quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Agência do Paquistão apoiou ataque a embaixada em Cabul, dizem EUA


A rede militante Haqqani é uma "arma genuína" do poderoso serviço de inteligência do Paquistão, e apoiou o grupo enquanto ele lançava um ataque na semana passada contra a embaixada dos Estados Unidos em Cabul, disse a principal autoridade militar americana nesta quinta-feira.

"A rede Haqqani age como um ramo genuíno da Agência de Serviços de Inteligência do Paquistão (ISI)", disse o almirante Mike Mullen, que deixa neste mês o cargo de chefe do Estado-Maior das Forças Armadas dos Estados Unidos, em declarações preparadas a um comitê do Senado americano.

A rede Haqqani é uma das três - e talvez a mais temida - facções insurgentes aliadas que combatem sob a bandeira do Taleban as tropas afegãs e da Otan, a aliança militar do Ocidente, lideradas pelos EUA, no Afeganistão.

"Com o apoio da ISI, membros da Haqqani planejaram e conduziram o ataque com o caminhão-bomba (em 11 de setembro deste ano), assim como o ataque contra nossa embaixada", disse Mullen.

"Também temos informações dignas de crédito de que eles estavam por trás do ataque de 28 de junho contra o Hotel Inter-Continental em Cabul e por trás de uma série de outras operações menores, mas eficazes".

Tais ataques vêm sendo um golpe para as esperanças de Washington de enfraquecer uma militância obstinada e selar um acordo de paz com o Taleban enquanto planeja gradualmente diminuir a força americana no país, dez anos depois do início da guerra afegã.

Mullen disse que o ataque à embaixada e a bomba de terça-feira que matou o ex-presidente afegão Burhanuddin Rabbani, que personificava esperanças de mediar as negociações de paz com o Taleban, eram exemplos da mudança da organização em direção a um alto nível de violência.

FOLHA