quinta-feira, 31 de março de 2011

Sites de leilões de R$ 0,01 são alvo de críticas na internet

"O lugar onde você pode comprar produtos de R$ 4.000 por R$ 2,45", diz o mote de um site de leilão de um centavo. A proposta parece irresistível, mas é tão boa que gera desconfiança.

Nessa modalidade de site, os usuários precisam comprar os lances para poder participar de um leilão. Aí está o pulo do gato: a maioria dos portais vende cada lance de R$ 0,01 a R$ 1. Um cronômetro regressivo torna a disputa tensa.

Os lances são válidos por um prazo bem curto --30 segundos é o mais comum. Se ninguém der novo lance dentro desse intervalo, o último ganha o direito de comprar o produto pelo preço especificado.

Uso de robôs que dão lances automáticos, com a intenção de inflacionar o produto, interrupção de leilões sem explicação e suposta intenção de confundir os clientes são apenas algumas das reclamações existentes em fóruns, blogs e sites na internet. 

Somente um dos sites, o Olho no Click, é alvo de quase 500 reclamações no Reclame Aqui.

Victor Haikal, sócio do PPP Advogados e especialista em direito digital, diz que os sites não são ilegais. "Pode soar como abusivo, mas participa quem quiser, tem contrato, você assina etc".

Antes de participar, é importante prestar atenção nos termos de serviço, diz. "Se o cliente se sentir lesado ou enganado, pode procurar o Procon. É só anotar o número do leilão e abrir uma reclamação. Pode alegar "desequilíbrio na relação", por causa da compra de algo que vale R$ 0,01 por R$ 1".

OUTRO LADO

"Somos auditados por uma empresa reconhecida, além de adotarmos ferramentas de proteção contra ataques de crackers", afirma Guilherme Pizzini, sócio-fundador do Olho no Click.

No site Mukirana, "a segurança dos dados é garantida por parceiros e sistemas do site. São eles: Site Blindado, PagSeguro e GeoTrust. O Mukirana contratou ainda a Saecularis, uma companhia de auditores independentes", segundo informou a assessoria da empresa.

O Magnata, também por meio de assessoria, diz que é certificado pelo selo de segurança Site Blindado e os pagamentos pelas compras serão feitos pelo sistema Pag Seguro, do UOL. Folha Online