quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Chávez sugere Stone, Penn ou Chomsky como novo embaixador dos EUA em Caracas

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, sugeriu que o cineasta Oliver Stone, o ator Sean Penn ou o filósofo Noam Chomsky deveria ser o embaixador dos Estados Unidos em seu país.

'Tomara nomeassem o Oliver Stone, ou o Sean Penn, ou o Chomsky. Temos muitos amigos lá (nos Estados Unidos)', afirmou Chávez, entre as risadas de seus ministros, durante um ato de governo transmitido pela emissora oficial VTV.

Estados Unidos e Venezuela mantiveram por meses uma disputa diplomática pela insistência de Washington de nomear como seu representante em Caracas Larry Palmer, a quem o governo venezuelano se negou a receber devido a declarações do diplomata sobre questões internas do país sul-americano.

CHÁVEZ NÃO QUER EMBAIXADOR INDICADO PELOS EUA

De acordo com reportagem da correspondente da Folha em Caracas, a jornalista Flávia Marreiro, durante a posse de Dilma Rousseff em Brasília, partiu da secretária de Estado americana, Hillary Clinton, a iniciativa de tratar diretamente com o presidente venezuelano, Hugo Chávez, sobre a recente controvérsia diplomática envolvendo Washington e Caracas.

O texto, baseado em uma 'fonte governamental', traz uma avaliação atribuída a Chávez para explicar a reaproximação. 'O líder [Chávez] pensa que os interessados em romper os vínculos entre Venezuela e EUA 'são os republicanos'', afirma.

Questionado por Hillary, ainda no encontro da posse da nova presidente brasileira, Chávez teria sugerido à secretária de Estado que recuasse da decisão de indicar Larry Palmer como embaixador americano em Caracas.

Palmer foi rejeitado pela Venezuela no mês passado depois de ter criticado as Forças Armadas venezuelanas em uma resposta ao senador republicano Richard Lugar.

Palmer disse na ocasião que as guerrilhas colombianas estariam presentes na Venezuela e que as Forças Armadas de Chávez sofreriam 'influência cubana' e teriam o 'moral baixo'.

'Retificar é dos sábios', disse Chávez, segundo o relato chavista.

Na segunda-feira (3), os EUA anunciaram que a indicação de Palmer 'expirou'. 

Mas, poucos dias atrás, Washington insistia no diplomata e prometia 'consequências' em resposta à sua rejeição. Folha Online