Forças de segurança do Tadjiquistão perseguiram e mataram oito militantes islâmicos, incluindo um líder militar ligado à Al Qaeda acusado de um ataque contra tropas do governo em setembro, informaram autoridades locais nesta terça-feira.
Forças de segurança deram início a uma operação de retaliação contra rebeldes em uma área de montanha no leste do Tadjiquistão pouco depois do ataque de 19 de setembro contra um caminhão que levava tropas do governo e que deixou 28 militares mortos.
O ataque reforçou a volatilidade na Ásia Central, localizada entre Afeganistão, Irã e China, onde o radicalismo islâmico está em alta em meio à pobreza e repressão contra muçulmanos devotos.
"Aloviddin Davlatov foi destruído. Ele era um membro da Al Qaeda", disse Tokhir Normatov, chefe do Estado-maior do Ministério do Interior do Tadjiquistão, referindo-se ao militante acusado de liderar o ataque contra os militares do governo.
"Agora, temos que destruir Mullah Abdullo", disse ele, sobre outro rebelde que segue foragido.
Segundo Normatov, não houve vítimas entre as forças de segurança.
Ao menos 33 insurgentes foram mortos durante a ofensiva do governo nas montanhas. Ao menos 41 integrantes das forças de segurança morreram, incluindo as 28 vítimas do ataque de setembro.
O Tadjiquistão, país secular mas de maioria muçulmana com 7,5 milhões de habitantes, tem uma vulnerável fronteira de 1.340 quilômetros com o Afeganistão.
O mais pobre das cinco ex-repúblicas soviéticas na Ásia Central, o Tadjiquistão desperta interesse da Rússia e dos Estados Unidos por sua localização estratégica em uma importante rota de tráfico de drogas vindas do Afeganistão. Folha Online