terça-feira, 23 de agosto de 2011

Empresa suíça investirá R$ 1,4 bilhão em moinho de cimento em Minas Gerais


A Holcim vai investir R$ 1,45 bilhão na ampliação da sua unidade de cimento em Barroso, na região central de Minas Gerais, e com isso vai triplicar a produção na planta, que terá o maior moinho de cimento do mundo.

O presidente da empresa suíça no Brasil, Otmar Huebscher, assinou hoje na sede do governo de Minas o protocolo de intenções do investimento que ampliará a capacidade anual da empresa em 2,4 milhões de toneladas em meados de 2014.

Em 2010, a Holcim produziu no país 4,4 milhões de toneladas de cimento. A unidade de Barroso produziu 1,2 milhão toneladas. Com a expansão, ampliará a capacidade para 3,6 milhões de toneladas.

Será a principal planta do grupo, respondendo por mais de 50% do volume produzido pela empresa no país.

Uma nova jazida de calcário será aberta a 7,3 km da planta em Barroso para suprir o aumento da produção.

Os novos equipamentos na fábrica em Barroso vão permitir a construção de um novo forno de clínquer (mistura básica aquecida de calcário e argila que dá origem ao cimento) com capacidade de 6.500 toneladas/dia.

A planta terá nova moagem, que abrigará um moinho com capacidade de 450 toneladas/hora, contra as atuais 180 toneladas/hora.

De acordo com Pedro Lluch, gerente de produção da unidade de Barroso, o maior moinho existente no mundo tem capacidade de 350 toneladas/hora. Ele não pertence à empresa suíça.

"O moinho terá um custo de produção mais baixo, porque terá consumo elétrico menor, e uma nova tecnologia. Normalmente, os moinhos têm apenas um motor, e esse terá seis motores. Com isso, baixa muito o risco de falha", disse Lluch.

CONTROLE AMBIENTAL

A empresa informou que na planta haverá novos controles ambientais e que serão mantidos os baixos índices de emissões da unidade. "Atualmente, os índices são mais baixos do que o exigido pela legislação brasileira".

Huebscher disse que esse investimento reflete o "forte crescimento" do mercado interno brasileiro e que deverá ser mantido ao menos pelos próximos cinco anos --período em que o país se prepara para a Copa do Mundo e as Olimpíadas, no Rio.

A unidade de Barroso fica próximo a Barbacena, onde existe um terminal de distribuição. Está próxima também de Juiz de Fora, onde a empresa possui um depósito.

A Holcim considera "estratégica" a localização pela facilidade que tem para escoar o cimento para SP (a 515 km) e Rio (a 286 km).

FOLHA