As vendas de casas novas nos Estados Unidos caiu 16,9% em fevereiro, um sinal de que o mercado imobiliário ainda está fraco no país e a crise financeira ainda não se dissipou.
A queda na venda de casas novas é o resultado livre de fatores sazonais para o período. Segundo o Departamento de Comércio americano, foram vendidas 250 mil casas novas no país no mês passado.
É o terceiro mês seguido de queda no indicador, bem abaixo da venda de 700 mil casas novas por mês que os analistas acreditam ser um nível saudável.
O preço médio das casas novas caíram 14%, para US$ 202,1 mil, o menor desde dezembro de 2003. Os preços de novas casas são agora 30% maiores do que de imóveis revendidos.
Construtores tiveram dificuldade de competir com a onda de execução de hipotecas que reduziram os preços de casas usadas. O alto desemprego, aperto de crédito e incertezas sobre preços também afasta potenciais compradores.
O ano passado foi o quinto consecutivo de declínio da venda de novas casas depois de terem alcançado um recorde de altas durante o boom imobiliário. Economistas dizem que pode levar anos para as vendas retornarem a um nível saudável.
Poucas vendas de imóveis novos significa menos empregos na indústria da construção. Este é um dos setores que puxa a recuperação econômica.
A construção de um imóvel novo cria três novos postos de trabalho por ano, em média, e gera US$ 90 mil em impostos, segundo a Associação Nacional de Construtores Imobiliários.
A venda de casas novas teve a pior queda no mês passado em quase todas as regiões dos Estado Unidos. As vendas recuaram 57,1% no Nordeste do país, 27,5% no centro-oeste, 14,7% no Oeste e 6,3% no Sul. Folha Online