sexta-feira, 29 de abril de 2011

Dólar fecha a R$ 1,57 e amarga queda de 3,5% em abril

O Banco Central combinou uma extensa oferta de contratos de "swap" cambial reverso com seus habituais leilões para compra de dólares no mercado à vista, no último dia útil do mês.

A intervenção da autoridade monetária, no entanto, não evitou que a taxa cambial tivesse uma queda acentuada hoje, chegando a quase 1% por alguns momentos. Nas últimas operações, o dólar comercial foi trocado por R$ 1,573, em recuo de 0,63% sobre o fechamento de ontem, e de 3,56% sobre o final de março.

Já o dólar turismo foi vendido por R$ 1,690 e comprado por R$ 1,520 nas casas de câmbio paulistas.

Ainda operando, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) sobe 0,54%, aos 66.027 pontos. O giro financeiro é de R$ 4,7 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York avança 0,34%.

Por volta das 12h (hora de Brasília), o BC ofereceu 30.000 contratos de "swap" cambial, equivalente a uma operação de compra de dólar futuro, com uma demanda por 25.800, e giro financeiro de US$ 1,26 bilhão.

O expediente foi marcado, no entanto, pela habitual "disputa" entre agentes financeiros, recorrente nos encerramentos do mês, quando ocorre a formação da Ptax (a taxa média de câmbio calculada pelo BC), que serve de referência para a liquidação dos contratos de dólar no mercado futuro.

Como tem sido praxe nos meses anteriores, os "vendidos" (que possuem aplicações em que ganham com a baixa do dólar) tiveram mais força que os "comprados" (que ganham com a alta das cotações).

Profissionais do setor financeiro também notaram o aumento das taxas nos últimos dias, quando chegaram a encostar na marca de R$ 1,60, podem ter atraído exportadores, que internaram dólares para aproveitar o nível dos preços.

JUROS FUTUROS

No mercado de juros futuros, as taxas negociadas tiveram quedas modestas no último pregão do mês.

Para julho, a taxa prevista permaneceu em 11,98%; para janeiro de 2012, a taxa projetada caiu de 12,33% para 12,32%. E no contrato para janeiro de 2013, a taxa prevista recuou de 12,70% para 12,68%. Esses números são preliminares e estão sujeitos a ajustes. FOLHA