O exército mexicano iniciou neste sábado (27) o envio de 1.500 soldados a Monterrey (nordeste) para reforçar a segurança da cidade, que atingida pelo ataque de quinta-feira (25) contra um cassino que deixou 52 mortos, informou o governo.
Da capital mexicana partiram "300 efetivos militares a bordo de dois aviões da Força Aérea Mexicana com destino à cidade de Monterrey", informou a Secretária da Defesa em comunicado.
Os outros 1.200 oficiais serão mobilizados em um prazo máximo de 72 horas em Monterrey, terceira maior cidade do México, detalhou o órgão.
O presidente Felipe Calderón ordenou na sexta-feira (26) reforçar a segurança em Monterrey e no restante do estado de Nuevo León, atingidos por uma violenta disputa entre cartéis de traficantes, e perseguir os autores do incêndio intencional no cassino Royale que se tornou o ataque mais mortífero da história recente do país.
O governo mexicano já tinha aumentado em duas ocasiões seu dispositivo de segurança em Nuevo León e no vizinho Tamaulipas, ambos na fronteira com os Estados Unidos, diante do aumento da disputa entre o cartel do Golfo e seu antigo braço armado, Los Zetas.
A estratégia militar de Calderón, que tem cerca de 50.000 soldados nas ruas contra o crime organizado, foi considerada contraproducente pela oposição. Organizações civis nacionais e internacionais como Anistia Internacional ou Human Rights Watch denunciam que os soldados cometeram graves violações aos direitos humanos no contexto da luta antidrogas.
FRANCE PRESS/FOLHA