quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Bovespa cai mais de 1%; ações da Apple têm queda nos EUA


As Bolsas de Valores no Brasil e nos Estados Unidos têm queda nesta quinta-feira, acompanhando a piora nos mercados europeus. Nem mesmo o anúncio de injeção de recursos no Bank of America pelo bilionário Warren Buffett, que ajudou as ações do setor financeiro, conseguiu segurar a alta vista no começo do ano.

Às 15h, o Ibovespa, principal termômetro dos negócios da Bolsa paulista, tinha desvalorização de 1,34%, aos 53.077 pontos. No mesmo horário, o dólar comercial era negociado por R$ 1,607, em queda de 0,24%. A taxa de risco-país marca 204 pontos, em alta de 3,03%.

Nos EUA, o Dow Jones caía 1,09%. As ações da Apple têm baixa de 1,7% após seu presidente-executivo, Steve Jobs, anunciar que deixaria o cargo na quarta-feira.

Na Europa, as Bolsas viraram e registraram desvalorização. Londres caiu 1,43%, enquanto Paris terminou em baixa de 0,65%. Frankfurt registrou queda de 1,70%.

Os mercados têm estado sensíveis aos desdobramentos na zona do euro, dadas a crise de endividamento persistente na região e as preocupações com a estabilidade dos bancos europeus.

O bilionário Warren Buffett anunciou nesta quinta que sua Berkshire Hathaway investirá US$ 5 bilhões no Bank of America, entrando em cena para apoiar a instituição da mesma forma que ajudou a sustentar o Goldman Sachs durante a crise econômica global.

O BofA informou em comunicado nesta quinta-feira que venderá à Berkshire 50 mil ações preferenciais perpétuas com dividendos acumuláveis de 6% ao ano. A novidade ajuda as ações do setor financeiro nas Bolsas norte-americanas. A valorização nas ações do Bank of America chega a 12%.

A volatilidade nos mercados ainda continua alta com a expectativa pelo encontro do Federal Reserve (o BC dos EUA) na sexta-feira. Os investidores esperam que o presidente do Fed, Ben Bernanke, anuncie novas medidas para lidar com a fraqueza do crescimento econômico no país.

"Se não houver nenhuma forma de estímulo anunciada na sexta-feira, os mercados podem ficar suscetíveis a fortes declínios, tendo em vista a quantidade de dados fracos ignorados nos últimos dois dias", disse Jonathan Sudaria, operador do London Capital Group.

FOLHA