Érika Passarelli Vicentini Teixeira, 29, a mulher suspeita de mandar matar o próprio pai para ficar com R$ 1,2 milhão do seguro de vida está prestes a se entregar. Quem garante é o advogado Zanone Júnior, que assumiu a defesa da estudante de direito. Segundo ele, Érika "não aguenta mais se esconder" e vai se apresentar à polícia "a qualquer momento". Ela está foragida desde a semana passada, quando teve a prisão decretada.
O namorado de Érika, Paulo Ricardo de Oliveira Ferraz, 19, e o sogro dela, o policial militar Santos das Graças Alves Ferraz, 47, estão presos acusados pelo crime. Mário José Teixeira Filho, 50, foi morto em agosto do ano passado depois de se desentender com a filha num plano tramado pelos dois para resgatar o dinheiro do seguro.
O advogado informou que entrou com Habeas corpus preventivo para evitar que Érika fique detida, mas, até ontem à noite, o Tribunal de Justiça não confirmava a informação. A suspeita foi vista pela última vez numa praia do Espírito Santo, durante o feriado de Semana Santa. Ela estava ao lado de um homem que, segundo as investigações, seria seu atual namorado.
Érika Passarelli também é acusada de participar de um esquema de tráfico internacional de crianças e de envolvimento na morte da madrasta, em 2003, em Ibirité. A Polícia Civil, porém, não finalizou as investigações, mas a suspeita é que o homicídio também tenha contado com a participação de Mara Lúcia, mãe de Érika.
Segundo o advogado, a estudante nega todas as acusações e vai dar sua versão assim que se entregar à polícia. "Ela é inocente, isso é invenção", alegou o advogado.
Segundo o advogado, o único crime que Érika assume ter cometido seria o estelionato - ela teria feito compras em lojas de grife da capital usando cheques sem fundo. "Ela estava com problema de compulsão", justificou. O advogado disse ainda que a família está providenciando recursos para fazer o ressarcimento dos comerciantes lesados pelos golpes de Érika. O TEMPO ONLINE