O furacão Irene deve ganhar força nos próximos dias e pode atingir o sudeste dos Estados Unidos como uma forte tempestade no final desta semana, disseram meteorologistas nesta terça-feira.
A previsão do Centro Nacional de Furacões dos EUA indicou que o Irene, agora classificado como uma tempestade de categoria 2, pode se tornar uma forte tempestade de categoria 3, com ventos alcançando 178 km/h.
O primeiro furacão da temporada de 2011 no Atlântico deve se deslocar paralelamente à costa leste da Flórida na quinta-feira para possivelmente chegar ao continente na Carolina do Sul ou do Norte no sábado. Deve ser o primeiro furacão a atingir os EUA desde que o Ike devastou a costa do Texas em 2008.
A expectativa era de que a tempestade passasse ao norte da República Dominicana e do Haiti e a sudeste das Bahamas nesta terça-feira. O Irene estava se deslocando para o oeste-nordeste a 19 km/h.
Na República Dominicana, 27 voos foram cancelados na segunda-feira, segundo fontes aeroportuárias, e ao menos 7.000 pessoas foram desalojadas por conta do furacão. Em algumas províncias, 12 comunidades ficaram ilhadas. A capital Santo Domingo e mais 23 províncias ficaram em alerta máximo.
AJUDA EMERGENCIAL
A ONU (Organização das Nações Unidas) afirmou que seus agentes no Haiti estão em alerta para a possibilidade de enchentes e deslizamentos causados pelo Irene no país. O Ocha (Escritório para a Coordenação de Assuntos Humanitários) mobiliza recursos de emergência, em cooperação com autoridades nacionais e internacionais, para atenuar o impacto do furacão em sua passagem pelo Caribe.
A porta-voz do Escritório de Assuntos Humanitários, Elisabeth Byrs, disse que recursos adicionais foram mobilizados diante da eventualidade de que as previsões meteorológicas se cumpram e as chuvas se transformem em fortes inundações e deslizamentos de terra na parte norte do país.
O Programa Mundial de Alimentos da ONU enviou caminhões carregados com alimentos energéticos a regiões remotas do norte do Haiti, "com o objetivo de dar assistência à população com rapidez se for necessário", disse Byrs.
Segundo ela, a situação é difícil também em Porto Rico, onde cerca de 800 mil pessoas ficaram sem energia elétrica e outras 100 mil sem água "durante algumas horas".
FOLHA