Pelo menos 37 pessoas morreram neste sábado, 9, por causa dos disparos de policiais sírios em vários protestos em províncias do país, denunciaram organizações de direitos humanos locais.
Segundo estas ONGs, pelo menos 26 manifestantes faleceram na província de Deraa, no sul do país, e outras 11 em Homs, ao norte de Damasco, segundo o Comitê Sírio para os Direitos Humanos.
Tanto este comitê como outras ONGs de direitos humanos expressaram em comunicado sua profunda preocupação com o contínuo uso da violência durante as manifestações pacíficas, que causou um número indeterminado de feridos e detidos.
As organizações condenaram o fato da polícia síria ter utilizado violência "exagerada e injustificada" para dissolver os protestos em Damasco, Deraa e Homs.
Além disso, pediram ao governo de Damasco que assuma a inteira responsabilidade pelo uso da violência contra os cidadãos e exigem que sejam averiguados os incidentes para que se julgue os agressores.
Na sexta-feira passada, outras 37 pessoas morreram em protestos em Deraa, Homs e Damasco, segundo a Organização Nacional para os Direitos Humanos da Síria.
A Síria é palco desde meados do mês de março de protestos políticos, que, segundo diferentes ONGs, já deixou mais de 170 mortos.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, falou neste sábado com o presidente sírio, Bashar al-Assad, para expressar que está "profundamente preocupado" com a situação no país.
"A morte de manifestantes que protestam pacificamente é inaceitável e deveria ser investigado", acrescentou Ban, segundo um comunicado oficial da ONU citado pela imprensa árabe. EFE Folha Online