A Polícia Civil mineira iniciou nesta terça-feira uma paralisação por tempo indeterminado por melhores salários e condições de trabalho. De acordo com o sindicato da categoria, delegacias funcionam, mas em escala reduzida.
Com a paralisação, não haverá perícia em acidentes sem mortos, exames de corpo de delito e abertura de inquéritos sem flagrante. O registro de boletins de ocorrência deve ser reduzido a 50% do normal, de acordo com uma cartilha distribuída pelo sindicato aos 10.529 servidores da corporação no Estado.
Os policiais reivindicam um aumento do salário-base de agentes e escrivães, hoje em R$ 2.040, para R$ 4.420, que é o que recebem os peritos. Os delegados, que tem salário-base de R$ 5.700, querem receber os mesmos R$ 21.000 dos promotores públicos.
O sindicato pede ainda a realização de concurso para preencher 3.000 vagas, a construção de mais instalações e de um hospital para atender os policiais.
A decisão de paralisação foi tomada em assembleia no último dia 29 de abril. E começou porque, desde então, o governo do Estado não quis negociar, segundo o sindicato.
A direção da Polícia Civil negocia em nome do governo, mas nenhuma reunião está marcada por enquanto. O órgão ainda não divulgou um balanço da adesão à paralisação.
Na quarta-feira (11), policiais militares e bombeiros realizam assembleia em Belo Horizonte e também podem parar. FOLHA