O 17º Batalhão da Polícia Militar (PM) investiga uma denúncia de extorsão contra sete policiais militares por meio de um inquérito policial-militar. Eles são suspeitos de extorquir uma família emPiraquara, na Região Metropolitana de Curitiba. Quatro policiais já foram detidos e três estão foragidos. O processo tem prazo de 20 dias para ser concluído e enviado à Justiça Militar Estaduale, durante esse período, os nomes dos envolvidos serão mantidos em sigilo.
Em entrevista à Agência Estadual de Notícias (AEN), órgão oficial de comunicação do governo do estado, o tenente-coronel Maurício Tortato, comandante do batalhão, disse que não há indícios de que as vítimas tivessem pendências judiciais para serem abordados pelos PMs. Alguns dos suspeitos integravam o batalhão que atende São José dos Pinhais, também na RMC.
Tortato ainda garantiu que, caso as denúncias sejam comprovadas, os policiais envolvidos no caso serão responsabilizados.
Caso
Um homem de 38 anos denunciou que sua casa foi invadida por homens que se diziam policiais militares por várias vezes em fevereiro. Ele relatou que, no dia 6 de fevereiro, três pessoas invadiram a residência e roubaram R$ 7.500, provenientes de uma transação comercial, e outros objetos e valores.
Dois dos invasores estariam fardados e outro usava trajes civis. Eles teriam ameaçado a vítima e sua família dizendo que sabiam que havia dinheiro guardado na residência e exigindo que ele fosse entregue. A família reuniu todo o dinheiro que havia na casa e entregou a soma de R$ 8.100. O homem foi retirado da casa e levado para um local desabitado, onde foi ameaçado de morte, caso denunciasse o ocorrido.
Em 24 de fevereiro, outra equipe passou a ameaçar a vítima, exigindo dinheiro. Neste dia, foram levados R$ 800 e outros objetos da vítima. Nos dias seguintes, 25 e 26 de fevereiro, quatro homens em trajes civis, identificados como policiais militares, em dois veículos particulares, teriam invadido a casa. Foram levados o aparelho de televisão e o computador, além de a vítima ter sido ameaçada de morte.
Depois dessa abordagem, a vítima acionou a polícia, porque não suportava mais as ameaças. Gazeta do Povo