contra a morte de um colega.

De acordo com o Sindarspen (Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná), os 500 agentes que estão na escala de trabalho hoje suspenderam as atividades rotineiras, como acompanhamento de visitas e de banho de sol dos presos em todos os presídios da região.

O sindicato afirma que não orientou a paralisação, que é feita para protestar contra a morte do agente Carlos Alberto Pereira, 52, assassinado na terça-feira (4).

Ainda de acordo com o sindicato, a paralisação é uma medida de segurança, já que a tensão entre os agentes e os presos aumentou depois do crime.

Conforme o Sindarspen, Pereira é o quinto agente penitenciário assassinado em Curitiba em uma ano. Ele foi morto quando pintava o portão de sua casa, em Curitiba. A polícia informou que um homem disparou três tiros contra o agente, que foi atingido duas vezes na cabeça e uma no tórax.

A polícia diz acreditar que o crime está relacionado ao trabalho do agente, funcionário da Colônia Penal Agrícola, em Piraquara, na região metropolitana de Curitiba.

Ontem, o enterro de Pereira foi acompanhado por cerca de 50 agentes. Eles aproveitaram a ocasião para reivindicar melhorias na segurança dos profissionais da categoria.

"Queremos urgentemente a regulamentação do porte de arma e a profissionalização da administração penitenciária, com a ocupação dos cargos de direção de unidade penal por agentes penitenciários de carreira", afirmou o presidente do sindicato, José Roberto Neves.

Na manhã de hoje, representantes do sindicato se reuniram com a secretária da Justiça e da Cidadania do Estado do Paraná, Maria Tereza Uille Gomes. Eles discutiram medidas para melhorar a segurança e a regulamentação do porte de arma pelos agentes.

De acordo com Neves, a secretaria se comprometeu a montar uma comissão para estudar a regulamentação do porte. A paralisação deve ser encerrada ainda hoje. Folha Online